Bula do medicamento Sarcoton


Sarcoton – Bula do remédio

Sarcoton com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Sarcoton têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Sarcoton devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Laboratório

Medley

Apresentação de Sarcoton

Pó oral: emb. c/ 1 pote de 10g, acompanhado de 1 colher-medida.

Cada g do pó contém:
Dissulfiram.. 0,4g
Excipiente q.s.p. .. 1,0g

Sarcoton – Indicações

Sarcoton (Dissulfiram) é indicado como coadjuvante no tratamento do alcoolismo crônico.

Contra-indicações de Sarcoton

Hipersensibilidade ao dissulfiram, a outros derivados tiuranos, ou a qualquer componente da fórmula.
A relação risco-benefício da terapêutica com Sarcoton (Dissulfiram) deve ser avaliada nas seguintes situações: dermatite de contato eczematosa alérgica, distúrbios cardiovasculares, depressão, diabetes mellitus, epilepsia ou outras alterações convulsivas, mau funcionamento hepático ou cirrose, hipotireoidismo, psicoses, insuficiência pulmonar severa, disfunção renal.

Advertências

Pacientes sensíveis a outros derivados tiuranos (como os utilizados na fabricação de borrachas, pesticidas e fungicidas) podem ser também sensíveis ao dissulfiram.

Uso na gravidez de Sarcoton

alguns casos de defeitos congênitos foram relatados em crianças de mães que receberam dissulfiram durante a gravidez.
Estudos relataram embriotoxicidade do dissulfiram em animais.
Com isso, a segurança do uso da droga durante a gravidez ainda não foi determinada e portanto, a terapêutica com dissulfiram em mulheres grávidas deve ser avaliada pelo médico quanto a relação risco-benefício.
Lactação: não há estudos que comprove a segurança do produto durante a lactação. O médico deverá optar pela interrupção do tratamento ou a suspensão da amamentação.
Sarcoton (dissulfiram) só deve ser administrado após 12 horas da última ingestão de álcool pelo paciente. Não deve ser administrado a pacientes em estado de intoxicação alcoólica, ou sem seu total conhecimento.

Interações medicamentosas de Sarcoton

O uso de álcool ou produtos que contenham álcool até 14 dias após a terapia com dissulfiram resultará na reação dissulfiram – álcool. A administração pré-operatória crônica de inibidores de enzimas hepáticas, tal como o dissulfiram, pode diminuir a depuração plasmática e prolongar a duração de ação de alfentanila. O metabolismo da bacampicilina produz uma baixa concentração plasmática de álcool e acetaldeído; apesar de o risco de interação dissulfiram-álcool ser mínimo, se o uso concomitante for inevitável, este deve ser bem monitorado. É possível de ocorrer uma reação similar com a associação amoxicilina e clavulanato.
O efeito anticoagulante de cumarínicos ou derivados da indandiona, pode ser potencializado com o uso concomitante de dissulfiram.
Um ajuste da dose dos anticoagulantes, baseado na determinação do tempo de protrombina, pode ser necessário durante o uso concomitante. O uso de anticonvulsivantes hidantoínicos, especialmente fenitoína, juntamente com dissulfiram, poderá aumentar a concentração plasmática dos hidantoínicos, possibilitando seu efeito tóxico. Se o uso concomitante for necessário, a concentração plasmática do anticonvulsivante deve ser obtida antes e durante o tratamento com dissulfiram, ajustando-se a dose adequadamente.
O uso concomitante com antidepressivos tricíclicos, principalmente amitriptilínicos, pode causar delírio transitório. A exposição aos vapores de dibrometo de etileno durante a terapêutica com dissulfiram, pode resultar em uma reação tóxica.
O uso concomitante de dissulfiram com inibidores de enzimas hepáticas pode potencializar seu efeito; com medicamentos hepatotóxicos, pode aumentar o potencial hepatotóxico. O uso com isoniazida, pode resultar num aumento de incidência de efeitos no sistema nervoso central, como convulsões, incoordenação, irritabilidade ou insônia; uma redução da dose ou mesmo a descontinuidade da terapêutica com dissulfiram pode ser necessária. O uso concomitante de dissulfiram e metronidazol pode resultar em reações psicóticas e confusão devido a toxicidade combinada; o uso concomitante de metronidazol não é recomendado até 2 semanas decorridas da terapêutica com dissulfiram. O uso com midazolam, pode diminuir o metabolismo de primeira passagem e a eliminação de midazolam pelo fígado, possibilitando um aumento da concentração plasmática de midazolam. O uso de medicamentos neurotóxicos durante a terapêutica com dissulfiram pode aumentar o potencial neurotóxico. O ácido ascórbico pode interferir com a reação álcool-dissulfiram. A exposição a solventes orgânicos ingeridos ou inalados, podendo conter álcool, acetaldeído, paraldeído ou estrutura análoga, poderá resultar na reação dissulfiram-álcool. O uso concomitante de paraldeído com dissulfiram não é recomendado, devido ao aumento da concentração sanguínea do paraldeído e acetaldeído. O uso concomitante de medicamentos depressores do sistema nervoso central e dissulfiram pode potencializar este efeito depressor.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Sarcoton

As reações adversas descritas a seguir, merecem atenção médica:
Com incidência menos freqüente: neurotoxicidade, incluindo neurite óptica (dor nos olhos ou sensibilidade ou alguma alteração da visão); neurite periférica ou polineurite (dormência, formigamento, dor ou fraqueza nas mãos ou nos pés); reações psicóticas.
NOTA: A neurotoxicidade é geralmente reversível quando o uso de dissulfiram é descontinuado.
Com incidência rara: encefalopatia, hepatite.
As reações adversas descritas a seguir, não merecem atenção médica, a menos que persistam ou se forem incômodas:
Com incidência mais freqüente: sonolência
Com incidência em menor freqüência ou rara: dor de cabeça, impotência, gosto de alho ou metálico na boca, rash cutâneo ou fadiga.

Sarcoton – Posologia

Administrar no primeiro dia de tratamento, 2 (duas) colheres-medida rasas – aproximadamente 1 g do pó – 1(uma) vez ao dia. Nos dias seguintes, administrar 1 (uma) colher-medida rasa – aproximadamente 500mg do pó – 1(uma) vez ao dia, durante semanas ou meses, até o paciente perder por completo a vontade de ingerir bebidas alcoólicas, ou então a critério médico.
NOTA: A posologia não deve exceder a 500 mg de dissulfiram diariamente.
* Cada grama do pó, contém 400 mg de Dissulfiram

Superdosagem

Em reações severas, deve-se instituir tratamento do choque e medidas para a restauração da pressão sangüínea. Outras recomendações incluem: oxigênio, mistura carbogênica (95% de oxigênio e 5% de gás carbônico) e sulfato de efedrina por via intravenosa. Deve-se monitorizar a curva de ECG e os níveis séricos de potássio. Fenotiazínicos nunca devem ser utilizados porque podem exacerbar a hipotensão.

Sarcoton – Informações

O dissulfiram, por si, é uma substância relativamente não tóxica. Entretanto, altera de forma acentuada o metabolismo intermediário do álcool e causa aumento da concentração sanguínea de acetaldeído em até 5 a 10 vezes o nível obtido quando o etanol é ministrado a um indivíduo que não recebeu tratamento prévio com dissulfiram.
Normalmente o acetaldeído é produzido como resultado da oxidação inicial do etanol pela desidrogenase alcoólica do fígado. Após a administração do dissulfiram, ocorre inativação irreversível da enzima aldeído desidrogenase e a concentração de acetaldeído sobe.
A ingestão de álcool por indivíduos previamente tratados com dissulfiram, dá origem à sinais e sintomas acentuados (reação dissulfiram-álcool), cuja maior parte é atribuída ao aumento resultante na concentração de acetaldeído no corpo. Os sinais e sintomas atribuídos à reação dissulfiram-álcool são: sensação de rosto quente, rubor facial, cefaléia intensa, dificuldade respiratória, náuseas, vômitos, sudorese, sede , dor torácica, fraqueza, vertigem, turvação visual, confusão. Estas reações são seguidas de palidez e hipotensão.
A resposta hipotensiva ocorre provavelmente pela inibição da síntese de norepinefrina pelo principal metabólito do dissulfiram, o dietilditiocarbamato.
A duração da reação dissulfiram – álcool dura 30 minutos a várias horas e sua intensidade varia de indivíduo para indivíduo, sendo geralmente proporcional à quantidade de álcool ingerida, à dose de dissulfiram e ao tempo transcorrido desde sua administração.

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