Um novo estudo pode melhorar a perspectiva e oferecer um tratamento precoce com uma terapia que estimula o sistema imunológico para crianças que sofrem de Neuroblastoma.
O estudo envolveu 43 crianças com neuroblastoma de alto risco, um câncer que começa em células nervosas imaturas. Os pesquisadores descobriram que uma nova abordagem de tratamento – envolvendo um anticorpo experimental dado logo de cara – começou a combater rapidamente o câncer na maioria das crianças.
Após dois anos, a maioria ainda estava livre de recaída ou progressão do câncer, de acordo com descobertas publicadas na revista Clinical Cancer Research.
O neuroblastoma é um câncer raro que afeta principalmente bebês e crianças com menos de 5 anos. Aproximadamente metade dessas crianças é diagnosticada após a propagação do câncer e é considerada “de alto risco”.
O tratamento nesses casos é agressivo: o regime típico começa com quimioterapia em altas doses, seguida de cirurgia para remover os tumores visíveis restantes. Em seguida, vem a quimioterapia adicional, seguida de um transplante de células-tronco para reconstruir o sistema imunológico e depois a radiação.
Nos anos mais recentes, os médicos acrescentaram outra arma ao final desse regime: o anticorpo monoclonal dinutuximab. A droga se prende ao GD2, uma proteína na superfície de muitas células do neuroblastoma.
Eles optaram por um anticorpo experimental semelhante ao dinutuximabe, atuando na mesma proteína GD2. A diferença é que o novo anticorpo foi projetado para causar menos reações alérgicas e menos dor, disseram os pesquisadores.
As crianças do estudo receberam seis rodadas de quimioterapia, juntamente com a terapia com anticorpos. Após apenas duas rodadas, 76% apresentaram pelo menos alguma regressão em seus tumores. Após a combinação inicial de quimioterapia/anticorpo, as crianças passaram para outros tratamentos padrão, incluindo uma rodada de terapia com anticorpos como etapa final.
Dois anos depois, quase 86% permaneceram livres de recaídas ou progressões. Isso se compara a uma taxa de 50% em um estudo anterior em que nenhuma terapia inicial com anticorpos foi usada, disseram os autores do estudo.
Esses dados são de interesse considerável para a comunidade de neuroblastomas. Eles aumentam o número crescente de evidências que sugerem que a combinação de quimioterapia e imunoterapia pode alterar os resultados de crianças com neuroblastoma de alto risco.
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