Saúde mental dos adolescentes durante a pandemia é preocupante
Para que as pessoas se protejam da COVID-19, os especialistas em saúde dizem que é preciso ficar em casa e longe de outras pessoas. Isso é particularmente difícil para os adolescentes, porque o estágio de sua vida gira em torno dos colegas e da independência da família.
Portanto, não é surpreendente que a pandemia tenha afetado a saúde mental deles.
Mais difícil para alguns adolescentes, mais fácil para outros
Não foi difícil para todos eles. Alguns dos pacientes adolescentes que ficam estressados por situações sociais sentem-se aliviados por estar em casa, por exemplo, e adolescentes que se dão bem com seus pais e irmãos gostam mais de estar com eles. E certamente ajuda que muitos estejam dormindo mais.
Mas o isolamento social e estar preso a uma casa pode ser muito difícil nessa faixa etária. Para famílias que estão passando por fatores estressantes financeiros e outros, os adolescentes geralmente compartilham esse fardo, o que torna as coisas piores.
É importante que os pais sejam proativos – não apenas conscientizando-se do humor de seu filho, mas também fazendo coisas para fortalecer a saúde mental de seu filho.
Não apenas a pandemia provavelmente permanecerá conosco por pelo menos mais alguns meses, mas não há garantia de que a ansiedade e a depressão que começam durante a pandemia irão embora quando isso acontecer. Os efeitos podem ser duradouros.
Sinais para procurar
Os pais de adolescentes devem ficar atentos a alguns fatores que podem indicar que é hora de buscar ajuda:
- mau humor que é incomum
- se isolando mais do que o normal
- interagir menos com os amigos, isso pode ser um sinal de problema.
- perder o interesse pelas atividades de que gostavam e que são possíveis durante a pandemia
- problemas de sono – dormindo muito menos ou dormindo muito mais
- problemas com foco ou concentração
- queda de notas
- aumento de comportamentos de risco (que podem ser qualquer coisa, desde o uso de drogas até a socialização em grupos sem máscaras)
- pensando em morte ou suicídio
Caso exista algum indício sobre o último tópico, pais e responsáveis não podem hesitar em buscar ajuda profissional, tanto a emergencial quanto a de especialistas da área.
O que os pais devem fazer para ajudar
É fundamental que nenhum destes sintomas listados seja ignorado.
A saúde mental é tão importante quanto a saúde física, por isso é essencial procurar ajuda médica. O aconselhamento e, às vezes, os medicamentos podem fazer toda a diferença.
Um “novo normal” exige novas rotinas e novas formas de estar conectado e feliz. Agora que está bem claro que o novo normal não é temporário, os pais devem conversar com seus filhos sobre o que eles podem fazer, dentro das restrições do que é seguro, para cuidar de sua saúde mental.
Responsáveis precisam se certificar de que os adolescentes não permaneçam no quarto o dia todo. Com quarentena e escola remota, isso é muito possível.
É interessante tirá-los de casa sempre que possível (com segurança e todos os cuidados já divulgados). Fazer refeições em família, passar algum tempo juntos à noite e, de certa forma, criar algumas rotinas que neutralizem o isolamento, podem ser medidas que ajudem o adolescente a se sentir melhor e menos solitário.
Os pais podem tentar deixar seus filhos fisicamente ativos. Os exercícios podem fazer uma grande diferença de várias maneiras, incluindo melhorar o humor e aliviar a ansiedade e a depressão. Até dar uma volta no quarteirão é algo que pode fazer a diferença na rotina (caso a família possua animais de estimação, sair para passear com eles é uma medida segura para sair de casa)
A família deve aproveitar todos os recursos oferecidos pela escola ou comunidade. Pode haver clubes online, terapia online ou outras atividades que o filho adolescente possa aproveitar.
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O estudo original foi publicado no Psychiatric Times
* “New Findings About Children’s Mental Health During COVID-19” – 2020
Autores do estudo: Karen Dineen Wagner – Estudo