Bula do medicamento Beferon a


Beferon a – Bula do remédio

Beferon a com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Beferon a têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Beferon a devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

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Laboratório

Cristália

Apresentação de Beferon a

Pó Liófilo inj.: 3.000.000 UI e 9.000.000 UI
Cart. c/ 1 fr.-ampola c/ pó liófilo inj. + 1 ampola c/ 1 ml de diluente

Beferon a – Indicações

Indicado no tratamento de Tricoleucemia (hairy cell leukemia ou reticuloendoteliose leucêmica) e do sarcoma de Kaposi em pacientes portadores de AIDS.

Contra-indicações de Beferon a

É contra-indicado em pacientes que tenham mostrado alergia específica à Interferona Alfa- 2a ou a algum dos componentes presentes na fórmula.
Em pacientes com grave mielossupressão ou doença cardíaca ou com história de doença cardíaca prévia, pois a Interferona Alfa-2a pode agravar essas condições preexistentes.

Advertências

Beferon a deve ser administrado sob orientação de médico com experiência no uso. Devido a possibilidade de ocorrerem reações adversas graves, e até mesmo fatais, os pacientes devem ser informados não apenas dos benefícios mas também dos riscos que a terapêutica envolve.

Toxicidades autolimitantes agudas, como febre e calafrios, frequentemente associadas com o uso de Beferon a, poderiam agravar afecções cardíacas preexistentes.

Um dos efeitos de toxicidade produzidos é a leucopenia, por isso deve ser administrado com prudência em pacientes mielossuprimidos, que têm como consequência predisposição a infecções ou hemorragias. Estas ocorrências devem ser cuidadosamente acompanhadas nos pacientes, realizando-se periodicamente hemogramas completos durante o tratamento.

Deve ser administrado com muito cuidado em pacientes com função renal, hepática ou mielóide gravemente comprometidas.

Embora o Beferon a não tenha efeitos teratogênicos comprovados, existe a possibilidade de uma ação tóxica sobre o feto durante a gestação. Nestes casos, somente será administrado quando o benefício justifique o risco potencial para o feto. Não existe comprovação até o momento que o Beferon a é excretado no leite materno. Desta maneira, a decisão da interrupção da amamentação ou da administração da droga deve levar em consideração a importância do medicamento para a mãe.

O Beferon a não deve ser administrado a homens e mulheres em idade fértil, a não ser que estejam fazendo uso de métodos contraceptivos eficazes.
O Beferon a deve ser administrado com precaução a pacientes com distúrbios convulsivos e/ou comprometimento funcional do SNC. É recomendado o controle neuropsiquiátrico periódico para todos os pacientes.

Não é recomendado o uso de Beferon a em crianças, uma vez que sua segurança e eficácia nesta faixa etária ainda não foram estabelecidas.

Uso na gravidez de Beferon a

Informe imediatamente seu médico se houver suspeita de gravidez ou se estiver grávida, durante tratamento com este medicamento ou após o seu término.

Interações medicamentosas de Beferon a

A Interferona Alfa-2a altera o metabolismo celular. Desta maneira, existe a possibilidade de que o Interferon modifique a ação de outros fármacos. Até o momento não há dados suficientes sobre possíveis interações com outros medicamentos.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Beferon a

A maior parte dos pacientes tratados com Beferon a tem registrado sintomas similares aos da gripe, tais como: febre, calafrios, fadiga, anorexia, mialgia, dor de cabeça, dores articulares e sudorese. A administração de paracetamol ou aspirina atenua estes efeitos.
A redução da dose também leva à diminuição destes sintomas. A continuidade do tratamento pode levar a letargia, fraqueza e fadiga.
Foram observadas as seguintes reações:
Trato digestivo: Em grande parte dos casos há anorexia e náuseas. Com menor freqüência podem ocorrer vômitos, diarréia e dor abdominal. São raros os sintomas de obstipação intestinal, flatulência, hipermotilidade e acidez. Em casos excepcionais observa-se reativação de úlcera péptica e hemorragia intestinal não grave.
Sistema nervoso central: Sonolência, tontura, depressão, vertigem, confusão mental, perda de concentração, etc. Sonolência profunda e coma não são muito freqüentes.
Sistema nervoso periférico: Parestesias, entorpecimento, neuropatias, prurido e tremor ocorrem ocasionalmente.
Sistema cardiovascular e pulmonar: Ocorrem não com muita freqüência, casos de hipo e hipertensão transitórios, arritmias, palpitações, edema e cianose. Raramente ocorrem: edema pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, parada cardiorrespiratória e infarto do miocárdio.
Pele e mucosas: Foram relatados casos de prurido, exantemas, pele seca, rinorréia, epistaxia e reagravamento de herpes labial.
Trato urogenital: Foi constatado aumento de proteínas na urina e contagem celular elevada no sedimento. Raramente aumento de nitrogênio uréico no sangue e creatinina e/ou ácido úrico no soro.
Hematopoiese: Observa-se leucopenia transitória, sem exigir a diminuição da posologia.
Não com muita freqüência, trombocitopenia e diminuição da hemoglobina e do valor do hematócrito. Em casos graves, os sintomas desaparecem de 7 a 10 dias após a interrupção do tratamento. Em alguns casos são encontrados anticorpos contra Beferon a, em pacientes que nunca foram submetidos a terapia com esta proteína, mas a sua presença não descreve repercussões clínicas.

Beferon a – Posologia

A solução é preparada antes da administração, injetando-se o conteúdo da ampola do diluente no frasco-ampola de Beferon a e agitando-se suavemente até completa dissolução do pó.
Quando aplicado por via intramuscular, no músculo deltóide ou glúteo, não devem haver injeções consecutivas no mesmo local.
Tricoleucemia
Dose inicial de indução: 3 milhões de UI por dia, administrado por via intramuscular, durante 16 a 24 semanas. A via subcutânea pode ser usada em pacientes trombocitopênicos ou em pacientes com risco de hemorragia. Se houver manifestação de intolerância, a dose diária poderá ser reduzida a 1,5 milhões de UI, ou fazer um esquema de administração de 3 vezes por semana, ou ambas opções.
Dose de manutenção: 3 milhões de UI por via intramuscular, 3 vezes por semana.
Sarcoma de Kaposi associado à AIDS (síndrome de imunodeficiência adquirida)
Os pacientes com sarcoma de Kaposi associado à AIDS têm mais probabilidade de responder ao tratamento se não possuem antecedentes de infecções oportunistas, sintomas do tipo B (perda de mais de 10% de peso, febre maior que 38ºC sem fonte identificada de infecção, sudorese noturna) ou recontagem basal de linfócitos T4 em quantidades superiores a 400 células/mm3.
Os pacientes que responderam satisfatoriamente ao tratamento experimentaram regressão do tumor e prolongamento de sua sobrevida.
Geralmente depois de aproximadamente 3 meses de tratamento se evidencia algum tipo de resposta.
Dose inicial: Administrado por via subcutânea ou intramuscular de forma progressiva, até 18 milhões de UI diárias e, se for possível, até 36 milhões de UI diárias, durante um período de 10 a 12 semanas, em pacientes maiores de 18 anos. O esquema recomendado é o seguinte:
do dia 1 ao 3: 3 milhões de UI por dia
do dia 4 ao 6: 9 milhões de UI por dia
do dia 7 ao 9: 18 milhões de UI por dia e, se bem tolerado:
do dia 10 ao 70: 36 milhões de UI por dia
Dose de manutenção: Administrar por via subcutânea ou intramuscular, 3 vezes por semana na máxima dose aceita pelo paciente, mas sem exceder os 36 milhões de UI.
Duração do tratamento: Para determinar a resposta ao tratamento, será preciso documentar a evolução das lesões. Os pacientes devem ser tratados durante um período mínimo de 10 semanas e um máximo de 12 semanas antes que o médico decida se continua ou interrompe o tratamento naqueles pacientes que não apresentam nenhuma resposta. Alguns pacientes chegaram a ser tratados durante 20 meses consecutivos. O tratamento deve prosseguir até que se descarte a possibilidade de aparição de novos tumores. A duração ótima do tratamento com Beferon a em pacientes com sarcoma de Kaposi associado à AIDS não foi ainda determinada.
Observação: Alguns pacientes tratados com 3 milhões de UI mostraram uma resposta proporcionalmente menor que aqueles tratados com as doses recomendadas.
Instruções especiais de posologia:
Se ocorrerem reações graves, a posologia deve ser reduzida em 50% ou mesmo haver interrupção da terapia até a diminuição das reações adversas. Aconselha-se não ultrapassar doses recomendadas e seguir os esquemas posológicos indicados.

Superdosagem

Não existem relatos de superdosagem, mas, em decorrência de doses elevadas constantes, podem ocorrer letargia profunda, fadiga, prostração e coma.

Nestes casos, os pacientes deverão ser hospitalizados para observação e tratamento de suporte apropriado.

Beferon a – Informações

A Interferona Alfa-2A é uma proteína altamente purificada contendo 165 aminoácidos e peso molecular aproximado de 19000 daltons.
A Interferona Alfa-2A humana é um modificador da resposta biológica que possui propriedades antivirais, antiproliferativas e imunomoduladoras.
Exerce seus efeitos antivirais através da indução de um estado de resistência às infecções virais nas células e pela modulação da porção efetora do sistema imune, para neutralizar os vírus ou eliminar as células por eles infectadas. O mecanismo responsável pela ação antitumoral ainda é desconhecido, entretanto, mostrou exercer atividade antiproliferativa contra uma variedade de tumores humanos in vitro e inibir o crescimento de alguns heteroenxertos tumorais humanos em camundongos.
As concentrações séricas mostraram uma grande variação individual tanto em voluntários sadios como em pacientes com câncer disseminado.
Após administração intramuscular a biodisponibilidade foi maior que 80%.
Com a administração de 36 milhões de UI por via intramuscular e subcutânea, observou-se que as concentrações séricas máximas oscilaram de 1.500 a 2.580 pg/ml com tempo médio de 3,8 horas para atingir a concentração máxima e, de 1.250 a2.320 pg/ml com tempo médio de 7,3 horas para atingir a concentração máxima.

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