Bula do medicamento Xeloda


Xeloda – Bula do remédio

Xeloda com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Xeloda têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Xeloda devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

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Laboratório

Roche

Apresentação de Xeloda

compr. rev. de 150 mg – fr. de plast c/ 60 unidades.
compr. rev. de 500 mg – fr. de plast c/ 120 unidades.

Xeloda – Indicações

Câncer de mama
? Xeloda (capecitabina) em combinação com docetaxel está indicado para o tratamento
de pacientes com câncer de mama metastático, após falha da quimioterapia citotóxica
contendo antraciclina.
? Xeloda (capecitabina) está indicado em monoterapia no tratamento de pacientes com
câncer de mama metastático resistente a regimes de quimioterapia com paclitaxel e
antraciclina, ou resistente a paclitaxel para pacientes em que a terapia adicional com
antraciclina não está indicada, por exemplo, pacientes que receberam doses cumulativas
de 400 mg/m2 de doxorrubicina ou equivalente. Define-se resistência como progressão da
doença na vigência do tratamento, com ou sem resposta inicial, ou recorrência nos 6
meses após término do tratamento adjuvante com antraciclina ou regimes contendo
antraciclina.
Câncer colorretal
? Xeloda (capecitabina) é indicado em monoterapia no tratamento adjuvante de pacientes
com câncer colorretal Dukes? C (estágio III), submetidos à ressecção completa do tumor
primário, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. Xeloda
(capecitabina) demonstrou não inferioridade ao 5-FU/LV no que se refere à sobrevida livre
de progressão. Embora nem Xeloda (capecitabina) nem quimioterapia combinada
prolonguem a sobrevida global, a quimioterapia combinada tem demonstrado uma melhor
sobrevida livre de progressão se comparada ao 5-FU/LV. O médico deve considerar estes
resultados ao prescrever Xeloda (capecitabina) em monoterapia no tratamento
adjuvante do câncer colorretal Dukes? C.
? Xeloda (capecitabina) é indicado no tratamento de primeira linha de pacientes com
carcinoma colorretal metastático, nos casos em que haja preferência para terapia com
fluoropirimidinas. A quimioterapia combinada tem demonstrado benefício na sobrevida se
comparado à monoterapia com 5-FU/LV. O uso de Xeloda (capecitabina) ao invés de 5-
FU/LV em combinação não foi adequadamente estudado para assegurar segurança ou a
manutenção da vantagem de sobrevida.

Contra-indicações de Xeloda

Xeloda (capecitabina) está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à
capecitabina ou a quaisquer dos demais componentes da fórmula do produto.
Xeloda (capecitabina) está contra-indicado em pacientes que apresentem história de reações
graves e inesperadas à terapia com fluoropirimidinas ou com hipersensibilidade conhecida ao
fluorouracil.
Como as outras fluoropirimidinas, Xeloda (capecitabina) está contra-indicado em pacientes com
conhecida deficiência de DPD (diidropirimidina desidrogenase).
Xeloda (capecitabina) não deve ser administrado com sorivudina ou com seus análogos
quimicamente semelhantes, tal como brivudina (veja Interações medicamentosas).
Xeloda (capecitabina) está contra-indicado em pacientes com insuficiência renal grave
(clearance de creatinina abaixo de 30 mL/min).
As contra-indicações do docetaxel também se aplicam à combinação Xeloda (capecitabina) +
docetaxel.

Advertências

Xeloda (capecitabina) pode induzir diarréia, a qual eventualmente pode ser grave. Em pacientes
em monoterapia com Xeloda (capecitabina) o tempo mediano para a primeira ocorrência de
diarréia graus 2-4 foi de 31 dias, e a duração mediana da diarréia graus 3 ou 4 foi 4,5 dias. Os
pacientes com diarréia grave devem ser monitorados cuidadosamente e se ficarem desidratados,
deverão receber fluídos com reposição de eletrólitos. Se diarréia graus 2, 3 ou 4 ocorrer, a
administração de Xeloda (capecitabina) deve ser interrompida imediatamente até a resolução
da diarréia ou diminuição da sua intensidade para grau 1. Após diarréia graus 3 ou 4, as doses
subseqüentes de Xeloda (capecitabina) devem ser diminuídas (vide Posologia). Tratamentospadrão
anti-diarréia (por exemplo, loperamida) devem ser instituídos, caso indicado, o quanto
antes.
Os pacientes tratados com Xeloda (capecitabina) devem ser cuidadosamente monitorados
quanto à toxicidade. A maioria dos efeitos adversos é reversível e não requer descontinuação
permanente da terapia, embora suspensão e ajuste de dose possam ser necessárias (vide
tambémPosologia).
O espectro da cardiotoxicidade observada com Xeloda (capecitabina) é similar ao de outras
pirimidinas fluoretadas. Isto inclui infarto do miocárdio, angina, disritmias, parada cardíaca,
insuficiência cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Estes eventos adversos podem ser mais
comuns em pacientes com história prévia de doença coronariana.
Raramente, uma toxicidade grave e inesperada (por exemplo, estomatite, diarréia, neutropenia e
neurotoxicidade) associada com 5-fluorouracil, foi relacionada a uma deficiência da atividade da
diidropirimidina desidrogenase (DPD). Uma ligação entre a diminuição dos níveis de DPD e o
aumento dos efeitos tóxicos potencialmente fatais do 5-fluorouracil não pode, portanto, ser
excluída.
Os médicos devem ter precaução quando Xeloda (capecitabina) for administrado em pacientes
com alteração da função renal (vide Instruções especiais de dosagem), pois como observado
com o 5-FU, a incidência de eventos adversos graus 3 e 4 relacionados ao tratamento, foi maior
em pacientes com moderada insuficiência renal (clearance de creatinina 30-50 ml/min).
Em pacientes com insuficiência renal moderada (clearance de creatinina entre 30 e 50 ml/min
[Cockroft e Gault]), é recomendada uma redução para 75% da dose inicial. Esta recomendação de
ajuste de dose se aplica tanto para Xeloda (capecitabina) em monoterapia, quanto em terapia
combinada. Caso o paciente desenvolva evento adverso graus 2, 3 ou 4, recomenda-se
monitoramento cuidadoso, interrupção do tratamento e ajuste de dose subseqüente como consta
na tabela de dose (vide Posologia).
Entre os pacientes com câncer colorretal, com idades entre 60-79 anos recebendo Xeloda
(capecitabina) em monoterapia no âmbito da doença metastática, a incidência de toxicidade
gastrintestinal foi semelhante à da população geral.
Em pacientes geriátricos, com 80 anos ou mais, uma porcentagem maior apresentou eventos
adversos gastrintestinais reversíveis, graus 3 ou 4, como diarréia, náuseas e vômitos (vide
Instruções especiais de dosagem). Dados de uma análise de segurança em pacientes com 60
anos ou mais, tratados com Xeloda (capecitabina) combinado a docetaxel, demonstraram
aumento na incidência de eventos adversos graus 3 e 4 associados ao tratamento, de eventos
adversos graves e nos índices de abandono do tratamento devido a eventos adversos, quando
comparados aos pacientes com menos de 60 anos.
Xeloda (capecitabina) pode induzir a síndrome mão-pé [eritrodisestesia palmar-plantar ou
eritema acral (das extremidades) induzido por quimioterapia], que é uma toxicidade cutânea com
gravidade que varia do grau 1 ao 3 (em pacientes recebendo monoterapia no âmbito da doença
metastática, o tempo mediano do início é de 79 dias, com uma variação de 11 a 360 dias).
(continua no original)

Uso na gravidez de Xeloda

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita
de gravidez.
Não foram realizados estudos com mulheres grávidas usando Xeloda (capecitabina); porém,
com base nas propriedades farmacológicas e toxicológicas de Xeloda (capecitabina), presumese
que Xeloda (capecitabina) possa gerar dano para o feto se administrado a mulheres
grávidas. Em estudos sobre a toxicidade na reprodução, em animais, a administração de
capecitabina causou embrioletalidade e teratogenicidade. Estes achados são efeitos esperados
de derivados das fluoropirimidinas. A capecitabina deve ser considerada potencialmente
teratogênica em humanos. Xeloda (capecitabina) não deve ser usado durante a gravidez. Se
Xeloda (capecitabina) for usado durante a gravidez, ou se a paciente ficar grávida enquanto
estiver recebendo essa droga, a mesma deve ser advertida sobre o risco potencial para o feto.
Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar gravidez enquanto estiverem em
tratamento com Xeloda (capecitabina).
Não se tem conhecimento se Xeloda (capecitabina) é excretado no leite humano. Em um estudo
com administração de dose única de Xeloda (capecitabina) em ratas lactantes, uma significante
quantidade de metabólitos da capecitabina foi detectada no leite. A lactação deve ser
descontinuada durante o tratamento com Xeloda (capecitabina).

Interações medicamentosas de Xeloda

Anticoagulantes cumarínicos: Parâmetros de coagulação e/ou sangramento alterados foram
relatados em pacientes que tomavam concomitantemente capecitabina e anticoagulantes
derivados da cumarina como a varfarina e fenprocumona. Estes eventos ocorreram dentro de
alguns dias e até alguns meses após o início da terapia com capecitabina e, em alguns casos, um
mês após a interrupção da ingestão da capecitabina. Em um estudo de interação, após uma dose
única de 20 mg de varfarina, a capecitabina aumentou a AUC da S-varfarina em 57%, com um
aumento de 91% do valor de INR. Pacientes tomando anticoagulantes derivados da cumarina
concomitantemente com a capecitabina devem ser monitorados regularmente quanto a alterações
nos seus parâmetros de coagulação (TP ou INR) e a dose de anticoagulante deve ser ajustada
apropriadamente.
Substratos do citocromo P-450 2C9: Não foram realizados estudos formais de interação
medicamentosa com capecitabina e outras drogas conhecidas como sendo metabolizadas pelo
citocromo P-450 2C9. Devem ser adotadas precauções quando Xeloda (Capecitabina) for coadministrado
com estas drogas.
Fenitoína: O aumento na concentração plasmática de fenitoína foi relatado durante o uso
concomitante de capecitabina e fenitoína. Não foram realizados estudos formais de interação
medicamentosa com fenitoína, mas presume-se que o mecanismo de interação seja a inibição do
sistema da isoenzima CYP2C9 pela capecitabina (veja Anticogulantes). Pacientes recebendo fenitoína concomitantemente com capecitabina devem ser regularmente monitorados quanto ao
aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína.
Interação droga-alimento: Em todos os estudos clínicos os pacientes foram instruídos a tomar
Xeloda (capecitabina) até 30 minutos após uma refeição. Considerando que os dados de
segurança e de eficácia atuais são baseados na administração com alimentos, recomenda-se que
Xeloda (capecitabina) seja administrado com alimentos.
Antiácidos: O efeito dos antiácidos contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio sobre
a farmacocinética de Xeloda (Capecitabina) foi investigado em pacientes com câncer. Houve
um pequeno aumento nas concentrações plasmáticas de Xeloda (Capecitabina) e de um
metabólito (5-DFCR); não houve nenhum efeito nos 3 principais metabólitos (5-DFUR, 5-FU e
FBAL).
Leucovorin (ácido folínico): Foi investigado o efeito do Leucovorin (ácido folínico) sobre a
farmacocinética da capecitabina em pacientes com câncer. O Leucovorin (ácido folínico) não tem
nenhum efeito na farmacocinética da capecitabina e de seus metabólitos.
Sorivudina e análogos: Foi descrita na literatura uma interação clinicamente significante entre
sorivudina e 5-FU, resultante da inibição da diidropirimidina desidrogenase pela sorivudina. Esta
interação acarreta um aumento da toxicidade das fluoropirimidinas que é potencialmente fatal.
Assim, Xeloda (Capecitabina) não deve ser administrado com sorivudina ou seus análogos
quimicamente relacionados, como a brivudina (videContra-indicações).

Reações adversas / Efeitos colaterais de Xeloda

Os eventos adversos considerados pelo menos remotamente relacionados com a administração
de Xeloda (capecitabina) foram obtidos a partir de pacientes tratados com Xeloda
(capecitabina) em monoterapia ou em combinação com docetaxel.
Xeloda (capecitabina) em monoterapia – adjuvante em Câncer colorretal :
Os dados de segurança de Xeloda (Capecitabina) em monoterapia foram relatados em um
estudo de fase III em câncer colorretal (995 pacientes tratados com Xeloda (Capecitabina) e
974 tratados com 5-FU/LV intravenoso). Os eventos adversos relacionados ao tratamento
relatados mais freqüentemente (>=10%) para Xeloda (Capecitabina) neste estudo foram
distúrbios gastrintestinais, especialmente diarréia, estomatite, náuseas, vômitos, síndrome mãopé,
fadiga e letargia. Os efeitos indesejáveis relacionados ao tratamento mais freqüentes (>=5%)
relatados neste estudo encontram-se na Tabela 7.
(continua no original)

Xeloda – Posologia

A dose recomendada de Xeloda (Capecitabina) é 1250 mg/m2 administradas 2 vezes ao dia (pela manhã e à noite; equivalente a 2500 mg/m2 de dose total diária) por 14 dias, seguidos de sete dias de descanço. Os comprimidos de Xeloda (Capecitabina) devem ser ingeridos com água, 30 minutos após a refeição.
Continua…

Superdosagem

As manifestações agudas de superdose incluem náusea, vômitos, diarréia, mucosite, irritação e
sangramento gastrintestinal e depressão da medula óssea. A conduta médica para a superdose
deve incluir as intervenções médicas de tratamento e suporte habituais objetivando corrigir as
manifestações clínicas presentes e prevenindo suas possíveis complicações.

Xeloda – Informações

A capecitabina é um carbamato de fluoropirimidina projetado como agente citotóxico para administração oral, ativação dentro do tumor e seletividade tumoral. A capecitabina não é citotóxica in vitro, porém, in vivo é seqüencialmente convertida para a fração citotóxica fluoro-uracil (5-FU) que é posteriormente metabolizado. A formação de 5-FU é catalizada preferencialmente no tumor pelo fator angiogênico associado ao tumor, timidina fosforilase (ThyPase), minimizando assim a exposição dos tecidos sadios do organismo ao 5-FU sistêmico. Essa ativação seletiva nos tumores resulta em níveis intratumorais de 5-FU significativamente maiores do que os níveis nos tecidos normais.

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