Bula do medicamento Bonviva


Bonviva – Bula do remédio

Bonviva com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Bonviva têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Bonviva devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Laboratório

Roche

Apresentação de Bonviva

compr. rev. de 150 mg. Uso oral. cx. c/ 1 compr.

Bonviva – Indicações

Bonviva (ibandronato de sódio) 150 mg é indicado para o tratamento da osteoporose pós-menopausa, com a finalidade de reduzir o risco de fraturas vertebrais.
Em um subgrupo de pacientes de risco, com escore T Bonviva (ibandronato de sódio) também demonstrou reduzir o risco de fraturas não vertebrais.
Tratamento da osteoporose: a osteoporose pode ser confirmada pelo achado de baixo índice de massa óssea (escore T

Contra-indicações de Bonviva

Bonviva (ibandronato de sódio) é contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao ibandronato de sódio ou aos demais componentes da fórmula do produto e em pacientes com hipocalcemia não corrigida (ver item Advertências).

Advertências

Advertências e precauções:
Bonviva (ibandronato de sódio) é contra-indicado em pacientes com hipocalcemia não corrigida. Antes de iniciar o tratamento com Bonviva (ibandronato de sódio), deve-se tratar efetivamente a hipocalcemia e outros distúrbios do metabolismo ósseo e mineral. A ingestão adequada de cálcio e vitamina D é importante em todos os pacientes.
– O uso dos bisfosfonatos associa-se a disfagia, esofagite e úlceras esofágicas ou gástricas. Por isso, os pacientes devem prestar especial atenção e serem capazes de seguir as instruções de administração e modo de usar (ver Modo de usar e Posologia).
– O médico deve estar alerta aos sinais e sintomas que apontam para uma possível reação esofágica durante o tratamento e as pacientes devem ser instruídas a interromper o uso de Bonviva (ibandronato de sódio) e procurar atendimento médico se desenvolverem sintomas de irritação esofageana, tais como disfagia, piora de disfagia pré-existente, dor à deglutição, dor retroesternal ou queimação epigástrica.
– Considerando-se que antiinflamatórios não esteróides e bisfosfonatos associam-se, ambos, a irritação gastrintestinal, recomenda-se cautela durante a administração concomitante de antiinflamatórios não esteróides e Bonviva (ibandronato de sódio).
– Osteonecrose de mandíbula foi relatada em pacientes tratados com bisfosfonatos. A maioria dos casos ocorreu em pacientes oncológicos submetidos a procedimentos dentários, mas alguns casos ocorreram em pacientes em tratamento para osteoporose pós-menopausa e outros diagnósticos. Fatores de risco conhecidos para osteonecrose de mandíbula incluem diagnóstico de câncer, terapias concomitantes (por exemplo, quimioterapia, radioterapia, corticosteróides) e distúrbios concomitantes (por exemplo, anemia, coagulopatia, infecção, doença dentária preexistente). A maioria dos casos foi relatada em pacientes tratados com bisfosfonatos de administração intravenosa mas também em alguns pacientes tratados com bisfosfonatos orais.
– Para pacientes que desenvolvam osteonecrose de mandíbula durante a terapia com bisfosfonatos, cirurgias dentárias podem agravar a condição. Para pacientes que necessitem de procedimentos dentários, não há dados disponíveis indicativos de que a interrupção do tratamento com bisfosfonatos reduza o risco de osteonecrose de mandíbula. O julgamento clínico do médico deve orientar o plano de tratamento sobre como proceder com cada paciente baseado na avaliação individual de risco/benefício.
– Embora a análise de subgrupos de pacientes com e sem doenças do trato GI superior mostrou que o uso de ibandronato oral não aumentou o risco de eventos adversos no trato GI superior em comparação ao placebo ou ao ibandronato 2,5 mg por dia em pacientes com histórico prévio de doenças GI, recomenda-se cautela ao se administrar Bonviva (ibandronato de sódio) a pacientes com histórico de distúrbios no trato gastrintestinal superior.
– Vários estudos de farmacologia clínica foram conduzidos para avaliar a segurança renal do ibandronato após administração IV em indivíduos saudáveis e em pacientes com diversos graus de insuficiência renal. Doses únicas de ibandronato de até 6 mg, administradas por via intravenosa durante 15 a 60 minutos a indivíduos saudáveis foram bem toleradas, sem nenhum efeito aparente sobre a função renal. Esta última dose representa aproximadamente 4 e 8 vezes, respectivamente, a AUC e a Cmax do esquema oral de 150 mg de ibandronato, considerando-se a biodisponibilidade oral de 0,6%. Em pacientes com insuficiência renal severa (depuração de creatinina Bonviva (ibandronato de sódio) só deve ser usado em pacientes com insuficiência renal severa a critério do médico assistente e se os riscos associados à administração justificarem os benefícios.
– Relatos na literatura médica indicam que os bisfosfonatos podem estar associados a inflamação ocular como uveíte e esclerite. Em alguns casos, tais eventos não desapareceram até que o bisfosfonato tenha sido descontinuado.

Uso na gravidez de Bonviva

Gestação categoria B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não há evidências de efeito teratogênico ou efeito tóxico fetal do ibandronato de sódio em ratos e coelhos tratados diariamente por via oral e não foram observados efeitos adversos sobre o desenvolvimento das crias das gerações F1 em ratos. Os efeitos adversos do ibandronato de sódio em estudos de toxicidade reprodutiva em ratos foram aqueles observados para os bisfosfonatos como classe e incluem diminuição do número de locais de implantação, interferência com o parto natural (distócia) e aumento nas variações viscerais (síndrome pelve-ureter). Não foram realizados estudos específicos para o esquema de administração mensal. Não há experiência sobre o uso clínico de Bonviva (ibandronato de sódio) em mulheres durante a gestação.
Bonviva (ibandronato de sódio) não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Em ratas lactantes tratadas com ibandronato de sódio na dose de 0,08 mg/kg/dia i.v, a concentração mais elevada de ibandronato de sódio no leite foi de 8,1 ng/mL e foi observada dentro das 2 primeiras horas após a administração intravenosa. Depois de 24 horas, a concentração no leite e plasma foi semelhante e correspondeu a cerca de 5% das concentrações medidas após 2 horas. Não se sabe se Bonviva (ibandronato de sódio) é excretado pelo leite humano.

Interações medicamentosas de Bonviva

Interações com alimentos
A presença de alimentos ou produtos que contenham cálcio e outros cátions (tais como alumínio, magnésio, ferro) incluindo leite e alimentos, provavelmente interferem com a absorção de Bonviva (ibandronato de sódio) consistentemente com os achados dos estudos em animais. Portanto, a ingestão de tais produtos e alimentos deve ser postergada em 60 minutos após a administração oral de Bonviva (ibandronato de sódio).
Interações medicamentosas
É provável que suplementos à base de cálcio, antiácidos e alguns medicamentos orais contendo cátions multivalentes (tais como alumínio, magnésio e ferro) interfiram com a absorção de Bonviva (ibandronato de sódio). Portanto, os pacientes devem esperar 60 minutos após ingerirem Bonviva (ibandronato de sódio) antes de tomarem outros medicamentos orais.
Foi demonstrada, em estudo de interação farmacocinética em mulheres na pós-menopausa, a ausência de qualquer interação potencial com tamoxifeno ou tratamentos de reposição hormonal (estrogênio). Não se observou interferência quando Bonviva (ibandronato de sódio) foi administrado concomitantemente com melfalano/prednisolona em pacientes com mieloma múltiplo.
Em voluntários sadios masculinos e mulheres na pós-menopausa, a ranitidina intravenosa causou aumento na biodisponibilidade do ibandronato de sódio de cerca de 20%, provavelmente como resultado da redução da acidez gástrica. Entretanto, uma vez que esse aumento se manteve dentro da variação normal da biodisponibilidade do ibandronato de sódio, não é necessário ajuste de doses quando Bonviva (ibandronato de sódio) for administrado com antagonistas dos receptores H2 ou outras substâncias que aumentem o pH gástrico.
Em relação à distribuição, não são consideradas prováveis interações medicamentosas clinicamente significativas, uma vez que o ibandronato de sódio não inibe as principais isoenzimas do sistema hepático do citocromo P450 humano e não induziu o sistema do citocromo P450 hepático em ratos. Além disso, a ligação às proteínas plasmáticas é baixa nas concentrações terapêuticas de ibandronato de sódio e, portanto, é improvável o deslocamento de outras substâncias. O ibandronato de sódio é eliminado apenas por excreção renal e não sofre biotransformação. A via secretória parece não incluir sistemas de transporte ácidos ou básicos envolvidos na excreção de outras substâncias.
Em um estudo com duração de um ano em mulheres na pós-menopausa com osteoporose (BM 16549), a incidência de eventos do trato gastrintestinal superior em pacientes que receberam concomitantemente aspirina ou antiinflamatórios não esteróides foi semelhante nas pacientes tratadas com Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg diariamente ou 150 mg uma vez por mês.
Em mais de 1.500 pacientes recrutadas no estudo BM 16549, que comparou a administração mensal e diária do ibandronato de sódio, 14% das pacientes usavam bloqueadores da histamina (H2) ou inibidores da bomba de prótons. Entre essas pacientes, a incidência de eventos gastrintestinais nas pacientes tratadas com Bonviva (ibandronato de sódio) 150 mg mensalmente foi semelhante à das pacientes tratadas com 2,5 mg diariamente.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Bonviva

Informações obtidas dos estudos clínicos
Tratamento da osteoporose pós-menopausa
Administração diária
A segurança de Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg diariamente foi avaliada em 1.251 pacientes tratadas em 4
estudos clínicos controlados com placebo. 73% destas pacientes eram provenientes de estudos preliminares de
tratamento de 3 anos (MF 4411). O perfil de segurança global de Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg
administrado diariamente em todos esses estudos foi semelhante ao do placebo. A proporção geral de pacientes que
apresentou eventos adversos com relação causal possível ou provável com o medicamento em avaliação no estudo
preliminar (MF 4411) foi de 19,8% para Bonviva (ibandronato de sódio) e de 17,9% para o placebo.
Administração mensal
Em um estudo de um ano em mulheres na pós-menopausa com osteoporose (BM 16549) a segurança global de
Bonviva (ibandronato de sódio) 150 mg uma vez ao mês e de Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg uma vez
ao dia foi semelhante entre os dois esquemas de tratamento. A proporção global de pacientes que apresentou
reações adversas ao medicamento, isto é, eventos adversos com relação causal possível ou provável com o
medicamento em estudo, foi de 22,7% para Bonviva (ibandronato de sódio) 150 mg uma vez por mês e de 21,5%
para Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg diariamente. A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a
moderada. Na maioria dos casos, a reação não levou à interrupção do tratamento.
A tabela a seguir relaciona as reações adversas que ocorreram em mais de 1% dos pacientes tratados com Bonviva
(ibandronato de sódio) 150 mg mensalmente ou 2,5 mg diariamente no primeiro ano do estudo (Estudo BM 16549) e
nas pacientes tratadas com Bonviva (ibandronato de sódio) 2,5 mg diariamente no estudo sobre atividade contra
fraturas de três anos (Estudo MF 4411). A tabela apresenta as reações adversas em dois estudos que ocorreram com
incidência maior do que nas pacientes tratadas com placebo no estudo MF 4411.
Reações adversas comuns (>1%, = 10%) no estudo BM 16549 de fase III em osteoporose (estudo de um ano) e
no estudo MF 4411 sobre atividade contra fratura (estudo de três anos) que foram consideradas pelo
investigador como sendo possivelmente ou provavelmente relacionadas ao tratamento.

Bonviva – Posologia

Dose e duração do tratamento
A dose recomendada de Bonviva (ibandronato de sódio) para tratamento da osteoporose pós-menopausa é de um
comprimido revestido de 150 mg uma vez por mês. O comprimido deve ser ingerido, preferivelmente, sempre na
mesma data a cada mês.
Bonviva (ibandronato de sódio) é um medicamento de uso contínuo, não havendo duração de tratamento
determinada.
Dose máxima
A dose máxima de Bonviva (ibandronato de sódio) é 150 mg por mês. Uma dose esquecida pode ser tomada num
intervalo de até 7 dias antes da próxima dose planejada. Caso a próxima dose planejada esteja a um intervalo inferior
a sete dias, os pacientes não devem tomar a dose e devem aguardar até a data planejada da próxima dose. Os
pacientes não devem tomar dois comprimidos de 150 mg dentro da mesma semana.
Caso a dose mensal seja esquecida, os pacientes devem ser instruídos a tomarem um comprimido de Bonviva
(ibandronato de sódio) 150 mg na manhã seguinte após se lembrarem, a menos que o intervalo para a próxima dose
prevista seja inferior a 7 dias. Os pacientes devem, então, retomar o esquema de dose uma vez por mês na sua data
originalmente planejada. Se a próxima administração planejada estiver dentro do período de 7 dias, o paciente deve
esperar sua próxima dose e então continuar a tomar um comprimido uma vez por mês conforme originalmente
planejado. As pacientes não devem tomar dois comprimidos de 150 mg dentro da mesma semana.
Os pacientes devem receber suplementação de cálcio e vitamina D se a ingestão pela dieta for inadequada.

Superdosagem

Não se dispõe de informações específicas sobre o tratamento da superdose com Bonviva (ibandronato de sódio). Entretanto, a superdose oral pode resultar em eventos adversos gastrintestinais tais como mal-estar gástrico, queimação, esofagite, gastrite ou úlcera. Em caso de superdose, deve-se administrar leite ou antiácidos que, ao se ligarem ao ibandronato de sódio, prejudicarão a absorção deste. Por causa do risco de irritação esofágica, não se deve induzir o vômito e o paciente deve permanecer completamente na posição ereta, sentado ou em pé.

Bonviva – Informações

A ação farmacodinâmica do ibandronato de sódio é a inibição da reabsorção óssea. In vivo, o ibandronato de sódio
impede a destruição óssea induzida experimentalmente causada pelo término da função gonadal, por retinódes e por
tumores ou extratos de tumores. Em ratos jovens tratados (fase de crescimento rápido), a reabsorção óssea endógena
também é inibida, levando ao aumento da massa óssea em comparação aos animais não tratados.
Os modelos em animais confirmam que o ibandronato de sódio é um inibidor altamente potente da atividade
osteoclástica. Em ratos em fase de crescimento não se evidenciou alteração da mineralização óssea, mesmo com
doses acima de 5.000 vezes a dose requerida para o tratamento da osteoporose.
A potência elevada e a margem terapêutica do ibandronato de sódio permitem esquemas posológicos mais flexíveis e
tratamento intermitente, com longos intervalos sem medicamento em doses comparativamente baixas.
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Em ratos, cães e macacos, tanto a administração diária quanto a intermitente (com longos intervalos sem
medicamento) associaram-se a formação de tecido ósseo de qualidade normal e/ou com resistência mecânica
aumentada, mesmo com doses além das farmacologicamente preconizadas, incluindo a variação de dose tóxica. Em
humanos, a eficácia do ibandronato de sódio, tanto em administração diária quanto intermitente, com intervalos livre
de medicamento de 9 a 10 semanas, foi confirmada em estudo clínico, no qual se demonstrou que Bonviva
(ibandronato de sódio) apresenta eficácia contra fraturas.
Em mulheres na pós-menopausa, doses orais de Bonviva (ibandronato de sódio) tanto em administração diária
quanto intermitente com intervalos livre de medicamento de 9 a 10 semanas por trimestre, produziram alterações
bioquímicas indicativas de inibição da reabsorção óssea dependente da dose, incluindo a supressão de marcadores
bioquímicos urinários de degradação do colágeno do osso (tais como, deoxipiridinolina e telopeptídeos C e N do
colágeno tipo I).
Após descontinuação do tratamento, observa-se reversão dos marcadores ósseos, de volta aos índices patológicos
pré-tratamento de reabsorção óssea elevada associada à osteoporose pós-menopausa.
Análise histológica de biópsia óssea após dois e três anos de tratamento de mulheres na pós-menopausa mostrou
tecido ósseo de qualidade normal e ausência de sinais de defeito da mineralização.
Em um estudo de bioequivalência de Fase I realizado em 72 mulheres na pós-menopausa que receberam 150 mg de
Ibandronato de sódio por via oral a cada 28 dias, perfazendo um total de 4 doses, observou-se inibição do CTX sérico
após a primeira dose, já nas 24 horas após a administração da dose (inibição média de 28%), observando-se inibição
média máxima (69%) 6 dias depois. Após a terceira e quarta doses, a inibição média máxima 6 dias depois da
administração foi de 74%, reduzindo-se para 56% 28 dias após a quarta dose. Na ausência de doses subseqüentes,
houve perda da supressão dos marcadores bioquímicos de reabsorção óssea.

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