Cientistas mais próximos de identificar células-tronco leucêmicas!

Um Grupo de Pesquisa em Citologia Funcional do Instituto de Pesquisa em Leucemia Josep Carreras, Barcelona, na Espanha, desenvolveu estudos inovadores que permitem a identificação células-tronco leucêmicas testando a atividade de uma proteína fosfatase alcalina presente nos mieloblastos.

Para fazer isso, eles usaram metodologias citomáticas avançadas que permitem que múltiplas características funcionais sejam analisadas célula por célula, individualmente, em poucos minutos.

As células-tronco leucêmicas

A leucemia mielóide aguda é o tipo mais comum de leucemia em adultos. É caracterizada pela expansão patológica de células imaturas (mieloblastos) que invadem a medula óssea e se expandem para o sangue, afetando a produção do restante das células saudáveis. Embora os pacientes geralmente respondam bem aos tratamentos baseados em quimioterapia, uma grande proporção deles acaba recaída ou mostra resistência a esses procedimentos.

Às vezes, a causa da recaída ou resistência ao tratamento é devida à existência de células-tronco leucêmicas capazes de recomeçar o câncer e, por sua vez, por serem resistentes à quimioterapia. No entanto, identificá-los é um desafio, pois não existem marcadores específicos para detectá-los e isolá-los.

Os pesquisadores identificaram um grupo de pacientes cujas células leucêmicas tinham altos níveis de atividade da fosfatase alcalina e outro grupo de pacientes com níveis mais baixos dessa atividade. Ambos os grupos mostraram uma resposta diferencial ao tratamento quimioterápico, com o grupo fosfatase mais ativo mostrando a pior reação ao tratamento e a menor sobrevida. Surpreendentemente, nenhuma associação significativa foi detectada entre os resultados obtidos por diferentes técnicas de análise citogenética e estudos moleculares, com a determinação de fatores prognósticos de maior ou menor risco.

“Esses resultados representam uma nova abordagem para melhorar o prognóstico na avaliação diagnóstica da leucemia mielóide aguda e estimar a probabilidade de recidiva e persistência da doença. Isso nos permitirá abrir novas linhas de pesquisa destinadas a aplicar estratégias alternativas em termos de tratamento”, disse o Dr. Jordi Petriz, diretor do estudo.

 

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O estudo completo foi publicado no Oncotarget, um periódico semanal focado em oncologia.

* “Flow cytometric significance of cellular alkaline phosphatase activity in acute myeloid leukemia” – 2020.

Autores do estudo: Laura G. Rico, Jordi Juncà, Michael D. Ward, Jolene A. Bradford e Jordi Petriz – 10.18632 / oncotarget.27356

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