Estudo descobre sintomas de Catatonia na síndrome de Down!

A síndrome de Down, devido a um cromossomo extra 21, ocorre em 250.000 crianças e adultos somente nos Estados Unidos, tornando-o o distúrbio cromossômico mais comum do país. Cardiopatias hereditárias, câncer de tireóide, doença celíaca e deficiências no desenvolvimento são complicações comuns da síndrome de Down. Apenas recentemente a catatonia, uma condição comportamental marcada por imobilidade, mutismo, abstinência e outras anormalidades comportamentais, foi reconhecida na síndrome de Down.

A Catatonia na síndrome de Down

Embora uma pesquisa considerável tenha sido feita sobre a síndrome de Down, pouco se sabe sobre a catatonia associada. Agora, pesquisadores da Universidade de Missouri realizaram o primeiro estudo longitudinal de indivíduos diagnosticados consecutivamente com o distúrbio, a fim de identificar os tratamentos e resultados mais eficazes.

Judith Miles, professora emérita de genética da saúde infantil no Centro para Autismo e Distúrbios do desenvolvimento Neurológico, da Universidade do Missouri, Columbia, EUA, avaliou exaustivamente sete adolescentes com síndrome de Down e diagnosticou catatonia entre 2013 e 2018.

“Como este foi o primeiro grupo bem estudado de pacientes com síndrome de Down que desenvolveram o distúrbio catatonico, coletamos um conjunto abrangente de dados de informações médicas, de desenvolvimento, demográficas, familiares, sociais e genéticas. Ao envolver as famílias dos pacientes durante todo o processo, conseguimos monitorar o progresso ao longo do tempo de maneira centrada no paciente”, afirmou Miles.

Miles encontrou catatonia em jovens com síndrome de Down, na maioria das vezes se assemelha a catatonia, complicando outros distúrbios psiquiátricos e médicos. O Lorazepam, um medicamento sedativo que ajuda a restaurar o equilíbrio dos neurotransmissores no cérebro e a terapia eletroconvulsiva, que envolve uma breve estimulação elétrica do cérebro enquanto o paciente está sob anestesia, resultaram em sintomas comportamentais reduzidos ao longo do tempo. A pesquisa destaca a importância do tratamento sustentado para ajudar pacientes com síndrome de Down e catatonia a manter a recuperação a longo prazo.

“Esta pesquisa pode ajudar famílias, médicos e psiquiatras que cuidam de crianças com catatonia. Nosso principal objetivo é aprimorar os serviços médicos e as opções de tratamento, a fim de melhorar os resultados de saúde”, concluiu Miles.

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O estudo foi publicado no portal oficial da revista médica científica Dove Medical Press.

* “Catatonia in Down syndrome: systematic approach to diagnosis, treatment and outcome assessment based on a case series of seven patients!” – Artigo 2723, Volume 15 – 2019.

Judith H Miles, Nicole Takahashi, Julie Muckerman, Kerri P Nowell, Muaid Ithman – 10.2147/NDT.S210613

 

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