A nova pesquisa liderada por cientistas da Oregon Health & Science University fornece pistas importantes que podem ajudar os cientistas a desenvolver novas técnicas para regenerar células ciliadas e reverter a perda auditiva.
Novas pesquisas revelam uma visão fundamental do desenvolvimento de células ciliadas, os conjuntos intricadamente complexos no ouvido interno responsáveis pela audição.
Os estereocílios são estruturas celulares dispostas com precisão, profundamente dentro da cavidade espiral do ouvido interno. Juntos, eles convertem energia vibracional em sinais elétricos no cérebro que se traduzem na sensação da audição. Uma vez perdidos – seja por barulho alto, toxinas, doenças ou envelhecimento -, eles não se regeneram naturalmente nas pessoas e em outros mamíferos.
No estudo, os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento dos estereocílios ocorre em uma espécie de ciclo regular dentro do ouvido interno. Usando camundongos, que modelam de perto a audição humana, os pesquisadores descobriram que os estereocílios, dos quais cerca de 100 são reunidos em um feixe de cabelos (quinocílios), ao serem submetidos a técnica de Mecanotransdução (a ação de converter sinais mecânicos na forma de som em sinais elétricos medidos dentro do cérebro) só se alongaram até um certo comprimento, não interferindo nas funções do ouvido interno.
“Observamos esses caminhos como separados, mas, no decorrer desta pesquisa, observamos que a mudança de forma ocorre ao mesmo tempo que a conversão de sinais mecânicos em elétricos. Então, estamos vendo isso acontecer juntos e nos alimentarmos de uma maneira que nunca vimos antes”, disse a principal autora do estudo, Dra Jocelyn Krey, cientista da equipe do Oregon Hearing Research Center e do Vollum Institute da OHSU, EUA.
Os pesquisadores descobriram que, quando examinaram camundongos sem transdução ou usaram um composto para bloquear a transdução, os animais desenvolveram o crescimento dos estereocílios, que pouco tempo depois acabou prejudicando a audição, levando a perda auditiva.
Os pesquisadores dizem que o estudo sugere que novas técnicas para reverter a perda auditiva devem se concentrar na importância crítica do desenvolvimento inicial das células ciliadas.
“No futuro, com o rápido desenvolvimento de ferramentas de edição de genes como o CRISPR, poderemos ativar genes à vontade, não tenho dúvida de que estaremos lá em 5 ou 10 anos”, disse o Dr Peter Barr-Gillespie, professor do Oregon Hearing Research Center e cientista do Instituto Vollum, um dos colaboradores do estudo.
_________________
O estudo foi publicado na revista Current Biology.
* “Mechanotransduction-Dependent Control of Stereocilia Dimensions and Row Identity in Inner Hair Cells” – 2020.
Autores do estudo: Jocelyn F. Krey, Paroma Chatterjee, Rachel A. Dumont, Mary O’Sullivan, Dongseok Choi, Jonathan E. Bird, Peter G. Barr-Gillespie – 10.1016/j.cub.2019.11.076
O consumo de mais alimentos ultraprocessados correspondeu a maior risco de doença cardiovascular incidente (DCV)…
A exposição ao escapamento do carro e outras toxinas transportadas pelo ar tem sido associada…
A poluição do ar relacionada ao tráfego foi responsável por quase 2 milhões de novos…
A maior frequência cardíaca em repouso (resting heart rate [RHR]) foi associada a maior risco…
A epilepsia de início na infância parece acelerar o envelhecimento do cérebro em cerca de…
O tratamento de primeira linha do melanoma irressecável com a combinação de imunoterapia de nivolumabe…