Manobra de Rivero – Carvalho
Existe uma estreita relação funcional entre os pulmões e o coração. Em virtude disso ocorre alterações da frequência e da hemodinâmica cardíaca. Primeiro por ação dos estímulos vagais proveniente dos pulmões. Segundo por alteração da pressão na cavidade torácica durante as incursões respiratórias. Um ótimo exemplo semiológico das relações entre estes dois órgãos é a Manobra de Rivero – Carvalho.
Em resumo essa manobra ajuda a diferenciar o sopro da insuficiência tricúspide do da insuficiência mitral. Salienta-se que está manobra, também serve para diferenciar o desdobramento fisiológico do patológico da 2a bulha no foco pulmonar.
Da mesma forma que com a respiração, o sopro pode modificar também com posição do paciente e exercício físico.
Como é feita a Manobra de Rivero – Carvalho:
- Paciente em decúbito dorsal.
- Coloca-se o receptor do estetoscópio no foco tricúspide. E atenta-se para a intensidade do sopro.
- Logo após, solicita-se ao paciente que faça uma inspiração profunda.
- Simultaneamente o examinador procura detectar qualquer modificação na intensidade do sopro.
Manobra de Rivero – Carvalho Negativa
Caso não haja alteração ou se o sopro diminuir de intensidade, diz-se que a Manobra de Rivero – Carvalho é negativa.
Assim, o sopro audível naquele foco não passa de propagação de um sopro originado na valva mitral.
Manobra de Rivero – Carvalho Positiva
Enquanto se ocorrer um aumento da intensidade do sopro, diz que a Manobra de Rivero – Carvalho é positiva. Diante disso é correto concluir-se que o sopro origina na valva tricúspide.
Na inspiração profunda a pressão negativa intratorácica aumenta. Propiciando um maior afluxo de sangue para o lado direito do coração. Com isso, chega mais sangue no ventrículo direito. Bem como maior refluxo de sangue do átrio durante a sístole. Como resultado ocorre uma intensificação do sopro.
Enfim, na insuficiência tricúspide a Manobra de Rivero – Carvalho é positiva.
Referência: Exame Clínico PORTO 8aed 2017