Dois medicamentos podem ser uma alternativa ao câncer de pâncreas!

Cientistas do Sanford Burnham Prebys Medical Discovery Institute nos EUA, identificaram uma combinação de dois medicamentos anticâncer que encolhem tumores pancreáticos em camundongos – uma alternativa ao câncer de pâncreas. Os compostos são usados hoje para tratar certas leucemias e tumores sólidos, incluindo melanoma.

“A triste realidade é que, atualmente, a terapia do câncer de pâncreas está atrasada, pois não há tratamento eficaz para esses tumores. Nosso estudo identifica uma potencial combinação de tratamento que pode ser testada imediatamente contra esses tumores agressivos”, diz Ze’ev Ronai, professor do Programa de Iniciação e Manutenção de Tumores da Sanford Burnham Prebys e autor do estudo.

Uma alternativa ao câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é um dos cânceres mais mortais. Muitas vezes, é difícil diagnosticar porque sintomas – como dor no abdômen, pele e olhos amarelos e perda de peso – normalmente não ocorrem até que a doença avance. Menos de 10% das pessoas com câncer de pâncreas permanecem vivas cinco anos depois.

No estudo, os cientistas usaram um medicamento chamado L-asparaginase para privar os tumores pancreáticos de um nutriente essencial, e a Asparagina – um aminoácido necessário para a síntese de proteínas. Em vez de morrer, eles descobriram que o tumor apresentava um caminho de resposta ao estresse que permitia que as células cancerígenas produzissem Asparagina.

Os cientistas então trataram os camundongos com um segundo medicamento que bloqueou o caminho da resposta ao estresse e encolheu o tumor pancreático. A L-asparaginase é aprovada para tratar certas leucemias; e o segundo medicamento, um inibidor da MEK (metil-etil-cetona), é aprovada para o tratamento de tumores sólidos, incluindo melanoma, um tipo de câncer de pele.

Esta pesquisa estabelece as bases para a inibição do crescimento do tumor pancreático por um ataque sinérgico combinado com restrição de asparagina e inibição da sinalização MAPK, uma alternativa ao câncer de pâncreas.

Rosalie C. Sears, professora da Oregon Health & Science University, acrescenta: “Está claro que não encontraremos uma única bala mágica que cure o câncer, mas precisaremos de vários medicamentos que atinjam várias vulnerabilidades. Este estudo identifica um tratamento duplo promissor para o câncer de pâncreas – um dos cânceres mais mortais – e estou ansioso para ver esses medicamentos testados em pacientes”.

No mesmo estudo, os cientistas mostraram que os dois tratamentos também encolheram tumores de melanoma em camundongos. Devido à grande necessidade clínica não atendida no câncer de pâncreas, os cientistas decidiram se concentrar primeiro nesse câncer.

 

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O estudo foi publicado na revista Nature Cell Biology.

* “Translational reprogramming marks adaptation to asparagine restriction in cancer”. –

Gaurav Pathria, Joo Sang Lee, Erez Hasnis, Kristofferson Tandoc, David A. Scott, Sachin Verma, Yongmei Feng, Lionel Larue, Avinash D. Sahu, Ivan Topisirovic, Eytan Ruppin & Ze’ev A. Ronai – s41556-019-0415-1

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