Bula do medicamento Cefepima pó


Cefepima pó – Bula do remédio

Cefepima pó com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Cefepima pó têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Cefepima pó devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Referência

Maxcef (Bristol)

Apresentação de Cefepima pó

MAXCEF 500 mg, 1 g ou 2 g pó para solução injetável é apresentado em embalagens com 1
frasco-ampola. MAXCEF 500 mg e 1 g são acompanhados de ampola com 1,5 mL e 3,0 mL de
diluente, respectivamente.

Cefepima pó – Indicações

Adultos
MAXCEF é indicado no tratamento, em adultos, das infecções relacionadas a seguir, quando causadas por bactérias sensíveis à cefepima:
– Infecções do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia e bronquite;
– Infecções complicadas do trato urinário, incluindo pielonefrite e infecções não complicadas;
– Infecções da pele e estruturas cutâneas;
– Infecções intra-abdominais, incluindo peritonite e infecções do trato biliar;
– Infecções ginecológicas;
– Septicemia;
– Tratamento empírico em pacientes neutropênicos febris;
MAXCEF também está indicado para a profilaxia cirúrgica em pacientes submetidos à cirurgia de cólon e reto.
Pediátricos
MAXCEF é indicado no tratamento, em pacientes pediátricos, das infecções relacionadas a seguir, quando causadas por bactérias sensíveis à cefepima:
– Pneumonia;
– Infecções complicadas do trato urinário, incluindo pielonefrite e infecções não complicadas;
– Infecções da pele e estruturas cutâneas;
– Septicemia;
– Tratamento empírico em pacientes neutropênicos febris;
– Meningite bacteriana;
Devem ser realizados testes de cultura e sensibilidade quando apropriados para se determinar a sensibilidade do patógeno à cefepima. A terapia empírica com MAXCEF pode ser instituída antes de se conhecer os resultados dos testes de sensibilidade; entretanto, a antibioticoterapia deverá ser ajustada de acordo com os resultados, assim que estiverem disponíveis.
Devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, MAXCEF pode ser usado como monoterapia antes da identificação do(s) patógeno(s). Em pacientes sob risco de infecções mistas de aeróbios-anaeróbios, particularmente se bactérias não-sensíveis à cefepima estiverem presentes (ver CARACTERÍSTICAS FARMACOLËGICAS/Microbiologia), terapia inicial concomitante com um agente antianaeróbio é recomendada antes que o patógeno seja conhecido. Uma vez que estes resultados estiverem disponíveis, a terapia concomitante com MAXCEF e outros agentes antiinfecciosos pode ou não ser necessária, dependendo da sensibilidade do microrganismo.

Contra-indicações de Cefepima pó

MAXCEF é contra-indicado para pacientes que tenham demonstrado reações prévias de hipersensibilidade a algum componente da formulação, a antibióticos da classe das cefalosporinas, a penicilinas ou a outros antibióticos beta-lactâmicos.

Advertências

Em pacientes com disfunção renal, como a redução do débito urinário por causa de insuficiência renal ( clearance da creatinina

Uso na gravidez de Cefepima pó

Estudos de reprodução em camundongos, ratos e coelhos não mostraram evidências de dano fetal; no entanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Pelo fato de os estudos de reprodução em animais não serem sempre preditivos da resposta humana, esta droga deverá ser usada durante a gravidez somente se claramente necessário.
Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Lactação
A cefepima é excretada no leite humano em concentrações muito baixas. A administração de cefepima deve ser feita com muita cautela a lactantes.

Interações medicamentosas de Cefepima pó

A função renal deve ser cuidadosamente monitorada se altas doses de aminoglicosídeos forem administradas com MAXCEF, devido ao aumento do potencial nefrotóxico e ototóxico dos antibióticos aminoglicosídeos. Foi relatada nefrotoxicidade após administração concomitante de outras cefalosporinas com diuréticos potentes como a furosemida.
Testes Laboratoriais
As anormalidades nos testes laboratoriais que ocorreram durante estudos clínicos em pacientes com valores basais normais foram transitórias. Aquelas que ocorreram com incidência entre 1% e 2% foram: elevações na alanina aminotransferase (3,6%), aspartato aminotransferase (2,5%), fosfatase alcalina, bilirrubina total, anemia, eosinofilia, tempo de protrombina prolongado, tempo de tromboplastina parcial (2,8%) e teste de Coombs positivo sem hemólise (18,7%). Elevações transitórias de nitrogênio uréico plasmático e/ou creatinina sérica e trombocitopenia transitória foram observadas em 0,5% a 1% dos pacientes. Leucopenia transitória e neutropenia também foram constatadas (

Reações adversas / Efeitos colaterais de Cefepima pó

Os seguintes eventos adversos foram relatados para os antibióticos da classe das cefalosporinas: síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, necrólise epidérmica tóxica, nefropatia tóxica, anemia aplásica, anemia hemolítica e hemorragia
Experiência clínica
MAXCEF é geralmente bem tolerado. Em estudos clínicos (n=5598), os eventos adversos mais comuns foram sintomas gastrintestinais e as reações de hipersensibilidade. Eventos adversos considerados como certo, provável ou possível em relação ao MAXCEF estão relacionados a seguir.
Os eventos adversos que ocorreram a uma incidência de >0,1 a 1% foram:
Hipersensibilidade: erupções da pele (1,8%), prurido, urticária.
Gastrintestinais: náuseas, vômitos, candidíase oral, diarréia (1,2%), colite (inclusive colite pseudomembranosa).
Sistema nervoso central: cefaléia.
Outros: febre, vaginite, eritema.
Eventos que ocorreram entre 0,05% ? 0,1% foram: dor abdominal, constipação, vasodilatação, dispnéia, tontura, parestesia, prurido genital, alteração de paladar, calafrios e candidíase inespecífica.
Eventos de significância clínica que ocorreram com incidência inferior a 0,05% incluem anafilaxia e convulsões.
Reações no local da administração da infusão IV ocorreram em 5,2% dos pacientes; estas reações foram: flebite (2,9%) e inflamação (0,1%). A administração intramuscular de MAXCEF foi muito bem tolerada; apenas 2,6% dos pacientes apresentaram dor ou inflamação no local da aplicação.
O perfil de segurança de MAXCEF em crianças e lactentes é similiar ao dos adultos. O evento adverso mais freqüentemente relatado e considerado relacionado a MAXCEF, em estudos clínicos, foi erupção cutânea.
Experiência de pós-comercialização ? Farmacovigilância
Em adição aos eventos relatados durante os estudos clínicos na América do Norte com cefepima, os seguintes eventos adversos foram relatados durante a experiência de comercialização em todo o mundo. Devido a natureza não controlada desses relatos espontâneos, não foi determinada uma relação causal ao MAXCEF.
Assim como outras drogas desta classe, foram relatados encefalopatia (distúrbios de consciência incluindo confusão, alucinação, torpor e coma), convulsões, mioclonia, e/ou insuficiência renal. A maioria dos casos ocorreu em pacientes com problemas renais que receberam doses de MAXCEF que excederam as recomendações (vide USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO).
Assim como outras cefalosporinas, foram relatadas reações anafiláticas, incluindo choque anafilático, leucopenia transitória, neutropenia, agranulocitose e trombocitopenia.

Cefepima pó – Posologia

MAXCEF pode ser administrado por via intravenosa ou por via intramuscular. A dose e a via de administração variam de acordo com a sensibilidade do patógeno, com a gravidade da infecção, com a função renal e com a condição geral do paciente.
– Adultos e Pacientes Pediátricos > 40 kg
Um guia para as doses de MAXCEF em adultos e pacientes pediátricos com peso corpóreo > 40 kg com função renal normal é apresentado na Tabela 7.
Tabela 7
Esquema de Dosagem Recomendada para Adultos e Pacientes pediátricos
> 40 kg com Função Renal Normal*
Gravidade da Infecção Dose e Via de Administração Intervalo da dose
Infecções leves a moderadas do trato urinário 500 mg a 1 g IV ou IM A cada 12 horas
Outras infecções leves a moderadas, diferentes das infecções do trato urinário 1 g IV ou IM A cada 12 horas
Infecções graves 2 g IV A cada 12 horas
Infecções muito graves ou com risco de morte 2 g IV A cada 8 horas
* A duração normal do tratamento é de 7 a 10 dias; porém, infecções mais graves podem necessitar de tratamento mais prolongado. Para o tratamento específico de neutropenia febril, a duração prevista da terapia é de 7 dias ou até a resolução da neutropenia
– Profilaxia Cirúrgica (Adultos)
A dose recomendada para a profilaxia de pacientes submetidos a cirurgia de cólon e reto segue abaixo:
– Uma dose única de 2 g IV de MAXCEF (infusão com duração de 30 min, ver MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO APËS ABERTO/Preparação das soluções e Administração) iniciando 60 min antes da incisão cirúrgica inicial. Uma dose única de 500 mg IV de metronidazol deve ser administrada imediatamente após o término da infusão de MAXCEF. O metronidazol deve ser preparado e administrado de acordo com a bula oficial do produto. Devido à incompatibilidade, MAXCEF e metronidazol não devem ser misturados no mesmo recipiente (ver MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO APËS ABERTO/Compatibilidade e Estabilidade); recomenda-se enxaguar o equipo de administração intravenosa com um líquido compatível antes da infusão do metronidazol.
– Caso o procedimento cirúrgico se prolongue por mais de 12 horas a partir da dose profilática inicial, uma segunda dose de MAXCEF seguida por metronidazol deve ser administrada 12 horas após a dose profilática inicial.
– Pacientes pediátricos com função renal normal (2 meses de idade ou mais)
Doses comumente recomendadas:
1. Pneumonia, infecções do trato urinário, infecções da pele e estruturas cutâneas :
Pacientes pediátricos com mais de 2 meses de idade e peso corpóreo 50 2g a cada 8 horas 2g a cada 12 horas 1g a cada 12 horas 500mg a cada 12 horas
30-50 2g a cada 12 horas 2g a cada 24 horas 1g a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas
nov/29 2g a cada 24 horas 1g a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas
?10 1g a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas 250mg a cada 24 horas 250mg a cada 24 horas
Hemodiálise* 500mg a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas 500mg a cada 24 horas
*O modelo farmacocinético indica que a redução de dose é necessária para estes pacientes.
Pacientes que estão submetidos a hemodiálise e concomitantemente recebendo cefepima, a
dose de cefepima deve ser como segue: 1g de cefepima como dose de ataque no primeiro dia
de tratamento e 500mg por dia a partir do 2o dia.
Nos dias de diálise, cefepima deve ser administrado após a diálise. Sempre que possível cefepima
deve ser administrado na mesma hora a cada dia.
– Pacientes submetidos à diálise:
Em pacientes submetidos à hemodiálise, aproximadamente 68% da quantidade total de cefepima presente no organismo no início da diálise será removida durante um período de 3 horas de diálise. Em pacientes submetidos à diálise peritoneal contínua em ambulatório, a cefepima pode ser administrada nas mesmas doses recomendadas para pacientes com função renal normal, isto é, 500 mg, 1 g ou 2 g, dependendo da gravidade da infecção, porém com intervalo entre as doses de 48 horas.
– Pacientes pediátricos com disfunção renal:
Uma vez que a excreção urinária é a principal via de eliminação da cefepima em pacientes pediátricos (ver CARACTERÍSTICAS FARMACOLËGICAS), o ajuste das doses de MAXCEF deve ser considerado nesta população.
Como recomendado anteriormente na Tabela 5, os mesmos aumentos nos intervalos das doses e/ou reduções de doses devem ser usados. Quando somente o valor da creatinina sérica estiver disponível, o clearance de creatinina pode ser estimado utilizando-se os seguintes métodos:
clearance de creatinina (mL/min/1,73m2)= 0,55 x altura (centímetros)
creatinina sérica (mg/dL)
ou
clearance de creatinina (mL/min/1,73m2) = 0,52 x altura (centímetros) – 3,6
creatinina sérica (mg/dL)
– Disfunção hepática:
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com alterações da função hepática.

Superdosagem

No caso de superdose grave, especialmente em pacientes com a função renal comprometida, a hemodiálise ajudará na remoção da cefepima do organismo; diálise peritoneal não é indicada nestes casos. Superdose acidental ocorreu quando grandes doses foram administradas a pacientes com insuficiência renal (vide POSOLOGIA e ADVERTÊNCIAS). Sintomas de superdose incluem: encefalopatia (distúrbio de consciência, incluindo confusão, alucinações, torpor e coma) mioclonia, convulsões e excitabilidade neuromuscular.

Características farmacológicas

Descrição
MAXCEF (cloridrato de cefepima) pó para solução injetável é um antibiótico cefalosporínico de amplo espectro para administração intramuscular ou intravenosa.
MAXCEF é uma mistura estéril de cloridrato de cefepima e L-arginina. A L-arginina, em uma concentração aproximada de 725 mg/g de cefepima, é adicionada para controlar o pH da solução reconstituída entre 4,0 e 6,0. O cloridrato de cefepima é um pó branco a amarelo claro, e é altamente solúvel em água; a cor da solução reconstituída de MAXCEF pode variar de incolor a âmbar.
Farmacocinética
– Adultos
As concentrações plasmáticas médias de cefepima observadas em adultos sadios do sexo masculino em vários momentos após infusões intravenosas ou injeções intramusculares únicas de 30 minutos com 500 mg, 1 g e 2 g estão resumidas na Tabela 1. Após administração intramuscular, a cefepima é completamente absorvida.
TABELA 1
Concentrações plasmáticas médias de cefepima (Ág/mL)
em pacientes adultos sadios do sexo masculino
Dose de cefepima 0,5h 1h 2h 4h 8h 12h
500mg IV 38,2 21,6 11,6 5 1,4 0,2
1g IV 78,7 44,5 24,3 10,5 2,4 0,6
2g IV 163,1 85,8 44,8 19,2 3,9 1,1
500mg IM 8,2 12,5 12 6,9 1,9 0,7
1g IM 14,8 25,9 26,3 46 4,5 1,4
2g IM 36,1 49,9 51,3 31,5 8,7 2,3
As concentrações de cefepima em tecidos e nas secreções corpóreas específicas estão apresentadas na Tabela 2:
Tabela 2
Concentrações médias de cefepima em várias secreções corpóreas (Ág/mL) e tecidos (Ág/g)
em pacientes adultos sadios do sexo masculino
Tecido ou Fluido Dose IV Tempo médio da amostra após a dose (h) Concentração média
urina 500mg 0-4 292
1g 0-4 926
2g 0-4 3120
Bile 2g 9,4 17,8
Fluido Peritoneal 2g 4,4 18,3
Fluido Pustular 2g 1,5 81,4
Mucosa Brônquica 2g 4,8 24,1
Escarro 2g 4 7,4
Próstata 2g 1 31,5
Apêndice 2g 5,7 5,2
Vesícula Biliuar 2g 8,9 11,9
A cefepima é metabolizada a N-metilpirrolidina, que é rapidamente convertida a N-óxido. A recuperação urinária da cefepima inalterada representa aproximadamente 85% da dose administrada; altas concentrações de cefepima inalterada são encontradas na urina. Menos de 1% da dose administrada é recuperada da urina como N-metilpirrolidina, 6,8% como N-óxido e 2,5% como um epímero da cefepima. A ligação da cefepima às proteínas séricas é em média de 16,4% e não depende da concentração no soro.
A meia-vida média de eliminação da cefepima é de aproximadamente 2 horas e não varia com relação à dose entre 250 mg a 2 g. Não houve acúmulo em indivíduos sadios recebendo doses de até 2 g IV a cada 8 horas por um período de 9 dias. O clearance corpóreo total médio é de 120 mL/min. O clearance renal médio da cefepima é de 110 mL/min, sugerindo que a cefepima é eliminada quase que exclusivamente por mecanismos renais, principalmente por filtração glomerular.
Pacientes idosos
Constatou-se que voluntários sadios com 65 anos de idade, ou mais, que receberam dose única de 1 g IV de MAXCEF, tiveram valores de área sob a curva (AUC) maiores e de clearance renal menores, quando comparados a pacientes mais jovens. O ajuste de dose em pacientes idosos é recomendado se a função renal estiver comprometida (ver ADVERTÊNCIAS e POSOLOGIA).
A farmacocinética da cefepima permaneceu inalterada em pacientes com disfunção hepática que receberam dose única de 1 g, e não apresentou alterações de significância clínica em pacientes com fibrose cística, não sendo, portanto, necessário alterar a dose de MAXCEF nesta população de pacientes.
Em pacientes com vários graus de insuficiência renal, a meia-vida de eliminação é prolongada, apresentando uma relação linear entre o clearance corpóreo total e o clearance da creatinina. Isto serve como base para recomendações de ajuste de dose neste grupo de pacientes (ver POSOLOGIA). A meia-vida média em pacientes com disfunção grave, que necessitam de diálise, é de 13 horas para hemodiálise e de 19 horas para diálise peritoneal contínua de ambulatório.
Pediátrico
A farmacocinética da cefepima em doses múltiplas e em dose única foi avaliada em pacientes com idades entre 2,1 meses a 11,2 anos que receberam doses de 50 mg/kg administradas por infusão IV ou injeção IM; doses múltiplas foram administradas a cada 8 ou 12 horas durante pelo menos 48 horas.
Após dose única IV, a média do clearance corpóreo total foi de 3,3 mL/min/kg e o volume médio de distribuição foi de 0,3 L/kg. A meia-vida média de eliminação foi de 1,7 horas. A recuperação urinária da cefepima inalterada foi de 60,4% da dose administrada e o clearance renal foi a principal via de eliminação com média de 2,0 mL/min/kg.
Após múltiplas doses IV, as concentrações plasmáticas médias de cefepima no estado de equilíbrio foram similares às concentrações após a primeira dose, com discreto acúmulo após repetidas doses.
Outros parâmetros farmacocinéticos em lactentes e crianças não foram diferentes entre a primeira dose e determinações em estado de equilíbrio, independentemente do intervalo entre as doses (a cada 8 ou 12 horas). Também não houve diferenças farmacocinéticas entre os pacientes de diferentes idades ou entre pacientes do sexo masculino e feminino.
Após injeção IM em estado de equilíbrio, a concentração plasmática média de 68Ág /mL foi obtida depois de 0,75 hora. A média da concentração mínima, após injeção IM em estado de equilíbrio foi de 6,0 Ág/mL em 8 horas. A biodisponibilidade média foi de 82% após injeção IM.
Concentrações de cefepima no líquido cefalorraquidiano e plasmático são apresentadas na Tabela 3:
Tabela 3
Média (desvio padrão – DP) das concentrações no líquido cefalorraquidiano (LCR) e
plasmático (PL), e índice LCR/PL da cefepima em lactentes e crianças.*
Horário da Coleta (h) N Concentração Plasmática (Ág/mL) Concentração no LCR (Ág/mL) Índice LCR/PL
0,5 7 67,1 (51,2) 5,7 (7,3) 0,12 (0,14)
1 4 44,1 (7,8) 4,3 (1,5) 0,10 (0,04)
2 5 23,9 (12,9) 3,6 (2,0) 0,17 (0,09)
4 5 11,7 (15,7) 4,2 (1,1) 0,87 (0,56)
8 5 4,9 (5,9) 3,3 (2,8) 1,02 (0,64)
* Pacientes com idades entre 3,1 meses a 12 anos, com média de idade (DP) de 2,6 (3,0) anos. Pacientes com suspeita de infecção no Sistema Nervoso Central (SNC) foram tratados com cefepima, 50 mg/kg, administrada por infusão IV de 5 a 20 minutos a cada 8 horas. Amostras de sangue e de LCR foram coletadas de pacientes selecionados, aproximadamente em 0,5, 1, 2, 4 e 8 horas após o final da infusão no 2º ou 3º dia de terapia com a cefepima.
Foi observada melhora clínica com o uso de MAXCEF no tratamento da exacerbação de infecções pulmonares agudas em pacientes com fibrose cística (N=24, idade média de 15 anos, variando de 5 a 47 anos de idade). A terapia antibacteriana pode não alcançar a erradicação bacteriológica nesta população de pacientes. Não foram observadas alterações clinicamente relevantes na farmacocinética da cefepima em pacientes com fibrose cística.
Insuficiência renal
A farmacocinética de cefepima foi observada em pacientes com insuficiência renal em graus variados. A meia-vida média em pacientes necessitando de hemodiálise foi de 13,5 (¦ 2,7) horas e em pacientes necessitando de hemodiálise peritoneal contínua foi de 19 (¦ 2) horas. O clearance corpóreo total de cefepima reduziu proporcionalmente com clearance de creatinina em pacientes com função renal anormal, que serve de base para recomendações de ajuste de dose neste grupo de pacientes. (ver POSOLOGIA)
Insuficiência hepática
A farmacocinética de cefepima não alterou em pacientes com insuficiência hepática que receberam dose única de 1g.
Microbiologia
A cefepima é um agente bactericida que age por inibição da síntese da parede celular bacteriana. A cefepima tem amplo espectro de atividade contra uma grande variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo a maioria das cepas resistentes aos aminoglicosídeos ou às cefalosporinas de terceira geração. A cefepima é altamente resistente à hidrólise pela maioria das beta-lactamases e tem baixa afinidade por beta-lactamases cromossomicamente codificadas, exibindo rápida penetração nas células bacterianas Gram-negativas.
Em estudos usando Escherichia coli e Enterobacter cloacae, a cefepima demonstrou máxima afinidade pela proteína de ligação à penicilina (PLP) 3, seguida pela PLP 2 e, então, pelas PLPs 1a e 1b. A ligação à PLP 2 ocorre com afinidade significantemente mais alta do que com outras cefalosporinas parenterais, o que pode aumentar sua atividade antibacteriana. A afinidade moderada da cefepima pelas PLPs 1a e 1b também pode contribuir para sua atividade bactericida total.
A cefepima mostrou-se bactericida pela análise da relação tempo-inibição (curva de inibição) e pela determinação das concentrações bactericidas mínimas (CBM) para uma ampla variedade de bactérias. O índice CBM/CIM (concentração inibitória mínima) não foi maior que 2 para a maioria (mais de 80%) dos isolados de todas as espécies Gram-positivas e Gram-negativas analisadas. Foi demonstrado sinergismo com os aminoglicosídeos in vitro, principalmente com isolados de Pseudomonas aeruginosa.
A cefepima mostrou-se ativa contra a maioria das cepas dos seguintes microrganismos:
Gram-positivos aeróbios:
Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de beta-lactamase), Staphylococcus epidermidis (incluindo cepas produtoras de beta-lactamase), outros estafilococos entre os quais S. hominis e S. saprophyticus.
Streptococcus pyogenes (estreptococos do Grupo A), Streptococcus agalactiae (estreptococos do Grupo B), Streptococcus pneumoniae (incluindo cepas de resistência intermediária à penicilina com CIM de 0,1 a 1 Ág/mL), outros estreptococos beta-hemolíticos (Grupos C, G, F), S. bovis (Grupo D) e estreptococos Viridans.
NOTA: A maioria das cepas de enterococos, por exemplo Enterococcus faecalis, e estafilococos resistentes à meticilina, são resistentes à maioria das cefalosporinas, inclusive à cefepima.
Gram-negativos aeróbios:
Pseudomonas sp., entre os quais P. aeruginosa, P. putida e P. stutzeri
Escherichia coli
Klebsiella sp., entre os quais K. pneumoniae, K. oxytoca e K. ozaenae
Enterobacter sp., entre os quais E. cloacae, E. aerogenes e E. sakazakii
Pantoea agglomerans (anteriormente conhecido como Enterobacter agglomerans)
Proteus sp., entre os quais P. mirabilis e P. vulgaris
Aeromonas hydrophila
Capnocytophaga sp.
Citrobacter sp., entre os quais C. diversus e C. freundii
Campylobacter jejuni
Gardnerella vaginalis
Haemophilus ducreyi, Haemophilus influenzae (incluindo cepas produtoras de beta-lactamase), Haemophilus parainfluenzae
Hafnia alvei
Morganella morganii
Moraxella catarrhalis (Branhamella catarrhalis) (incluindo cepas produtoras de beta-lactamase)
Neisseria gonorrhoeae (incluindo cepas produtoras de beta-lactamase), Neisseria meningitidis
Providencia sp., entre os quais P. rettgeri e P. stuartii
Salmonella sp., Serratia, entre os quais S. marcescens e S. liquefaciens
Shigella sp.
Yersinia enterocolitica.
NOTA: a cefepima é inativa contra muitas cepas de Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente conhecida como Xanthomonas maltophilia e Pseudomonas maltophilia) e Acinetobacter sp.
Anaeróbios:
Bacteroides sp.
Clostridium perfringens
Fusobacterium sp.
Mobiluncus sp.
Peptostreptococcus sp.
Prevotella melaninogenica (anteriormente conhecida como Bacteroides melaninogenicus)
Veillonella sp..
NOTA: a cefepima é inativa contra Bacteroides fragilis e Clostridium difficile.
Testes de sensibilidade
– Técnicas de difusão:
Resultados laboratoriais de testes de sensibilidade com disco único padronizado, usando-se discos de 30Ág de cefepima, conforme determinação do National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS), devem ser interpretados de acordo com o seguinte critério:
Diâmetro do halo (mm)
Microorganismo Suscetível Intermediário Resistente
(S) (I) (R)
Microorganismos que não sejam Haemophilus sp. E S. pneumoniae 3 18 15-17 ú 14
Haemophilus sp. 3 26 – –
NOTA: Isolados destas espécies devem ser testados quanto a sensibilidade usando métodos de teste especializados. Isolados de Haemophilus sp. com halos = 20 mm podem ser considerados sensíveis à cefepima.
Sensível indica que o patógeno é, provavelmente, inibido por concentrações plasmáticas que são geralmente alcançadas.
Intermediário indica que o organismo é sensível quando altas doses são usadas ou quando a infecção está confinada a tecidos e fluidos (p. ex.: fluido intersticial e urina), nos quais altos níveis de antibióticos são atingidos.
Resistente indica que é improvável que a concentração de antibiótico alcançável seja inibitória e outra terapia deve ser instituída.
A sensibilidade dos microrganismos deve ser avaliada com discos de cefepima, porque esta tem-se mostrado ativa in vitro contra certas cepas resistentes a outros discos de beta-lactamase. O disco de cefepima não deve ser utilizado para avaliar a sensibilidade frente a outras cefalosporinas. Procedimentos padronizados de controle de qualidade preconizam o uso de cepas controle.
– Técnicas de diluição
Usando-se métodos padronizados de diluição ou equivalentes (ex.: E-test), os valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM) obtidos devem ser interpretados de acordo com o seguinte critério:
CIM (Ág/mL)
Microorganismo Suscetível Intermediário Resistente
(S) (I) (R)
Microorganismos que não sejam Haemophilus sp. e S. pneumoniae. 32
Haemophilus sp. 2 – –
Streptococcus pneumoniae

Resultados de eficácia

Pacientes Neutropênicos Febris
A segurança e eficácia da monoterapia empírica com cefepima para pacientes neutropênicos febris foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, randomizados, comparando monoterapia com cefepima (dose de 2g a cada 8 horas, IV) à monoterapia com ceftazidima (dose de 2g a cada 8 horas, IV). Esses estudos foram realizados com 317 pacientes. A Tabela 4 descreve as características da população de pacientes avaliáveis.
Tabela 4:
Demografia dos pacientes avaliáveis (apenas primeiros episódios)
cefepima (n=164)
ceftazidima (n=153)
Idade média
56 (faixa 18-82)
55 (faixa 16-84)
Homens
86 (52%)
85 (56%)
Mulheres
78 (48%)
68 (44%)
Leucemia
65 (40%)
52 (34%)
Outras malignidades hematológicas
43 (26%)
36 (24%)
Tumor sólido
54 (33%)
56 (37%)
CAN nadir médio (céls/µL)
20,0 (faixa 0-500)
20,0 (faixa 0-500)
Duração média da neutropenia (dias)
6,0 (faixa 0-39)
6,0 (faixa 0-32)
Catéter venoso de demora
97 (59%)
86 (56%)
Profilaxia com antibiótico
62 (38%)
64 (42%)
Corrupção da medula
9 (5%)
7 (5%)
PAS

Modo de usar

MAXCEF pode ser administrado por via intramuscular ou intravenosa.
* Preparação das soluções e administração
MAXCEF pó deve ser reconstituído utilizando-se os volumes de diluentes descritos na Tabela 5; os diluentes a serem utilizados são identificados após a tabela a seguir.
TABELA 5
Preparo das soluções de MAXCEF
Administração (frasco-ampola) Volume de diluente a ser adicionado (mL) Volume aproximado no frasco-ampola (mL) Concentração aproximada de cefepima (mg/mL)
Intravenosa
500mg 5 5,7 90
1g 10 11,4 90
2g 10 12,8 160
Intramuscular
500mg 1,5 2,2 230
1g 3 4,4 230
1) Administração intravenosa (IV)
É a via de administração preferencial para pacientes com infecções graves ou com risco de morte, principalmente se existe a possibilidade de choque.
Para a administração IV direta, reconstituir MAXCEF com água estéril para injeção, solução injetável de glicose a 5% ou soro fisiológico a 0,9%, utilizando-se os volumes de diluente descritos na Tabela 5. A solução resultante deve ser injetada diretamente na veia por período de três a cinco minutos ou injetada no tubo do equipo de administração, enquanto o paciente estiver recebendo líquido intravenoso compatível (ver Compatibilidade e Estabilidade).
Para infusão IV, reconstituir a dose de 500 mg, 1 g ou 2 g, como descrito anteriormente para administração IV direta e adicionar a quantidade apropriada da solução resultante em um recipiente com um dos líquidos intravenosos compatíveis (ver Compatibilidade e Estabilidade). A solução resultante deve ser administrada por um período de aproximadamente 30 minutos.
2) Administração intramuscular (IM)
MAXCEF deve ser reconstituído com um dos seguintes diluentes (utilizando-se os volumes descritos na Tabela 4): água estéril para injeção, soro fisiológico a 0,9%, solução injetável de glicose a 5% ou água bacteriostática para injeção com parabenos ou álcool benzílico; então administrado por injeção IM profunda em uma grande massa muscular (como o quadrante superior externo da região glútea). Em um estudo farmacocinético, doses de 1 g (volume

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso pediátrico
A segurança de MAXCEF em lactentes e crianças é similar à observada em adultos. O evento adverso mais freqüentemente relatado e considerado relacionado a MAXCEF, em estudos clínicos, foi erupção cutânea.
Uso geriátrico
Dos mais de 6400 adultos tratados com MAXCEF em estudos clínicos, 35% tinham 65 anos de idade ou mais, enquanto 16% tinham 75 anos de idade ou mais.
Nos estudos clínicos, os pacientes geriátricos que receberam a dose comumente recomendada para adultos mostraram eficácia clínica e segurança comparáveis à eficácia clínica e segurança em pacientes adultos não-geriátricos, a não ser que estes pacientes tivessem insuficiência renal. Houve discreto aumento da meia-vida de eliminação e menor valor do clearance renal, quando comparados com os de pessoas mais jovens. Ajustes de dose são recomendados se a função renal estiver comprometida (ver POSOLOGIA).
Sabe-se que a cefepima é substancialmente excretada pelos rins e o risco de reações tóxicas a esta droga pode ser maior em pacientes com função renal prejudicada. Como os pacientes geriátricos têm maior probabilidade de terem função renal diminuída, cuidados devem ser tomados na escolha da dose e a função renal deve ser monitorizada (ver ADVERTÊNCIAS, REAÇÕES ADVERSAS e CARACTERÍSTICAS FARMACOLËGICAS). Eventos adversos sérios, incluindo encefalopatia reversível (distúrbios de consciência incluindo confusão, alucinações, torpor e coma), mioclonia, convulsões (incluindo estado epiléptico não convulsivo) e/ou insuficiência renal ocorreram em pacientes geriátricos com insuficiência renal com doses usuais de cefepima (ver ADVERTÊNCIAS e REAÇÕES ADVERSAS).

Armazenagem

MAXCEF pó para solução injetável, antes da reconstituição, deve ser conservado em temperatura ambiente até 30ºC. Manter protegido da luz.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS. ? 1.0180.0253
Farm. Bioq. Resp. : Dra. Tathiane Aoqui de Souza
CRF-SP no 26.655
Frasco-ampola e diluente fabricados por: Bristol-Myers Squibb Ecuador Cía. Ltda.
Guayaquil ? Guayas ? Equador
Importado e Distribuído por: Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
Rua Carlos Gomes, 924 – Santo Amaro – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07 – Indústria Brasileira

Data da bula

Jun 5 2009 12:00AM

4Medic

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