Bula do medicamento Vfend iv
Vfend iv – Bula do remédio
Vfend iv com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Vfend iv têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Vfend iv devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.
Aviso importante
Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento
Laboratório
Pfizer
Apresentação de Vfend iv
Vfend iv, pó para sol. para infusão, 200 mg em emb. c/ 1 fr.-ampola de 200 mg de voriconazol.
Vfend iv – Indicações
Vfend iv (voriconazol) é um agente antifúngico triazólico de amplo espectro, e é indicado conforme o que se segue: Para o tratamento de aspergilose invasiva. Para o tratamento de infecções invasivas graves por Candida resistentes ao fluconazol (inclusive C. krusei). Para o tratamento de infecções fúngicas graves causadas por Scedosporium spp. e Fusarium spp. Vfend iv deverá ser administrado principalmente a pacientes imunocomprometidos com infecções progressivas e passíveis de causar a morte.
Contra-indicações de Vfend iv
O Vfend iv é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao voriconazol ou a qualquer um dos componentes da fórmula. A co-administração de substratos do CYP3A4, tais como terfenadina, astemizol, cisaprida, pimozida ou quinidina com Vfend iv é contra-indicada, uma vez que o aumento da concentração plasmática desses fármacos pode levar ao prolongamento do intervalo QTc e ocorrências raras de torsades de pointes (vide Interações Medicamentosas-). A co-administração de Vfend iv com rifampicina, carbamazepina e fenobarbital é contra-indicada, uma vez que estes fármacos podem provocar um decréscimo significativo das concentrações plasmáticas de voriconazol (vide Interações Medicamentosas-). A co-administração de alcalóides do ergot (ergotamina, diidroergotamina), os quais são substratos de CYP3A4, é contra-indicada, uma vez que o aumento das concentrações plasmáticas desses fármacos pode levar ao ergotismo (vide Interações Medicamentosas). A co-administração de voriconazol e sirolimo está contra-indicada uma vez que o voriconazol pode causar um aumento significativo das concentrações plasmáticas de sirolimo (vide Interações Medicamentosas).
Advertências
Hipersensibilidade: a prescrição de Vfend® IV (voriconazol) a pacientes com
hipersensibilidade a outros agentes azólicos deve ser feita com cautela.
Cardiovascular: alguns agentes azólicos, incluindo voriconazol, estão associados ao
prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma. Foram relatados casos raros de
torsade de pointes em pacientes em tratamento com Vfend® IV que apresentavam fatores
de risco, tais como histórico de quimioterapia cardiotóxica, cardiomiopatia, hipocalemia e em
tratamento com medicações concomitantes que podem contribuir. Vfend® IV deve ser
administrado com cautela a pacientes com condições potenciais para o desenvolvimento de
arritmia, tais como:
– Prolongamento do intervalo QT congênito ou adquirido;
– Cardiomiopatia, em particular na presença de insuficiência cardíaca;
– Bradicardia sinusal;
– Arritmias sintomáticas existentes;
– Medicações concomitantes conhecidas por prolongar o intervalo QT.
Distúrbios eletrolíticos tais como hipocalemia, hipomagnesemia e hipocalcemia devem ser
monitorados e corrigidos, se necessário, antes do início e durante o tratamento com Vfend®
IV. Foi conduzido um estudo em voluntários sadios que investigou o efeito no intervalo QT
de doses únicas de voriconazol até 4 vezes a dose diária usual. Nenhum indivíduo dos
grupos apresentou um aumento no intervalo QTc = 60 ms em relação ao pré-tratamento.
Nenhum voluntário apresentou um intervalo que excedeu o limiar de potencial de relevância
clínica de 500 ms (vide ?Propriedades Farmacodinâmicas?).
Reações relacionadas com a infusão: durante a administração da formulação intravenosa
de voriconazol foram observadas reações relacionadas com a infusão, predominantemente
rubor e náuseas. Dependendo da gravidade dos sintomas deve considerar-se a interrupção
do tratamento (vide ?Reações Adversas?).
Toxicidade hepática: nos estudos clínicos houve casos raros (= 0,1% e
Uso na gravidez de Vfend iv
Não estão disponíveis informações adequadas sobre a utilização de Vfend® IV em
mulheres grávidas.
Os estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva em altas doses (vide ?Dados de
Segurança Pré-Clínicos?). O risco potencial para seres humanos é desconhecido.
Vfend® IV não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o benefício para a mãe
supere claramente o risco potencial para o feto.
Vfend® IV é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.
Mulheres com Potencial para Engravidar
As mulheres com potencial para engravidar devem sempre utilizar um método contraceptivo
eficaz durante o tratamento.
Uso durante a Lactação
A excreção do voriconazol no leite materno não foi investigada. Vfend® IV não deve ser
utilizado durante a amamentação a menos que os benefícios superem claramente os riscos
potenciais.
Interações medicamentosas de Vfend iv
Exceto quando especificado de forma distinta, os estudos de interação medicamentosa
foram realizados em voluntários sadios do sexo masculino, em dose múltipla até atingir o
estado de equilíbrio, com doses de 200 mg de voriconazol por via oral, a cada 12 horas.
Estes resultados são relevantes para outras populações e vias de administração.
Este item esclarece os efeitos de outros compostos terapêuticos sobre o voriconazol, os
efeitos do voriconazol sobre outros compostos terapêuticos e as interações em ambos os
sentidos.
Efeitos de Outros Compostos Terapêuticos sobre o voriconazol
O voriconazol é metabolizado pelas isoenzimas do citocromo P450, CYP2C19, CYP2C9 e
CYP3A4. Os inibidores ou indutores destas isoenzimas podem aumentar ou diminuir as
concentrações plasmáticas do voriconazol, respectivamente.
O uso concomitante dos seguintes agentes com voriconazol é contraindicado:
– erva de São João (indutor da CYP450; indutor P-gp): em um estudo independente
publicado em voluntários sadios a erva de São-João exibiu um efeito inibitório inicial curto
seguido de indução do metabolismo de voriconazol. Portanto, o uso concomitante de
voriconazol com a erva de São João é contra-indicado (vide ?Contra-indicações?).
A exposição ao voriconazol é significativamente diminuída pela administração concomitante
dos seguintes agentes:
– rifampicina (potente indutor do CYP450): a rifampicina (600 mg, uma vez ao dia) diminuiu
a Cmáx (concentração plasmática máxima) e a AUCt (área sob a curva de concentraçãotempo
dentro de um intervalo de dosagem) do voriconazol em 93% e 96%, respectivamente.
A co-administração de voriconazol e rifampicina é contra-indicada (vide ?Contraindicações?).
– ritonavir (potente indutor do CYP450; inibidor e substrato do CYP3A4): o efeito da coadministração
de voriconazol oral (200 mg a cada 12 horas) e altas doses (400 mg) e baixas
doses (100 mg) de ritonavir oral foi investigado em dois diferentes estudos em voluntários
sadios. Altas doses de ritonavir (400 mg a cada 12 horas) diminuem a Cmáx e a AUCt do
voriconazol oral no estado de equilíbrio (steady state), em uma média de 66% e 82%.Baixas
doses de ritonavir (100 mg a cada 12 horas) diminui a Cmáx e a AUCt do voriconazol em
uma média de 24% e 39% respectivamente. A administração de voriconazol não tem efeito
significativo sobre a Cmáx e AUCt média do ritonavir em estudos feitos com altas doses. Há
uma diminuição mínima da Cmáx e AUCt do ritonavir no estado de equilíbrio, com uma
média de 25% e 13% respectivamente observadas em estudos de interação que usaram
baixas doses de ritonavir. Em cada estudo foi observado um paciente com comportamento
farmacocinético da interação diferente do padrão observado nos demais pacientes
resultando em altos níveis de voriconazol. A co-administração de voriconazol e altas doses
de ritonavir (400 mg e mais que 2 vezes ao dia) é contra-indicada. Co-administração de
voriconazol e baixas doses de ritonavir (100 mg a cada 12 horas) deve ser evitada, a menos
que uma avaliação do risco/benefício ao paciente justifique o uso de voriconazol (vide
?Contra-indicações? e ?Advertências e Precauções?).
– carbamazepina e barbitúricos de longa ação (ex.: fenobarbital) (potentes indutores do
CYP450): embora não estudado, é provável que a carbamazepina ou barbitúricos de longa
ação diminuam significativamente as concentrações plasmáticas do voriconazol. A coadministração
do voriconazol com a carbamazepina e barbitúricos de longa ação é contraindicada
(vide ?Contra-indicações?).
Devido à baixa ou insignificante interação farmacocinética, não é necessário ajuste de dose
com os seguintes agentes:
– cimetidina (inibidor não-específico do CYP450 e eleva o pH gástrico): a cimetidina (400
mg, a cada 12 horas) elevou a Cmáx e a AUCt do voriconazol em 18% e 23%,
respectivamente. O ajuste da dose de voriconazol não é recomendado.
– ranitidina (eleva o pH gástrico): a ranitidina (150 mg, a cada 12 horas) não apresentou
efeito significativo na Cmáx e na AUCt do voriconazol.
– antibióticos macrolídeos: a eritromicina (inibidor do citocromo CYP3A4; 1 g, a cada 12
horas) e a azitromicina (500 mg, uma vez ao dia) não apresentaram efeito significativo na
Cmáx e na AUCt do voriconazol.
Efeitos do voriconazol sobre Outros Compostos Terapêuticos
O voriconazol inibe a atividade das isoenzimas do citocromo P450, CYP2C19, CYP2C9 e
CYP3A4. Portanto, o voriconazol pode elevar potencialmente os níveis plasmáticos de
substâncias metabolizadas por estas isoenzimas do citocromo CYP450.
O voriconazol deve ser administrado com cuidado em pacientes recebendo medicação
concomitante, conhecida por prolongar o intervalo QT. Quando houver um potencial do
voriconazol aumentar o nível plasmático das substâncias metabolizadas pelas isoenzimas
do CYP3A4 (ex.: certos anti-histamínicos, quinidina, cisaprida, pimozida) a co-administração
é contra-indicada (vide ?Contra-indicações?).
É contra-indicado o uso concomitante dos seguintes agentes com voriconazol:
– terfenadina, astemizol, cisaprida, pimozida e quinidina (substratos do CYP3A4): embora
não estudada, a co-administração do voriconazol com a terfenadina, astemizol, cisaprida,
pimozida ou quinidina é contra-indicada, uma vez que concentrações plasmáticas elevadas
destes medicamentos podem levar ao prolongamento do intervalo QTc e raras ocorrências
de torsade de pointes (vide ?Contra-indicações?).
– sirolimo (substrato do CYP3A4): o voriconazol aumentou a Cmáx e a AUCt do sirolimo
(dose única de 2 mg) em 556% e 1014%, respectivamente. A co-administração destes
fármacos é contra-indicada (vide ?Contra-indicações?).
– alcalóides do ergot (substrato do CYP3A4): apesar de não ter sido estudado, o voriconazol
pode aumentar as concentrações plasmáticas dos alcalóides do ergot (ex.: ergotamina,
diidroergotamina) e levar ao ergotismo. A co-administração de voriconazol com alcalóides
do ergot é contra-indicada (vide ?Contra-indicações?).
Interação de voriconazol com os seguintes agentes pode resultar em aumento da exposição
destes. Portanto, deve-se considerar cuidadoso monitoramento e/ou ajuste de dose:
– ciclosporina (substrato do CYP3A4): em pacientes com transplante renal, estáveis, o
voriconazol aumentou a Cmáx e a AUCt da ciclosporina em no mínimo 13% e 70%,
respectivamente. Quando o tratamento com voriconazol for iniciado em pacientes que já
estejam recebendo ciclosporina, recomenda-se que a dose de ciclosporina seja reduzida
pela metade e que o nível de ciclosporina seja cuidadosamente monitorado. Níveis elevados
de ciclosporina foram associados à nefrotoxicidade. Quando o voriconazol for
descontinuado, os níveis de ciclosporina devem ser cuidadosamente monitorados e a dose
deve ser aumentada, conforme a necessidade.
– tacrolimo (substrato do CYP3A4): o voriconazol aumentou a Cmáx e a AUCt (área sob a
curva de concentração-tempo até a última medida quantificável) do tacrolimo (dose única de
0,1 mg/kg) em 117% e 221%, respectivamente. Quando o tratamento com voriconazol for
iniciado em pacientes que já estejam recebendo tacrolimo, recomenda-se que a dose de
tacrolimo seja reduzida para um terço da dose original e que o nível de tacrolimo seja
cuidadosamente monitorado. Níveis elevados de tacrolimo foram associados à
nefrotoxicidade. Quando o voriconazol for descontinuado, os níveis de tacrolimo devem ser
cuidadosamente monitorados e a dose deve ser aumentada, conforme a necessidade.
– metadona (substrato da CYP3A4): a administração de doses repetidas de Vfend®
(voriconazol) via oral (400 mg a cada 12 horas por 1 dia e 200 mg a cada 12 horas por 4
dias) aumentou a Cmáx e a AUCt da R-metadona farmacologicamente ativa em 31% (90%
IC: 22%, 40%) e 47% (90% IC: 38%, 57%), respectivamente, em indivíduos recebendo a
dose de manutenção da metadona (30 ? 100 mg por dia) (vide ?Advertências e
Precauções?).
– opióides de ação curta (substrato do CYP3A4): em uma publicação independente, o
steady-state após administração oral de voriconazol aumentou a AUC8 de uma dose única
de alfentanil em 6 vezes. A redução da dose de alfentanil e outros opióides de ação curta de
estrutura similar ao alfentanil e metabolizado pelo CYP3A4 (p. ex. sufentanil), deve ser
considerada quando co-administrado com voriconazol.
– varfarina (substrato do CYP2C9): a co-administração do voriconazol (300 mg, a cada 12
horas) com varfarina (em dose única de 30 mg) elevou o tempo máximo de protrombina em
93%. Recomenda-se monitoração cuidadosa do tempo de protrombina, quando a varfarina
e o voriconazol forem co-administrados.
– outros anticoagulantes orais, por exemplo, femprocumona e acenocumarol (substratos do
CYP2C9 e CYP3A4): apesar de não ter sido estudado, o voriconazol pode aumentar a
concentração plasmática dos anticoagulantes cumarínicos e desta forma aumentar o tempo
de protrombina. Se pacientes recebendo derivados cumarínicos forem tratados
simultaneamente com voriconazol, o tempo de protrombina deve ser monitorado em curtos
intervalos de tempo e o regime posológico dos anticoagulantes deve ser ajustado
apropriadamente.
– sulfoniluréias (substratos do CYP2C9): embora não estudado, o voriconazol pode
aumentar as concentrações plasmáticas das sulfoniluréias (ex.: tolbutamida, glipizida e
gliburida) e, portanto, causar hipoglicemia. Recomenda-se cuidadosa monitoração da
glicose sangüínea durante a co-administração.
– estatinas (substratos do CYP3A4): embora não estudado clinicamente, o voriconazol
mostrou-se capaz de inibir o metabolismo da lovastatina in vitro (microssomos de fígado
humano). Portanto, é provável que o voriconazol possa elevar os níveis plasmáticos de
estatinas, que são metabolizadas pelo CYP3A4. Recomenda-se que um ajuste da dose da
estatina seja considerado, durante a co-administração. Os níveis elevados de estatina foram
associados com rabdomiólise.
– benzodiazepínicos (substratos do CYP3A4): embora não estudado clinicamente, o
voriconazol mostrou-se capaz de inibir o metabolismo do midazolam in vitro (microssomos
de fígado humano). Portanto, é provável que o voriconazol possa aumentar os níveis
plasmáticos dos benzodiazepínicos, que são metabolizados pelo citocromo CYP3A4 (ex.:
midazolam, triazolam e alprazolam) e levar a um efeito sedativo prolongado. Recomenda-se
que um ajuste da dose dos benzodiazepínicos seja considerado durante a co-administração.
– alcalóides da vinca (substratos do CYP3A4): embora não estudado, o voriconazol pode
aumentar as concentrações plasmáticas de alcalóides da vinca (ex.: vincristina e vinblastina)
e levar à neurotoxicidade. É portanto recomendado que o ajuste de dose de alcalóides da
vinca seja considerado.
– antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs): o voriconazol aumenta a Cmax e a AUC do
ibuprofeno (400 mg, dose única) em 20% e 100%, respectivamente. O voriconazol aumenta
a Cmax e a AUC do diclofenaco (50 mg, dose única) em 114% e 78%, respectivamente.
Recomenda-se frequente monitoramento de eventos adversos e toxicidade relacionada aos
AINES. O ajuste de dose do AINEs pode ser necessário.
Não foi observada interação farmacocinética significativa quando voriconazol foi coadministrado
com os agentes descritos a seguir. Portanto, nenhum ajuste de dose para
estes agentes é necessário.
– prednisolona (substrato do CYP3A4): o voriconazol elevou a Cmáx e a AUCt da
prednisolona (em dose única de 60 mg) em 11% e 34%, respectivamente. O ajuste da dose
não é recomendado.
– digoxina (transporte mediado pela glicoproteína P): o voriconazol não teve efeito
significativo na Cmáx e na AUCt da digoxina (0,25 mg uma vez ao dia).
– ácido micofenólico (substrato da UDP-glicuronil transferase): o voriconazol não teve efeito
na Cmáx nem na AUCt do ácido micofenólico (1 g dose única).
Interações Mútuas
– efavirenz (inibidor não-nucleosídico da transcriptase reversa [indutor do CYP450 e inibidor
e substrato do CYP3A4]): doses padrões de voriconazol e doses padrões de efavirenz não
devem ser co-administradas. Em indivíduos sadios, o efavirenz no estado de equilíbrio (400
mg via oral, uma vez ao dia) diminuiu em média a Cmáx e a AUCt do voriconazol no estado
de equilíbrio em 61% e 77%, respectivamente. No mesmo estudo, o voriconazol no estado
de equilíbrio (400 mg via oral, a cada 12 horas por 1 dia e 200 mg via oral, a cada 12 horas
por 8 dias) aumentou a Cmáx e a AUCt do efavirenz no estado de equilíbrio em média de
38% e 44%, respectivamente, nos mesmos indivíduos.
Em um estudo separado em indivíduos sadios, a dose de voriconazol de 300 mg duas vezes
ao dia em combinação com baixa dose de efavirenz (300 mg uma vez ao dia) não levou a
exposição suficiente de voriconazol.
Após a co-administração de voriconazol 400 mg duas vezes ao dia com efavirenz 300 mg
por via oral, uma vez ao dia, em indivíduos sadios, a AUCt do voriconazol foi diminuída em
7% e a Cmáx aumentada em 23%, quando comparado ao voriconazol 200 mg, duas vezes
ao dia, administrado isoladamente. A AUCt do efavirenz foi aumentada em 17% e a Cmáx
foi equivalente quando comparada ao efavirenz 600 mg, administrado isoladamente, uma
vez ao dia. Estas diferenças não foram consideradas clinicamente significativas.
Quando voriconazol é co-administrado com efavirenz, a dose de manutenção do voriconazol
deve ser aumentada para 400 mg duas vezes ao dia e a dose de efavirenz deve ser
reduzida a 50%, por exemplo para 300 mg diários (vide ?Posologia?). Quando o tratamento
com voriconazol é finalizado, a dose inicial de efavirenz deve ser restabelecida.
– fenitoína (substrato do CYP2C9 e potente indutor do CYP450): o uso concomitante de
voriconazol e fenitoína deve ser evitado, a menos que o benefício supere o risco.
A fenitoína (300 mg, uma vez ao dia) diminuiu a Cmáx e a AUCt do voriconazol em 49% e
69%, respectivamente. O voriconazol (400 mg, a cada 12 horas, vide ?Posologia?) aumentou
a Cmáx e a AUCt da fenitoína (300 mg, uma vez ao dia) em 67% e 81%, respectivamente.
Recomenda-se monitoração cuidadosa dos níveis plasmáticos da fenitoína, quando coadministrada
com o voriconazol.
A fenitoína pode ser co-administrada com voriconazol, desde que a dose de manutenção do
voriconazol seja aumentada para 5 mg/kg, a cada 12 horas, por via intravenosa, ou de 200
mg para 400 mg, a cada 12 horas, por via oral (de 100 mg para 200 mg a cada 12 horas,
por via oral, em pacientes pesando menos de 40 kg) (vide ?Posologia?).
– rifabutina (potente indutor do CYP450): a rifabutina (300 mg uma vez ao dia) diminuiu a
Cmáx e a AUCt do voriconazol, 200 mg a cada 12 horas, em 69% e 78%, respectivamente.
Durante a co-administração com rifabutina, a Cmáx e a AUCt do voriconazol, 350 mg a
cada 12 horas, foram de 96% e 68% dos níveis obtidos na administração isolada de 200 mg
de voriconazol a cada 12 horas. Para uma dose de 400 mg de voriconazol administrada a
cada 12 horas, a Cmáx e a AUCt foram, respectivamente, 104% e 87% mais elevadas
quando comparadas com a administração isolada de voriconazol, 200 mg a cada 12 horas.
O voriconazol, 400 mg a cada 12 horas, aumentou a Cmáx e a AUCt da rifabutina em 195%
e 331%, respectivamente.
Se os benefícios superarem os riscos, a co-administração de rifabutina com voriconazol
pode ocorrer se a dose de manutenção do voriconazol for aumentada para 5 mg/kg por via
intravenosa, a cada 12 horas, ou de 200 mg para 350 mg por via oral, a cada 12 horas (100
mg para 200 mg por via oral, a cada 12 horas em pacientes com menos de 40 kg) (vide
?Posologia?). Recomenda-se a monitoração cuidadosa das contagens de elementos
figurados no sangue total e dos eventos adversos da rifabutina (ex.: uveíte), quando for coadministrada
com voriconazol.
– omeprazol (inibidor do CYP2C19; substrato do CYP2C19 e CYP3A4): o omeprazol (40 mg,
uma vez ao dia) aumentou a Cmáx e a AUCt do voriconazol em 15% e 41%,
respectivamente. Nenhum ajuste da dosagem de voriconazol é recomendado. O voriconazol
aumentou a Cmáx e a AUCt do omeprazol em 116% e 280%, respectivamente. Quando o
tratamento com voriconazol for iniciado em pacientes que já estejam recebendo omeprazol,
recomenda-se que a dose de omeprazol seja reduzida à metade. O metabolismo de outros
inibidores da bomba protônica, que forem substratos do citocromo CYP2C19, também pode
ser inibido pelo voriconazol.
– contraceptivos orais (substratos do CYP3A4): a co-administração de voriconazol e um
contraceptivo oral (1mg de noretisterona e 0,035 mg de etinilestradiol uma vez ao dia) em
mulheres sadias resultou em aumento na Cmax e AUCt do etinilestradiol (36% e 61%
respectivamente) e noretisterona (15% e 53% respectivamente). A Cmax e AUCt do
voriconazol aumentaram em 14% e 46% respectivamente. Contraceptivos orais contendo
doses diferentes de 1 mg de noretisterona e 0,035 mg de etinilestradiol não foram
estudados. Como a razão entre noretisterona e etinilestradiol permanece similar durante a
interação com o voriconazol, a atividade contraceptiva provavelmente não é afetada.
Recomenda-se a monitoração de eventos adversos relacionados a co-administração com
contraceptivos orais.
– indinavir (inibidor e substrato do CYP3A4): o indinavir (800 mg a cada 8 horas) não
apresentou efeito significativo na Cmáx e na AUCt do voriconazol. O voriconazol não
apresentou efeito significativo na Cmáx, Cmín e na AUCt do indinavir (800 mg a cada 8
horas).
– outros inibidores de protease do HIV (inibidores e substrato do CYP3A4): os estudos in
vitro sugerem que o voriconazol pode inibir o metabolismo dos inibidores da protease do
HIV (ex.: saquinavir, amprenavir e nelfinavir). Os estudos in vitro também mostraram que o
metabolismo do voriconazol pode ser inibido pelos inibidores da protease do HIV. Os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a qualquer ocorrência de
toxicidade ao fármaco e/ou perda de eficácia durante a co-administração do voriconazol e
de inibidores da protease do HIV.
– outros inibidores não-nucleosídicos da transcriptase reversa (INNTR) (inibidores e
substratos do CYP3A4, ou indutores do CYP450): os estudos in vitro mostram que o
metabolismo do voriconazol pode ser inibido pela delavirdina. Embora não estudado, o
metabolismo do voriconazol pode ser induzido pela nevirapina. O voriconazol também pode
inibir o metabolismo dos INNTRs. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados
quanto a qualquer ocorrência de toxicidade ao fármaco e/ou falta de eficácia, durante a coadministração
do voriconazol e de INNTRs.
Reações adversas / Efeitos colaterais de Vfend iv
O perfil de segurança do voriconazol está baseado em um banco de dados de segurança integrado composto de mais de 2000 indivíduos (1655 pacientes em estudos terapêuticos). Isto representa uma população heterogênea, abrangendo pacientes com doença hematológica maligna, pacientes infectados por HIV com candidíase esofágica e infecções fúngicas refratárias, pacientes não-neutropênicos com candidemia ou aspergilose e voluntários sadios. A duração da terapia com o voriconazol para 561 pacientes, foi superior a 12 semanas, sendo que 136 pacientes receberam o voriconazol durante mais de 6 meses. Como a maioria dos estudos foi de caráter aberto, todos os eventos adversos, cuja causalidade possa estar possivelmente relacionada, estão listados na tabela abaixo, discriminados por classe de sistema orgânico e freqüência (muito comum >1/10; comum >1/100 e 1/1000 e
Vfend iv – Posologia
Vfend iv (voriconazol), pó para solução para infusão, deve ser reconstituído e diluído (vide Instruções para Administração-), antes da administração por infusão intravenosa. Não administrar por injeção em bolus-. Recomenda-se que Vfend iv, pó para solução para infusão, seja administrado a uma taxa de no máximo 3 mg/kg por hora, durante 1 a 2 horas. Os distúrbios eletrolíticos tais como hipocalemia, hipomagnesemia e hipocalcemia devem ser monitorados e corrigidos, se necessário, antes do início e durante o tratamento com Vfend iv (vide Advertências e Precauções). Uso em Adultos A terapia com o VFEND, por via intravenosa ou oral, deve ser iniciada com o regime de dose de ataque especificado, para se obter no Dia 1, concentrações plasmáticas próximas do estado de equilíbrio. Devido à alta biodisponibilidade oral (96 %; vide Propriedades Farmacocinéticas), a troca entre a administração intravenosa e a oral é adequada, quando indicada clinicamente.
Características farmacológicas
Vfend® IV (voriconazol), um derivado triazólico, é um antimicótico para uso sistêmico.
Mecanismo de Ação
In vitro, o voriconazol apresenta atividade antifúngica de amplo espectro contra as espécies
de Candida (incluindo cepas resistentes ao fluconazol, C. krusei e as cepas resistentes de
C. glabrata e C. albicans) e atividade fungicida contra todas as espécies de Aspergillus
testadas. Além disso, o voriconazol apresenta atividade fungicida, in vitro, contra patógenos
fúngicos emergentes, incluindo o Scedosporium ou o Fusarium, que apresentam
sensibilidade limitada aos agentes antifúngicos existentes. O mecanismo de ação do
voriconazol se dá através da inibição da desmetilação do 14 a-esterol mediada pelo
citocromo P450 fúngico, um passo essencial na biossíntese do ergosterol. Há correlação
entre a concentração inibitória mínima e a eficácia experimental contra micoses em estudos
animais. Além disto, também é provável que exista correlação entre a concentração
inibitória mínima de voriconazol e os desfechos clínicos para espécies de Candida.
Microbiologia
A eficácia clínica (com resposta completa ou parcial, vide “Experiência Clínica”) foi
demonstrada contra Aspergillus spp. incluindo A. flavus, A. fumigatus, A. terreus, A. niger,
A. nidulans; contra Candida spp., incluindo C. albicans, C. glabrata, C. krusei, C.
parapsilosis, C. tropicalis, e um número limitado de C. dubliniensis, C. inconspicua e C.
guilliermondii; e contra Scedosporium spp., incluindo S. apiospermum, S. prolificans e
Fusarium spp.
Outras infecções fúngicas tratadas (com freqüente resposta completa ou parcial, vide
“Experiência Clínica”) incluíram casos isolados de Alternaria spp., Blastomyces dermatitidis,
Blastoschizomyces capitatus, Cladosporium spp., Coccidioides immitis, Conidiobolus
coronatus, Cryptococcus neoformans, Exserohilum rostratum, Exophiala spinifera,
Fonsecaea pedrosoi, Madurella mycetomatis, Paecilomyces lilacinus, Penicillium spp.,
incluindo P. marneffei, Phialophora richardsiae, Scopulariopsis brevicaulis e Trichosporon
spp., incluindo infecções por T. beigelii.
A atividade in vitro contra isolados clínicos foi observada para Acremonium spp., Alternaria
spp., Bipolaris spp., Cladophialophora spp., Histoplasma capsulatum, sendo a maioria das
cepas inibidas por concentrações de voriconazol que variaram de 0,05 a 2 mcg/mL.
Foi observada atividade in vitro contra os seguintes patógenos, porém, a significância clínica
é desconhecida: Curvularia spp. e Sporothrix spp.
Os espécimes para cultura fúngica e outros estudos laboratoriais relevantes (sorologia,
histopatologia) devem ser obtidos antes da terapia, para se isolar e identificar os
organismos causadores. A terapia pode ser iniciada antes que os resultados das culturas e
outros estudos laboratoriais sejam conhecidos; entretanto, uma vez que estes resultados se
tornem disponíveis, a terapia antiinfectiva deve ser ajustada apropriadamente.
Teste de Suscetibilidade
Testes de suscetibilidade in vitro foram realizados de acordo com o Clinical Laboratory and
Standards Institute (CLSI), métodos (M38-P para fungos e, M27-A e M44-A para leveduras).
Os limites de suscetibilidade (breakpoints), CIM e zona de diâmetro, foram estabelecidos
para espécies de Candida, mas não para fungos filamentosos, incluindo espécies de
Aspergillus.
Infecções por Aspergillus ? eficácia em pacientes com aspergilose com prognóstico
desfavorável
O voriconazol apresenta atividade fungicida in vitro contra Aspergillus spp. A eficácia e o
benefício em termos de sobrevida do voriconazol versus anfotericina B convencional no
tratamento primário da aspergilose invasiva aguda foram demonstrados num estudo
multicêntrico, aberto e randomizado, em 277 pacientes imunocomprometidos tratados
durante 12 semanas. Foi observada uma resposta global satisfatória (resolução parcial ou
completa de todos os sinais e sintomas atribuíveis, alterações radiográficas/broncoscópicas
presentes inicialmente) em 53% dos pacientes tratados com voriconazol comparativamente
a 31% dos pacientes tratados com o agente comparador. A taxa de sobrevida no dia 84
para o voriconazol foi estatística e significativamente superior ao registrado para o agente
comparador, tendo sido observado um benefício clínico e estatisticamente significativo a
avor do voriconazol, tanto para o tempo até a morte como para o tempo até a
descontinuação devido à toxicidade.
Este estudo confirma os resultados de um estudo anterior prospectivo, de resultado clínico
positivo, em pacientes que apresentavam fatores de risco para um prognóstico
desfavorável, incluindo doença do enxerto contra o hospedeiro e, em particular, infecções
cerebrais (normalmente associadas a uma mortalidade de quase 100%).
Estes estudos incluíram pacientes com transplante de medula óssea e transplantados de
órgãos sólidos, doenças hematológicas malignas, câncer e AIDS, com aspergilose cerebral,
sinusal, pulmonar e disseminada.
Infecções invasivas graves por Candida ? Eficácia em pacientes não-neutropênicos
A eficácia do voriconazol comparado ao regime de tratamento com anfotericina B seguido
de fluconazol no tratamento primário de candidemia foi demonstrada em um estudo
comparativo aberto. Trezentos e setenta pacientes não-neutropênicos com candidemia
documentada (cultura sangüínea positiva e sinais clínicos de infecção) foram incluídos neste
estudo, dos quais 248 foram tratados com voriconazol. A população de pacientes estava
gravemente doente, com aproximadamente 50% internada na Unidade de Terapia Intensiva
e 40% estavam sob ventilação mecânica no início do tratamento. A duração média do
tratamento foi de 15 dias em ambos os braços do tratamento. Foi observada resposta com
êxito (resolução/melhora de todos os sinais e sintomas clínicos da infecção, cultura
sangüínea negativa para Candida, locais/tecidos infectados negativos para Candida) em
41% dos pacientes em ambos os braços de tratamento 12 semanas após o final da terapia.
Nesta análise, pacientes que não apresentavam melhora 12 semanas após o término do
tratamento (EOT- end of treatment) foram classificados como falha no tratamento. De
acordo com uma análise secundária, que comparou as taxas de resposta no último ponto
mais relevante para avaliação do paciente (EOT, ou 2, 6 ou 12 semanas após o EOT), o
voriconazol e o regime de tratamento com anfotericina B seguido de fluconazol
apresentaram taxas de resposta de 65% e 71%, respectivamente.
Infecções graves refratárias por Candida
O estudo envolveu 55 pacientes com infecções sistêmicas refratárias graves por Candida
(incluindo candidemia, candidíase disseminada e outras candidíases invasivas) em que o
tratamento antifúngico anterior, particularmente com fluconazol, foi ineficaz. Foi observada
resposta com êxito em 24 pacientes (15 respostas completas, 9 respostas parciais). Em
espécies não-albicans resistentes ao fluconazol obteve-se sucesso no tratamento de 3/3
infecções por C. krusei (respostas completas) e de 6/8 infecções por C. glabrata (5
respostas completas, 1 resposta parcial). Os dados de eficácia clínica foram baseados em
dados de sensibilidade limitados.
Candidíase esofágica
A eficácia do voriconazol (200 mg a cada 12 horas) comparado com o fluconazol (200 mg 1
vez ao dia) no tratamento primário da candidíase esofágica foi demonstrado no Estudo 150-
305, um estudo duplo-cego em pacientes imunocomprometidos com candidíase esofágica
comprovada por endoscopia. Os pacientes foram tratados em média por 15 dias (intervalo
de 1 a 49 dias). Os resultados foram avaliados pela repetição da endoscopia ao final do
tratamento (EOT) cujo sucesso foi definido como normalização da endoscopia ou pelo
menos 1 grau de melhora no escore endoscópico em relação ao exame basal. Para
pacientes da população de intenção-de-tratamento (ITT) com apenas a endoscopia basal, a
resposta positiva foi definida como fim ou melhora dos sintomas na visita de EOT em
relação ao basal. Os pesquisadores concluíram que os dois medicamentos, nas doses
acima, tem taxa de eficácia comparável, como demonstrado na tabela abaixo:
Outros patógenos fúngicos raros graves
O voriconazol mostrou-se eficaz contra os seguintes patógenos fúngicos raros:
? Scedosporium spp. ? foram observadas respostas satisfatórias na terapia com
voriconazol em 16 (6 respostas completas, 10 respostas parciais) de 28 pacientes (55%)
com infecção por S. apiospermum e em 2 (ambas respostas parciais) de 7 pacientes
(29%) com infecções por S. prolificans. Além disso, foi observada resposta satisfatória
em 1 de 3 pacientes com infecções causadas por mais do que um organismo, incluindo
Scedosporium spp.
? Fusarium spp. ? sete (3 respostas completas, 4 respostas parciais) dentre 17 pacientes
(41%) foram tratados com sucesso com o voriconazol. Destes 7 pacientes, 3 infecções
eram oculares, 1 nos seios da face e 3 disseminadas. Além destes, 4 outros pacientes
com fusariose apresentaram infecção causada por diversos organismos, sendo que,
para 2 deles, o resultado foi satisfatório.
A maioria dos pacientes medicados com voriconazol para as infecções raras acima
mencionadas era intolerante ou refratária à terapêutica antifúngica anterior.
Duração do Tratamento
O voriconazol injetável e oral permite flexibilidade no cuidado dos pacientes e na
possibilidade de prolongar o tratamento quando indicado. Nos estudos clínicos, 561
pacientes receberam a terapia com voriconazol por mais de 12 semanas, sendo que 136
pacientes receberam por mais de 6 meses.
Estudos Clínicos em Pacientes Pediátricos
Sessenta e um pacientes pediátricos, com idades entre 9 meses e 15 anos, que
apresentavam infecções fúngicas invasivas comprovadas ou prováveis, foram tratados com
voriconazol. Esta população incluía 34 pacientes de 2 a 94%) é excretada nas
primeiras 96 horas após a administração oral ou intravenosa.
A meia-vida terminal do voriconazol depende da dose e é de aproximadamente 6 horas para
200 mg (oral). Devido à farmacocinética não-linear, a meia-vida terminal não pode ser
utilizada na previsão do acúmulo ou da eliminação do voriconazol.
Relação Farmacocinética-Farmacodinâmica
Em 10 estudos terapêuticos, o valor mediano das concentrações plasmáticas média e
máxima em pacientes específicos, no decorrer dos estudos, foi de 2425 ng/mL (faixa do
interquartil de 1193 a 4380 ng/mL) e de 3742 ng/mL (faixa do interquartil de 2027 a 6302
ng/mL), respectivamente. Não foi encontrada uma associação positiva entre as
concentrações plasmáticas médias, máximas ou mínimas de voriconazol e a eficácia nos
estudos terapêuticos.
A análise farmacocinética-farmacodinâmica dos dados de estudos clínicos identificou
associações positivas entre as concentrações plasmáticas de voriconazol e entre
anormalidades nos testes de função hepática e nos distúrbios visuais.
Farmacocinética em Grupos de Pacientes Especiais
Sexo
Em um estudo de dose múltipla oral, os valores de Cmáx e AUCt para mulheres jovens
sadias foram, respectivamente, 83% e 113% mais elevados do que em homens jovens
sadios (18-45 anos) após a administração do comprimido. No mesmo estudo, não foram
observadas diferenças significativas na Cmáx e na AUCt entre homens idosos sadios e
mulheres idosas sadias (= 65 anos). Em um estudo similar, após administração de
suspensão oral, a AUC média para mulheres jovens sadias foi 45% superior a de homens
jovens sadios, enquanto que a Cmáx média foi comparável entre os sexos. A Cmín do
voriconazol no estado de equilíbrio em mulheres foi 100% e 91% superior a de homens
recebendo comprimidos e suspensão oral, respectivamente.
No programa clínico, nenhum ajuste de dose foi realizado em função do sexo. O perfil de
segurança e as concentrações plasmáticas observadas em pacientes homens e mulheres
foram semelhantes. Portanto, o ajuste na dose não se faz necessário, com base no sexo.
Idosos
Em um estudo de dose múltipla oral, a Cmáx e a AUCt em homens idosos sadios (= 65
anos) foram respectivamente, 61% e 86% mais elevadas do que em homens jovens sadios
(18-45 anos). Não foram observadas diferenças significativas na Cmáx e na AUCt entre
mulheres idosas sadias (= 65 anos) e mulheres jovens sadias (18- 45 anos).
Nos estudos terapêuticos, não foi efetuado ajuste de dose com base na idade. Foi
observada uma relação entre as concentrações plasmáticas e a idade. No entanto, o perfil
de segurança do voriconazol em pacientes jovens e idosos foi similar e, portanto, não é
necessário ajuste na dosagem para pacientes idosos.
Crianças
A dose recomendada para pacientes pediátricos é resultante dos dados farmacocinéticos
obtidos em 3 estudos farmacocinéticos (dose única intravenosa de 3 e 4 mg/kg a cada 12
horas, doses múltiplas intravenosas de 3, 4, 6 e 8 mg/kg a cada 12 horas e doses múltiplas
de suspensão oral de 4 e 6 mg/kg duas vezes ao dia) que estudaram 82 pacientes
pediátricos imunocomprometidos com idade entre 2 e
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Uso em Pacientes Idosos
Não é necessário ajuste da dose em pacientes idosos.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Em pacientes com insuficiência renal moderada a grave (clearance de creatinina
Armazenagem
Vfend® IV deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido
da luz e umidade.
Vfend iv – Informações
Vfend iv (voriconazol), um derivado triazólico, é um antimicótico para uso sistêmico.
In vitro, o voriconazol apresenta atividade antifúngica de amplo espectro com potência antifúngica contra as espécies de Candida (incluindo cepas resistentes ao fluconazol, C. krusei e as cepas resistentes de C. glabrata e C. albicans) e atividade fungicida contra todas as espécies de Aspergillus testadas. Além disso, o voriconazol apresenta atividade fungicida, in vitro, contra patógenos fúngicos emergentes, incluindo aqueles tais como o Scedosporium ou o Fusarium, que apresentam sensibilidade limitada aos agentes antifúngicos existentes. Seu mecanismo de ação é através da inibição do citocromo fúngico P450 mediada pela desmetilação do 14 a-esterol, um passo essencial na biossíntese do ergosterol.