Estudo mostra que o cerebelo do rato é bem diferente do humano!
Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que o cerebelo do rato pode não ser um bom modelo para o cerebelo humano em estudos cerebrais. Em seu estudo publicado na revista Science, o grupo descreve seu estudo de comparação que envolveu humanos, camundongos e cerebelos de macaco durante o desenvolvimento.
Cerebelo humano ≠ Cerebelo do rato
Pesquisas anteriores sugeriram que o cerebelo do rato e o cerebelo humano são suficientes para que experiências com o cerebelo do animal possam ser realizadas para aprender mais sobre como o cerebelo humano funciona. O cerebelo nos seres humanos é a parte do nosso cérebro que lida com informações sensoriais e as formas como reagimos a ele. Nesse novo esforço, os pesquisadores procuraram descobrir se o cerebelo do rato realmente é suficiente como o cerebelo humano para que os resultados de tais experimentos sejam úteis.
O trabalho da equipe envolveu um estudo minucioso do desenvolvimento do cerebelo em camundongos, humanos e macacos – outro animal usado para estudos do cerebelo. Eles descobriram que possuíam material e dados suficientes para comparar o desenvolvimento do cerebelo entre 30 dias após a concepção e aproximadamente nove meses após o nascimento.
Os pesquisadores relatam que encontraram uma diferença completamente inesperada – um grupo de células progenitoras que nunca haviam sido vistas no cerebelo humano ou no cérebro de ratos ou macacos. Até esse achado, essas células eram vistas apenas no córtex cerebral humano.
Eles também descobriram que algumas das células progenitoras de uma área chamada lábio rômbico eram a fonte dos neurônios dos grânulos cerebelares. E eles descobriram que o lábio rômbico levou mais tempo para se desenvolver em humanos do que os outros dois animais – e continuou amadurecendo durante a gestação.
Eles sugerem que tais diferenças claras podem significar que a comparação do cerebelo entre os ratos e os humanos podem não ser tão reveladores quanto se esperava. Eles também observam que essas diferenças também podem explicar por que tem sido tão difícil imitar defeitos humanos baseados no cerebelo em modelos animais.