Existe uma associação entre Amamentação e mortalidade infantil?

Um novo estudo mostra que implementar à amamentação ainda na maternidade, reduz as taxas de mortalidade infantil nos primeiros seis dias após o nascimento, afastando a especulação de que essas práticas possam aumentar a morte infantil.

A Mortalidade infantil

Os autores do estudo examinaram tendências na porcentagem de nascimentos em hospitais amigos da criança entre 2004-2016, bem como a implementação de cuidados com a pele na primeira hora após o nascimento, tanto na população dos EUA quanto em Massachusetts. Os autores analisaram as tendências de mortes súbitas inesperadas de bebês (SMSL), incluindo mortes por asfixia, nos primeiros seis dias após o nascimento, durante o mesmo período.

Apesar dos aumentos acentuados na porcentagem de recém-nascidos nascidos em instalações amigas do bebê e na porcentagem de recém-nascidos que realizam cuidados pele a pele, houve uma diminuição significativa nas mortes por SMSL nos primeiros seis dias após o nascimento.

“Esses dados são boas-vindas e devem garantir-nos que essas iniciativas não estão resultando em aumento de mortes de crianças – na verdade, é exatamente o contrário”, disse Melissa Bartick, professora-assistente de medicina da Harvard Medical School e autora do estudo. internista na Cambridge Health Alliance.

Bartick observou que surgiram especulações generalizadas sobre se tais intervenções poderiam ser mortais após a publicação de um artigo citando dados de mortalidade infantil de Massachusetts na literatura médica em 2016, seguido por um estudo nacional em 2018.

Ambas as publicações eram controversas, e a atenção da mídia mainstream relacionada que eles receberam caracterizou essas mortes como sendo relativamente comuns. O novo estudo de Bartick e colegas descobriu que menos de 1% das mortes inesperadas de bebês súbitas durante o primeiro mês de vida ocorrem realmente durante os primeiros seis dias.

Bartick observou que o pico de ocorrência de SMSL ocorre nos primeiros dois a quatro meses de vida. As taxas de cuidados com a pele subiram para quase 100% em Massachusetts, mas não houve mortes por asfixia ou asfixia.

“Reconhecemos agora que as práticas de assistência à maternidade baseadas em evidências para apoiar a amamentação estão associadas a um risco menor de morte neonatal”, disse a coautora do estudo Lori Feldman-Winter, professora de pediatria da Cooper Medical School da Universidade de Rowan.

Os autores observaram que os cuidados com a pele agora são rotineiros para todos os bebês, independentemente do método de alimentação.

Um achado significativo adicional do estudo foi que as mortes nos primeiros seis dias de vida ocorreram de forma desproporcional entre crianças negras, indicando que a disparidade racial na mortalidade infantil começa logo nos primeiros seis dias após o nascimento.

 

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O estudo foi publicado pelo Journal of Pediatrics.

* “Trends in Breastfeeding Interventions, Skin-to-Skin Care, and Sudden Infant Death in the First 6 Days after Birth” – 2019.

Melissa Bartick, Mary Ellen Boisvert, Barbara L. Philipp – 10.1016/j.jpeds.2019.09.069

4Medic

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