Bula do medicamento Exjade


Exjade – Bula do remédio

Exjade com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Exjade têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Exjade devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Laboratório

Novartis

Apresentação de Exjade

Cada caixa contém 28 ou 84 comprimidos dispersíveis de Exjade 125, 250 e 500 mg.

Exjade – Indicações

Exjade é indicado para o tratamento de sobrecarga crônica de ferro devido a transfusões de sangue
(hemossiderose transfusional) em pacientes adultos e pediátricos (com 2 anos de idade ou mais).

Contra-indicações de Exjade

Exjade é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou à qualquer dos
excipientes da fórmula.
Este medicamento é contra-indicado na faixa etária abaixo de 2 anos de idade.

Advertências

Exjade não foi estudado em pacientes com insuficiência renal ou hepática e deve ser usado com
cautela em tais pacientes. O tratamento com Exjade foi iniciado somente em pacientes com creatinina
sérica dentro dos limites para a idade, e com níveis de transaminases hepáticas até 5 vezes o limite
superior para a idade. A farmacocinética do deferasirox não foi influenciada por tais níveis de
transaminase. O deferasirox é minimamente excretado (8% da dose) por via renal. É eliminado
principalmente por glucuronidação e é minimamente (aproximadamente 8%) metabolizado pelas
enzimas oxidativas do citocromo P450 (vide Farmacocinética).
Aumentos não-progressivos na creatinina sérica foram observados em alguns pacientes tratados com
Exjade, geralmente dentro da variação normal. Casos de insuficiência renal aguda foram relatados
após a comercialização de Exjade (videReações adversas). É recomendado que a creatinina sérica
seja avaliada em duplicata antes de iniciar a terapia e seguida mensalmente durante o tratamento.
Pacientes com condições renais preexistentes, ou pacientes que estejam recebendo medicamentos que
deprimam a função renal podem ter maior risco de complicações. Nestes pacientes, é recomendada o
seguimento da creatinina sérica no primeiro mês após início ou modificação da terapia, e mensalmente
durante o tratamento.
Exames de proteinúria devem ser realizados mensalmente.
Deve-se ter cuidado para manter hidratação adequada em pacientes que apresentem diarréia ou vômito.
Para pacientes adultos, a dose diária de Exjade pode ser reduzida para 10 mg/kg se um aumento não
progressivo na creatinina sérica maior que 33% acima da média das medidas pré-tratamento for
detectado em duas consultas consecutivas, e não puder ser atribuído a outras causas (vide Posologia).
Para pacientes pediátricos, a dose deve ser reduzida para 10 mg/kg se os níveis da creatinina sérica
aumentarem acima do limite superior da normalidade para a idade em duas consultas consecutivas.
Se houver um aumento progressivo na creatinina sérica, além do limite superior para a idade, Exjade
deve ser interrompido. A terapia com Exjade deve ser reiniciada dependendo das circunstâncias
clínicas individuais.
É recomendado que a função hepática seja dosada todo mês. Se houver um aumento persistente e
progressivo nos níveis de transaminases séricas que não possam ser atribuídos a outras causas,
Exjade deve ser interrompido. Uma vez que a causa dos testes anormais de função hepática sejam
esclarecidos ou após retorno aos níveis normais, deve-se ter cautela ao reiniciar o tratamento com
Exjade em uma dose menor seguida de um escalonamento gradual de dose.
Erupções de pele (rash) podem aparecer durante o tratamento com Exjade. Para os casos de
erupções (rash) de severidade leve ou moderada, Exjade deve ser continuado sem ajuste de dose,
desde que a erupção (rash) freqüente seja resolvida espontaneamente. Para erupções (rash) mais
graves, quando a interrupção do tratamento pode ser necessária, Exjade pode ser reintroduzido após
resolução da erupção (rash), em uma dose menor seguida por escalonamento gradual de dose. Em
casos graves esta reintrodução pode ser conduzida em combinação com administração oral de
esteróides por um período curto.
Casos raros de reações graves de hipersensibilidade (tais como anafilaxia e angioedema) foram
relatados em pacientes recebendo Exjade, com o começo da reação ocorrendo na maioria dos casos
dentro do primeiro mês de tratamento (vide Reações adversas). No caso de reações graves, Exjade
deve ser descontinuado e intervenções médicas apropriadas devem ser instituídas.
Distúrbios auditivos (diminuição de audição) e oculares (opacidade de cristalino) foram reportados com o
tratamento de Exjade (vide Reações adversas). Testes auditivos e oftálmicos (incluindo fundoscopia)
são recomendados antes do início do tratamento com Exjade e em intervalos regulares durante a
terapia (a cada 12 meses). A redução ou interrupção da dose pode ser considerada, se estes distúrbios
forem observados.

Uso na gravidez de Exjade

Não estão disponíveis dados clínicos em mulheres grávidas expostas a deferasirox. Estudos em animais
têm demonstrado alguma toxicidade reprodutiva em doses tóxicas (vide Dados de segurança préclínica).
O risco potencial para humanos não é conhecido.
Como uma precaução, é recomendado que Exjade não deve ser usado durante a gravidez a menos
que claramente necessário.
Exjade enquadra-se na categoria C de risco na gravidez.
Em estudos em animais, deferasirox foi demonstrado ser rápido e extensivamente secretado no leite
materno. Não foram observados efeitos na ninhada. Não se sabe se o deferasirox é secretado no leite
humano. A lactação não é recomendada durante o tratamento com Exjade.

Interações medicamentosas de Exjade

A administração concomitante de Exjade e preparações antiácidas contendo alumínio não foi estudada
formalmente. Embora deferasirox tenha uma afinidade mais baixa com alumínio do que com ferro,
comprimidos de Exjade não devem ser tomados com preparações antiácidas contendo alumínio.
A biodisponibilidade do deferasirox foi aumentada para uma extensão variável quando tomada ao longo
da refeição. Embora a biodisponibilidade tenha sido quase dobrada quando Exjade foi ingerido com
refeições contendo alto teor de gordura, este aumento também variou de forma importante com outros
teores de gordura e horários de ingestão de Exjade com relação às refeições (vide Farmacocinética:
Absorção). Como nos estudos pivotais, Exjade foi administrado em pacientes com estômago vazio,
recomenda-se que Exjade deva ser tomado com o estômago vazio, pelo menos 30 minutos antes da
refeição, e de preferência no mesmo horário todos os dias (videPosologia).
A dispersão dos comprimidos de Exjade em suco de laranja ou maçã não afeta a biodisponibilidade.
Não foram observadas interações entre Exjade e digoxina em voluntários sadios.
A administração concomitante de Exjade e vitamina C não foi estudada formalmente. As doses de
vitamina C até 200 mg por dia não foram associadas com reações adversas.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Exjade

As reações reportadas mais freqüentes durante o tratamento crônico com Exjade em pacientes adultos
e pediátricos incluem distúrbios gastrintestinais em aproximadamente 26% dos pacientes (principalmente
náusea, vômito, diarréia ou dor abdominal), e erupção cutânea (rash) em aproximadamente 7% dos
pacientes. Estas reações são dose-dependente, na maioria das vezes leve a moderada, geralmente
transitória e na sua maior parte se resolvem até mesmo se o tratamento for continuado. Aumentos leves,
não progressivos da creatinina sérica, na maioria das vezes dentro dos limites normais, ocorrem em
aproximadamente 36% dos pacientes. Estes são dose-dependente, que freqüentemente se resolvem
espontaneamente e algumas vezes podem ser aliviados pela redução de dose (vide Advertências).
Foram reportadas elevações de transaminases hepáticas em aproximadamente 2% dos pacientes. Não
houve dependência na dose e a maioria destes pacientes tinha níveis elevados antes de receber
Exjade. Elevações de transaminases maiores do que 10 vezes do limite superior da normalidade,
sugerindo hepatite, foram incomuns (0,3%). Diminuição da acuidade auditiva (principalmente sons de
alta freqüência) e opacidade de cristalino (catarata prematura) foram incomumente observados em
pacientes tratados com Exjade, assim como ocorre com outros quelantes de ferro (vide
Advertências).
As seguintes reações adversas, listadas na Tabela 1, foram relatadas em estudos clínicos seguido de
tratamento com Exjade. As reações adversas foram classificadas abaixo usando a seguinte
convenção: muito comum (> 1/10); comum (> 1/100, 1/1.000,
1/10.000, 2 vezes o limite
superior normal, e geralmente reversível após interrupção do tratamento)
(continua na bula original)

Exjade – Posologia

Recomenda-se que a terapia com Exjade seja iniciada após a transfusão de aproximadamente 20
unidades (aproximadamente 100 mL/kg) de hemácias ou quando há evidência de sobrecarga crônica de
ferro por avaliação clínica (p. ex. ferritina sérica > 1000 µg/L). As doses (em mg/kg) devem ser
calculadas e arredondadas para um número mais próximo de comprimidos inteiros. Exjade está
disponível em 3 concentrações (125 mg, 250 mg e 500 mg).
A terapia com agentes quelantes de ferro tem o objetivo de remover a quantidade de ferro administrada
nas transfusões e, quando necessário, reduzir a carga de ferro existente.
Dose inicial
A dose diária inicial de Exjade é de 20 mg/kg de peso corpóreo.
Uma dose diária inicial de 30 mg/kg pode ser considerada para pacientes recebendo mais que 14
mL/kg/mês de hemácias (aproximadamente mais que 4 unidades/mês para um adulto) e para aqueles
cujo objetivo é reduzir a sobrecarga de ferro.
Uma dose inicial de 10 mg/kg pode ser considerada para pacientes recebendo menos que 7 mL/kg/mês
de hemácias (aproximadamente menos que 2 unidades/mês para um adulto) e para aqueles cujo
objetivo é a manutenção do nível de ferro no organismo.
Para pacientes que já estão bem controlados com o tratamento com desferroxamina, uma dose inicial de
Exjade equivale numericamente a metade da dose de desferroxamina administrada (por ex.: um
paciente recebendo 40 mg/kg/dia de desferroxamina, por 5 dias na semana (ou equivalente), pode ser
transferido para o tratamento com Exjade utilizando uma dose inicial de 20 mg/kg/dia).
Dose de manutenção
Recomenda-se que a ferritina sérica seja monitorada todo mês e que a dose de Exjade seja ajustada
se necessário a cada 3 a 6 meses baseada na tendência da ferritina sérica. Ajustes de dose podem ser
feitos por etapas de 5 a 10 mg/kg e de acordo com as respostas individuais dos pacientes e seus
objetivos terapêuticos (manutenção ou redução de sobrecarga de ferro). As doses acima de 30 mg/kg
não são recomendadas porque há somente experiências limitadas com doses acima deste nível. Se a
ferritina sérica cair consistentemente abaixo de 500 µg/L, deve ser considerada uma interrupção do
tratamento (vide Advertências).

Superdosagem

Casos de superdose (de 2-3 vezes a dose prescrita por várias semanas) foram relatados. Um dos casos
resultou em hepatite subclínica que foi resolvida sem conseqüências de longo prazo após a interrupção
da dose. Doses únicas de 80 mg/kg, em pacientes talassêmicos com sobrecarga de ferro foram
toleradas, sendo observados somente náusea leve e diarréia. Doses únicas até 40 mg/kg em indivíduos
normais foram bem toleradas.
Sinais agudos de superdose podem incluir náusea, vômito, cefaléia e diarréia. Superdose pode ser
tratada por indução de êmese ou por lavagem gástrica e por tratamento sintomático.

Exjade – Informações

Grupo farmacoterapêutico: agente quelante de ferro
O deferasirox é um quelante ativo oral que é altamente seletivo para ferro (III). É um agente tridentado
que se liga ao ferro com alta afinidade na proporção 2:1. O deferasirox promove excreção de ferro,
principalmente nas fezes. O deferasirox tem uma baixa afinidade por zinco e cobre, não alterando os
níveis séricos destes.
Em um estudo de balanço metabólico de sobrecarga de ferro em pacientes adultos talassêmicos,
Exjade em doses diárias de 10, 20 e 40 mg/kg induziu a média de excreção líquida de 0,119; 0,329 e
0,445 mg de Fe/kg de peso corpóreo por dia, respectivamente.
Exjade foi investigado em pacientes adultos e pediátricos (com 2 anos de idade ou mais) com
sobrecarga crônica de ferro devido a transfusões sangüíneas. As indicações clínicas que requerem
transfusão são beta-talassemia, anemia falciforme e outras anemias congênitas e adquiridas (síndromes
mielodisplásticas, síndrome Diamond-Blackfan, anemia aplástica e outras anemias raras).
O tratamento diário com Exjade nas doses de 20 e 30 mg/kg por um ano em pacientes adultos e
pediátricos politransfundidos com beta-talassemia leva a reduções em indicadores de ferro corpóreo
total; a concentração de ferro hepático foi reduzida por aproximadamente ? 0,4 e ? 8,9 mg de Fe/g de
tecido hepático (biópsia de peso seco) em média, respectivamente, e a ferritina sérica foi reduzida por
aproximadamente -36 e ? 926 µg/L em média, respectivamente. Nestas mesmas doses as proporções
de excreção de ferro : consumo de ferro foi 1,02 (indicando balanço de ferro líquido) e 1,67 (indicando
remoção de ferro líquido), respectivamente. Exjade induz respostas similares em pacientes com
sobrecarga crônica de ferro com outras anemias. Doses diárias de 10 mg/kg por um ano podem manter
o ferro hepático e os níveis de ferritina sérica, além de incrementar o balanço de ferro líquido ou remover o ferro hepático em pacientes recebendo transfusões eventuais ou exsanguíneo-transfusões. A ferritina
sérica avaliada mensalmente é utilizada para monitorar as mudanças na concentração de ferro hepático
indicando tendências e servindo para monitorar a resposta a terapia.

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