Dieta rica em proteínas pode ajudar a combater a pressão alta
As pessoas que comem uma variedade maior de proteínas na dieta tendem a ser melhores no combate à pressão alta (PA), de acordo com um grande estudo observacional da China.
A associação entre o consumo de uma determinada fonte de proteína e hipertensão de início recente em 6 anos sugeriu diferentes padrões alimentares para minimizar o risco de hipertensão:
- Comer uma quantidade modesta, pois o excesso pode aumentar o risco de PA elevada (curva em forma de U): proteína total, proteína derivada de carne vermelha não processada ou processada, proteína derivada de grãos integrais, proteína derivada de aves
- Comer um pouco mais, mas não muito (em forma de J invertido): proteína derivada de peixe
- Comer o suficiente para atingir um limite (em forma de L): proteína derivada de ovos e leguminosas
- Comer uma quantidade limitada, comer mais é arriscado (em forma de L invertido): proteína derivada de grãos refinados
Além disso, o risco de hipertensão de início recente foi significativamente menor em pessoas que relataram comer uma variedade maior de fontes de proteína, relatou Xianhui Qin, MD, do Nanfang Hospital, na Southern Medical University em Guangzhou, e colegas para a Hypertension.
Eles observaram que é possível que o consumo de uma maior variedade de proteínas em quantidades “adequadas” garanta a ingestão de diferentes aminoácidos essenciais e ajude a melhorar o estado nutricional e a riqueza da microbiota. No entanto, mais estudos serão necessários para estabelecer os mecanismos subjacentes à relação inversa entre variedade de proteínas na dieta e hipertensão, disseram eles.
A American Heart Association recomenda comer principalmente proteínas vegetais para um total de uma ou duas porções de proteína diariamente.
Detalhes do estudo
O estudo contou com 12.177 indivíduos (46,8% homens, idade média de 41,2 anos) representando a população geral chinesa. Todos completaram três recordatórios alimentares de 24 horas consecutivos, além de um inventário de alimentos domiciliares durante sua participação na Pesquisa de Saúde e Nutrição da China de 1997 a 2015.
Ao longo de uma mediana de 6,1 anos de acompanhamento, esta coorte teve uma incidência de 35,1% de hipertensão de início recente (definida como PA superior a 140/90 mm Hg ou recebimento de tratamento anti-hipertensivo ou diagnóstico de hipertensão de um médico).
O grupo de Qin reconheceu que o estudo observacional estava sujeito a potencial confusão residual e ao viés de memória inerente aos diários alimentares autorrelatados. Se os resultados podem ser generalizados para outras populações também é desconhecido, de acordo com os pesquisadores.
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O estudo original foi publicado Hypertension
“Inverse Association Between Variety of Proteins With Appropriate Quantity From Different Food Sources and New-Onset Hypertension” – 2022
Autores do estudo: Chun Zhou, Qimeng Wu, Ziliang Ye, Mengyi Liu, Zhuxian Zhang, Yuanyuan Zhang, Huan Li, Panpan He, Qinqin Li, Chengzhang Liu, Xianhui Qin – Estudo
