Um Pesquisador descobriu um novo biomarcador em células-tronco cancerígenas que governam a sobrevivência e a disseminação do câncer, e está aumentando a esperança de que a descoberta de medicamentos para matar células-tronco cancerígenas possa seguir o exemplo.
No mundo da biologia do câncer, nem todos os biomarcadores são criados iguais. Essas moléculas que alertam os médicos de que um processo anormal pode estar em andamento podem aparecer como uma matriz de proteínas aberrantes, como hormônios, enzimas ou moléculas de sinalização, e variam de paciente para paciente. Por serem um saco misto, não existe uma droga para atacá-los – Até agora…
“Encontramos um novo biomarcador, a proteína ‘Plectina’, nas células-tronco do câncer. Acreditamos que a Plectina possa ser um biomarcador mais comum que pode levar ao desenvolvimento de medicamentos amplamente aplicáveis. Trata-se de uma proteína estrutural, predominantemente expressa intra-celularmente, mas cuja translocação para a superfície celular está ligada à invasão e metástase de tumores”, relata Gomika Udugamasooriya, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Houston, EUA.
Todos os tumores cancerígenos contêm um pequeno subconjunto de células resistentes a medicamentos, auto-renováveis e altamente metastáticas, chamadas células iniciadoras de tumor, ou células-tronco cancerígenas, responsáveis por 90% das mortes por câncer.
O processo de Udugamasooriya é diferente das descobertas convencionais em duas etapas, onde os pesquisadores primeiro encontram um biomarcador e depois desenvolvem um medicamento. Ele fez as duas coisas ao mesmo tempo – desenvolvendo 400.000 potenciais compostos químicos sintéticos (peptóides) e os usou para capturar o biomarcador específico, executando sua única, mas simples, tela de duas cores.
De quase meio milhão, apenas três peptóides direcionaram células-tronco cancerígenas e não as células cancerígenas restantes do mesmo paciente. Quando esses peptóides foram usados para acelerar seus alvos, um deles foi identificado como plectina, provando que é um biomarcador exclusivo para células-tronco cancerígenas.
“Nossos estudos mostram correlações genotípicas e fenotípicas entre plectina e células-tronco de câncer de pulmão, bem como associação de alta expressão de plectina com baixa sobrevida do paciente em adenocarcinoma de pulmão, potencialmente identificando plectina como biomarcador de células-tronco de câncer de pulmão”, relata Udugamasooriya.
Como a plectina auxilia na modelagem das células, é essencial para a disseminação do câncer, ajudando as células-tronco do câncer a percorrer o corpo.
“Os cientistas estão tentando desesperadamente encontrar maneiras de lidar com essas células-tronco cancerígenas para acabar com os tumores. Prevemos que este será um alvo de drogas mais comum do que os atuais, porque todos os tumores querem se espalhar”, concluiu o Professor Udugamasooriya.
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Os resultados da pesquisa foram publicados na revista na Nature (Scientific Reports).
* “Unbiased peptoid combinatorial cell screen identifies plectin protein as a potential biomarker for lung cancer stem cells” – Artigo 14954 – 2019.
Aaron C. Raymond et al – s41598-019-51004-3
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