Bula do medicamento Azitrogran


Azitrogran – Bula do remédio

Azitrogran com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Azitrogran têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Azitrogran devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Laboratório

Ems

Apresentação de Azitrogran

Comprimidos revestidos de 500 mg. Embalagem contendo 3 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

azitromicina (na forma diidratada) ……………………………………………………….500 mg

excipiente q.s.p*…………………………………………………………………………..1 com. rev.

*celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, amido, croscarmelose sódica, óleo vegetal hidrogenado, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol, etilcelulose, dióxido de titânio.

Azitrogran – Indicações

Azitrogran® é indicado no tratamento das infecções causadas por microrganismos sensíveis do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e tecidos moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite, faringite/tonsilite (penicilina é o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido a Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre reumática. A azitromicina geralmente é efetiva na erradicação do estreptococo da orofaringe, porém dados estabelecem a eficácia da azitromicina e a subsequente prevenção da febre reumática não estão disponíveis no momento).

Nas doenças sexualmente transmissíveis (DST), no homem e na mulher, é indicado no tratamento de infecções genitais não complicadas devido a Chlamydia trachomatise e Neisseria gonorrhoeae sem resistência múltipla.

Infecções concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas. È também indicado no tratamento de cancro devido a Haemophilus ducreyi.

Contra-indicações de Azitrogran

O uso de Azitrogran® é contraindicado em indivíduos com história de hipersensibilidade ou reações alérgicas a azitromicina, eritromicina ou a qualquer um dos antibióticos macrolídeos, ou ainda a qualquer componente da formula.

Advertências

Assim como ocorre com a eritromicina e outros macrolídeos, têm sido raramente relatadas reações alérgicas sérias incluindo angiodema e anafilaxia (raramente fatal). Algumas destas reações observadas com o uso da azitromicina resultaram em sintomas recorrentes e necessitou um maior período de observação e tratamento.

Como a principal via de eliminação da azitromicina é o fígado, Azitrogran® deve ser utilizado com cautela em pacientes com disfunção hepática significativa.

Nos pacientes recebendo derivados do ergo, os sinais de ergotismo têm sido acelerados pela administração concomitante de alguns antibióticos macrolídeos. Não há dados relativos a respeito da possibilidade de interação entre a azitromicina e os derivados de ergo. Entretanto, devido à possibilidade teórica de ergotismo, Azitrogran® e derivados do ergo não devem ser coadministrados.

Assim como qualquer preparação de antibiótico é recomendável a constante observação para os sinais de crescimento de microrganismos não suscetíveis, incluindo fungos.

Em pacientes com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular menor que 10 ml/min) foi observado um aumento de 33% na exposição sistêmica a azitromicina.


Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Não existe qualquer evidência que a azitromicina possa afetar a capacidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas.

Uso na gravidez de Azitrogran

Estudos reprodutivos em animais demonstraram que a azitromicina atravessa a placenta, mas não revelaram evidência de danos ao feto. Não existem dados de secreção no leite materno. A segurança do uso de Azitrogran® na gravidez e lactação em humanos ainda não foi estabelecida. Azitrogran® deve ser utilizado em mulheres grávidas ou lactentes apenas quando alternativas adequadas não estiverem disponíveis.

Interações medicamentosas de Azitrogran

Digoxina: tem sido relatado que alguns antibióticos macrolídeos podem prejudicar o metabolismo da digoxina no intestino em alguns pacientes. Em pacientes que estejam recebendo azitromicina (ou qualquer antibiótico azalídeo) e digoxina em concomitância, deve ser considerada a possibilidade de aumento dos níveis da digoxina.

Antiácidos: estudo sobre a farmacocinética avaliou os efeitos da administração simultânea da azitromicina e antiácidos, não sendo observado qualquer efeito sobre a biodisponibilidade total, embora tenha havido redução em até 25% do pico da concentração plasmática. Em pacientes que estejam administrando azitromicina e antiácidos, os mesmos não devem ser administrados simultaneamente.

Zidovudina: doses únicas de 1000 mg e doses múltiplas de 1200 mg ou 600 mg de azitromicina tiveram um pequeno efeito na farmacocinética plasmática ou na excreção urinária da zidovudina ou de seu metabólito glicuronídeo. Entretanto, a administração de azitromicina aumentou as concentrações do metabólito clinicamente ativo, a zidovudina fosforilada, nas células mononucleadas do sangue periférico. O significado clínico deste resultado ainda não foi elucidado, porém pode beneficiar os pacientes.

A azitromicina não interage significantemente com o sistema do citocromo P450 hepático. Acredita-se que não há participação da azitromicina nas interações farmacocinéticas medicamentosas como observado com a eritromicina e outros macrolídeos. A indução ou inativação do citocromo P450 hepático via complexo citocromo-metabólito não ocorre com a azitromicina.

Ergo: devido à possibilidade teórica de ergotismo não é recomendado o uso concomitante da azitromicina com os derivados do ergo.

Cetirizina: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina em um regime de 5 dias com 20 mg de cetirizina no estado de equilíbrio não resultou em interação farmacocinética nem em alterações significantes no intervalo QT.

Didanosina (dideoxinosina): a coadministração de 1200 mg/dia de azitromicina com 400 mg/dia de didanosina em 6 indivíduos HIV-positivos, parece não ter afetado a farmacocinética do estado de equilíbrio da didanosina, quando esta foi comparada ao placebo.

Foram conduzidos estudos farmacocinéticos entre azitromicina e os seguintes fármacos conhecidos por participarem significantemente no metabolismo mediado pelo citocromo P450.

Atorvastatina: a coadministração da atorvastatina (10 mg diários) e azitromicina (500 mg diários) não alterou as concentrações plasmáticas de atorvastatina (baseado em testes de inibição de HMH CoA redutase).

Carbamazepina: em estudo da interação farmacocinética, em voluntários sadios, não foram observados efeitos significativos nos níveis plasmáticos de carbamazepina ou de seus metabólitos ativos em pacientes que receberam concomitantemente a azitromicina.

Ciclosporina: em um estudo farmacocinético com voluntários sadios onde foram administrados doses orais de 500 mg/dia de azitromicina por 3 dias e então dose única oral de 10 mg/Kg de ciclosporina, a Cmáx resultante de ciclosporina e a AUCO-5 foram consideradas significantemente elevados. Consequentemente, deve-se ter cuidado antes de considerar o uso concomitante destes fármacos. Se for necessária a coadministração desses fármacos, os níveis de ciclosporina devem ser monitorados e a dose deve ser ajustada de acordo.

Cimetidina: em um estudo farmacocinético para avaliar os efeitos de dose única de cimetidina, administrada duas horas antes da azitromicina, não foram observadas quaisquer alterações.

Anticoagulantes orais do tipo cumarínicos: em um estudo de interação farmacocinético, azitromicina não alterou o efeito anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina quando administrada a voluntários sadios. No período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de potencialização da anticoagulação, subsequente à coadministração de azitromicina e anticoagulantes orais do tipo cumarínicos. Embora uma relação causal não tenha sido estabelecida, deve-se levar em consideração a frequência com que é realizada a monitoração do tempo de

protrombina quando a azitromicina é utilizada em pacientes recebendo anticoagulantes orais do tipo cumarínicos.

Efavirenz: a coadministração de uma dose única de 600 mg de azitromicina e 400 mg diários de efavirenz durante 7 dias não resultou em interações farmacocinéticas clinicamente significantes. Nenhum ajuste de dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada com efavirenz.

Fluconazol: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não alterou a farmacocinética de uma dose de 800 mg de fluconazol. A exposição total e a meia-vida da azitromicina não foi alterada pela coadministração de fluconazol, porém foi observada uma diminuição clinicamente insignificante na Cmáx (18%) da azitromicina. Nenhum ajuste de dose é necessário quando azitromicina for coadministrada com fluconazol.

Indinavir: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não produziu efeito clinicamente significativo na farmacocinética do indinavir quando administrado em doses de 800 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 dias. Nenhum ajuste de dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada com indinavir.

Metilprednisolona: a azitromicina não ocasionou qualquer efeito significante na farmacocinética da metilprednisolona.

Midazolam: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg/dia por 3 dias não causou alterações clinicamente significativas na farmacocinética e na farmacodinâmica de uma dose única de 15 mg de midazolam.

Nelfinavir: a coadministração de 1200 mg de azitromicina no estado de equilíbrio (steady state) do nelfinavir (750 mg, 3 vezes ao dia) não produziu efeito clinicamente significante (uma diminuição de aproximadamente 16% na AUC média (0-8 horas) do nelfinavir e de seu metabólito M8, e um aumento de 113% a 136% na AUC e no Cmáx da azitromicina, respectivamente). O ajuste de dose não é necessário, no entanto pode ser considerada uma cuidadosa monitoração dos conhecidos efeitos colaterais da azitromicina quando administrada com nelfinavir.

Rifabutina: a coadministração da azitromicina com a rifabutina não afetou as concentrações séricas dos fármacos.

Foi observada neutropenia em indivíduos tratados com azitromicina e rifabutina concomitantemente. Embora a neutropenia tenha sido relacionada ao uso da rifabutina, uma relação causal não foi estabelecida para o uso da combinação da rifabutina com a azitromicina (vide ?Reações Adversas?).

Sildenafila: em voluntários masculinos normais e sadios não houve evidência de efeito da azitromicina (500 mg diários por 3 dias) na AUC e na Cmáx da sildenafila ou do seu principal metabólito circulante.

Terfenadina: estudos farmacocinéticos não demonstraram evidência de interação entre azitromicina e a terfenadina. Foram relatados raros casos em que a possibilidade dessa interação não poderia ser totalmente excluída; contudo, não existem evidências consistentes de que tal interação tenha ocorrido.

Teofilina: não há evidência de qualquer interação farmacocinética quando a azitromicina e a teofilina são administradas concomitante em voluntários sadios.

Triazolam: em 14 voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg no dia 1 e 250 mg no dia 2 com 0,125 mg de triazolam no dia 2, não produziu efeito significativo em qualquer variável farmacocinético do triazolam comparado ao placebo.

Trimetoprima/sulfametoxazol: a coadministração de trimetoprima e sulfametoxazol (160 mg/800 mg) durante 7 dias com 1200 mg de azitromicina não produziu efeito significante nos picos de concentrações, na exposição total ou excreção urinária tanto de trimetoprima quanto de sulfametoxazol no 7° dia de tratamento. As concentrações séricas de azitromicina foram similares àquelas observadas em outros estudos. Nenhum ajuste de dose é necessário.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Azitrogran

Azitrogran® é bem tolerado, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.

Em estudos clínicos os seguintes efeitos indesejáveis foram relatados:

Gastrintestinal ? diarreia/fezes amolecidas, flatulência, desconforto abdominal (dor, cólica), náusea e vômito.

Hematopoiético ? episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos têm sido ocasionalmente

Sentidos especiais ? disfunção auditiva, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido (ruído auditivo). Muitos desses eventos foram associados ao uso prolongado de altas doses em estudos clínicos. Nos casos em que informações de acompanhamentos estavam disponíveis, foi observado que a maioria desses eventos foi reversível.

Hepatobiliar ? disfunção hepática.

Pele/ Anexos ? reações alérgicas incluindo rash (erupção cutânea) e angioedema.

Em experiência pós-comercialização, os seguintes efeitos indesejáveis foram relatados:

Geral ? astenia, embora a relação causal não tenha sido estabelecida, cansaço, mal-estar, monilíase (candidíase) e anafilaxia (raramente fatal) (vide ?Advertências e Precauções?).

Cardiovascular ? palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular têm sido relatadas embora a relação causal com a azitromicina não tenha sido estabelecida; hipotensão.

Sistema Nervoso Central e Periférico ? tontura, vertigem, convulsões, cefaleia, hiperatividade, parestesia, sonolência e desmaio.

Gastrintestinal ? anorexia, dispepsia, constipação, colite pseudomembranosa, pancreatite, raros relatos de descoloração da língua, vômito, diarreia (raramente resultando em desidratação).

Genituário – nefrite intersticial e disfunção renal aguda.

Hematopoiético – trombocitopenia.

Hepato/Biliar ? hepatite e icterícia colestática foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e insuficiência hepática, a qual raramente resultou em morte. Contudo, a relação causal não foi estabelecida.

Músculo-esquelético ? artralgia.

Psquiátrico ? reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.

Reprodutivo ? vaginite.

Pele/ Anexos ? reações alérgicas incluindo prurido, rash (erupção cutânea), fotossensibilidade, edema, urticária e angiodema.

Foram relatados raros casos de reações dermatológicas sérias incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise tóxica epidermal.

Sentidos especiais ? casos raros de distúrbio de paladar foram relatados.

Azitrogran – Posologia

Azitrogran® deve ser administrado em dose única diária. A posologia de acordo com a infecção está descrita abaixo.

Azitrogran® comprimidos revestidos pode ser administrado com ou sem alimentos.

Uso em adulto

Para o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST) causadas por Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae suscetível e Haemophilus ducreyi, a dose é de 1000 mg em dose única.

Para todas as outras indicações, uma dose total de 1500 mg deve ser administrada em doses diárias de 500 mg durante 3 dias. Como alternativa, a mesma dose total pode ser administrada durante 5 dias, em dose única de 500 mg no primeiro dia e 250 mg, 1 vez ao dia, do segundo ao quinto dia.


Uso em crianças

Azitrogran® comprimidos revestidos deve ser administrado somente em crianças pesando mais que 45 Kg. A dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg.

Conforme tabela:

Peso

Regime de 3 dias

Regime de 5 dias

Acima de 45 Kg

Dose igual à de adultos

Dose igual à de adultos

Uso em pacientes idosos

A mesma dose utilizada em pacientes adultos pode ser utilizada em pacientes idosos.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

As mesmas doses que são administradas a pacientes com a função hepática normal poderão ser utilizadas em pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada (vide ?Advertências e Precauções?).

Uso em pacientes com insuficiência renal

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração glomerular 10 ? 80 ml/ min) ou grave (taxa de filtração glomerular

Superdosagem

Os eventos adversos observados com doses superiores àquelas recomendadas foram similares aos eventos observados com as doses recomendadas. Na ocorrência de superdosagem, são indicadas medidas gerais de suporte e sintomáticas, conforme a necessidade. Não há dados até o momento com relação à superdosagem.

Procure orientação médica imediatamente em caso de superdosagem.

Características farmacológicas

A azitromicina é o primeiro antibiótico da subclasse dos macrolídeos, conhecida como azalídeos e é quimicamente diferente da eritromicina. Quimicamente é obtida através da inclusão de um átomo de nitrogênio no anel lactônico da eritromicina A.

Mecanismo de Ação: A azitromicina atua por inibição da síntese proteica bacteriana através de ligação com a subunidade ribossomal 50S, desta forma impedindo a translocação peptídica.

A azitromicina demonstra atividade in vitro contra uma grande variedade de bactérias, incluindo:

Bactérias Aeróbias Gram-positivas: Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes (estreptococos betahemolílitcos do grupo A), Streptococcus pneumoniae, estreptococos alfa-hemolíticos (grupo viridans), outros estreptococos e Corynecbacterium diphtheriae.

A azitromicina demonstra resistência cruzada contra cepas Gram-positivas resistentes a eritromicina, incluindo Streptococcus faecalis (enterococos) e a maioria das cepas de estafilococos meticilino-resistentes.

Bactérias Aeróbias Gram-negativas: Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Moroxella catarrhalis, Acinetobacter sp., Yersinia sp., Legionella pneumophila, Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis, Shigella sp., Pasteurella sp., Vibrio cholerae e parahaemolyticus, Pleisiomanas shigelloides. A atividade contra Escherichia coli,

Salmonella enteriditis, Salmonella typhi, Enterobacter sp., Aeromonas hydrophila e Klebsiella sp., é variável e testes de susceptibilidade deverão ser realizados. Proteus sp., Serratia sp., Morganella sp., e Pseudomonas aeruginosa são freqüentemente resistentes.

Bactérias Anaeróbias: Bacteroides fragilis e Bacteroides sp., Clostridium perfringnes, Peptococcus sp., e Peptostreptococcus sp., Fusobacterium necrophorum e Proprionibacterium acnes.

Em doenças sexualmente transmissíveis a azitromicina é ativa contra Chlamydia trachomatis, e também demonstra boa atividade contra Treponema pallidum, Neisseria gonorrhoeae e Haemophilus ducreyi.

Outros Microrganismos: Borrelia burgdorferi (agente da doença de Lyme), Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Micoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Campylobacter sp. e Listeria monocytogenes.

Patógenos oportunistas associados a infecções causadas pelo vírus HIV: Mycobacterium avium-intracellulare complex, Pneumocystis carinii e Toxoplasma gondii.

Propriedades Farmacocinéticas

Após a administração oral em humanos, a azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a sua biodisponibilidade é de aproximadamente 37%. O tempo necessário para alcançar os picos de concentração plasmática é de 2-3 horas. A meia-vida plasmática de eliminação terminal reflete bem a meia-vida de depleção tecidual de 2 a 4 dias. Em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (AUC) após um regime de 5 dias quando comparado com o de voluntários jovens (
Em estudos com animais, têm sido observadas concentrações elevadas de azitromicina nos fagócitos. Em modelos experimentais, maiores concentrações de azitromicina são liberadas durante a fagocitose ativa do que pelos fagócitos não estimulados. Em modelos animais isto resulta em altas concentrações de azitromicina sendo liberada para os locais de infecção.

Estudos farmacocinéticos em humanos têm demonstrado níveis significativamente maiores de azitromicina nos tecidos do que no plasma (até 50 vezes a concentração máxima observada no plasma), indicando que o fármaco é fortemente ligado aos tecidos. A concentração nos tecidos-alvo, assim como os pulmões, amídalas e próstata excedem a CIM90 para a maioria dos patógenos após dose única de 500 mg.

Não foi observada qualquer diminuição significante na biodisponibilidade quando a azitromicina comprimido revestido foi administrada concomitantemente a uma refeição rica em gorduras, podendo assim ser administrada a qualquer hora do dia, inclusive com as refeições.

A excreção biliar constitui a principal via de eliminação da azitromicina como fármaco inalterado após a administração oral. Concentrações muito altas de azitromicina inalterada foram encontradas na bile de seres humanos juntamente com 10 metabólitos formados por N- e O-desmetilação, por hidroxilação dos anéis de

desosamina e aglicona e pela clivagem do conjugado de cladinose. A comparação das análises cromatográficas (HPLC) e microbiológicas nos tecidos sugerem que os metabólitos não participam da atividade microbiológica da azitromicina.

Após uma única dose única oral de azitromicina 1 g, a farmacocinética em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração glomerular 10-80 ml/min) não foi afetada. Diferenças estatisticamente significantes na AUCO-120 (8,8 mcg.h/ml vs. 11,7 mcg.h/ml), Cmáx (1,0 mcg/ml vs. 1,6 mcg/ml) e clearance renal (2,3 ml/min/Kg vs. 0,2 ml/min/kg) foram observadas entre o grupo com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular
Em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderado (classe B), não há evidência de uma alteração acentuada na farmacocinética sérica da azitromicina quando comparada a pacientes com a função hepática normal. Nestes pacientes o clearance de azitromicina na urina parece estar aumentado, possivelmente para compensar o clearance hepático produzido.

Dados de segurança Pré-clínicos

Em estudos em animais com altas doses, após a administração do fármaco em uma concentração 40 vezes maior do que a utilizada na prática clínica observou-se que a azitromicina causa fosfolipidose reversível, geralmente sem consequências toxicológicas visíveis. Não há evidência de que isto seja relevante para uso normal da azitromicina em humanos.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

PACIENTES IDOSOS

Não constam na literatura relatos sobre advertências ou recomendações especiais do uso adequado por pacientes idosos.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Reg. M.S. Nº 1.0235.0419

Farm.Resp.: Dra. Erika Santos Martins

CRF – SP nº 37.386

EMS S/A.

R. Com. Carlo Mario Gardano, 450

S. Bernardo do Campo – SP / CEP: 09720 -470

CNPJ 57.507.378/0001-01

INDÚSTRIA BRASILEIRA

Fabricado por: EMS S/A

Rodovia SP 101, Km 08

Hortolândia ? SP / CEP: 13186-901

?Lote, Fabricação e Validade: vide cartucho?

Azitrogran – Bula para o Paciente

Ação esperada do medicamento

Azitrogran® é indicado no tratamento de infecções do trato respiratório inferior e superior; infecções da pele e tecidos moles; em otite média aguda e nas doenças sexualmente transmissíveis, devido à clamídia e gonorreia não complicadas. Infecções que ocorrem junto com sífilis devem ser excluídas.

Cuidados de armazenamento

Manter à temperatura ambiente (entre 15 a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.


Prazo de validade

O número de lote e as datas de fabricação e validade estão impressos no cartucho do medicamento. Não utilize medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Gravidez e lactação

Azitrogran® somente deverá ser utilizado na gravidez e lactação sob estreita supervisão médica. Informe seu médico ou cirurgião-dentista a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe seu médico ou cirurgião-dentista se está amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Cuidados de administração

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Azitrogran® comprimidos revestidos deve ser ingerido inteiro.

Interrupção do tratamento

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Reações adversas

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. As reações mais frequentes observadas foram: náusea, vômito, diarreia (raramente resultando em desidratação), desconforto abdominal (dor/cólica), dor de cabeça e tontura (vide ?Reações Adversas?).

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Ingestão concomitante com outras substâncias

Azitrogran® comprimidos revestidos pode ser administrado a qualquer hora do dia, inclusive com as refeições.

Contraindicações e precauções

Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.

Azitrogran® é contraindicado em indivíduos com história de reações alérgicas ou hipersensibilidade a azitromicina, eritromicina ou a qualquer um dos antibióticos macrolídeos, ou ainda a qualquer um dos componentes da fórmula.

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SAÚDE.

Data da bula

24/09/2013

4Medic

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