Pesquisadores da Universidade do Texas em Dallas desenvolveram um microscópio cirúrgico hiperespectral que pode detectar células cancerígenas em tempo real durante cirurgias.
Como os tumores cancerígenos internos geralmente se parecem exatamente com os tecidos saudáveis ao seu redor, a análise da seção congelada é usada durante e após as cirurgias para confirmar que a totalidade de um tumor foi removida. Esse é um processo lento que geralmente leva os pacientes a exigir procedimentos de acompanhamento.
Ele não apenas detecta imagens em quase todo o espectro óptico, do UV ao infravermelho, mas também usa técnicas de aprendizado de máquina para analisar as imagens produzidas e identificar sinais indicadores de câncer.
O protótipo atual é um instrumento de bancada, mas pode ser desenvolvido em um microscópio pequeno e portátil que não requer agentes de contraste e que não emite radiação prejudicial além do UV. O dispositivo analisa a totalidade do espectro no qual trabalha para avaliar como diferentes frequências de luz são refletidas e absorvidas pelas células. A imagem hiperespectral foi originalmente usada em aplicações de astronomia e espaço.
Os pesquisadores já foram capazes de usar o novo microscópio inteligente para detectar células cancerígenas com cerca de 85% de precisão em 293 amostras de tecido de 102 pacientes submetidos a cirurgia de cabeça e pescoço. Mais trabalho será necessário para treinar melhor o sistema, e os pesquisadores já estão começando a fazer isso criando um grande banco de dados de amostras para o sistema estudar.
Eles esperam que um dia os cirurgiões possam ver o tecido do câncer em tempo real, ressecando rápida e precisamente o que é necessário, poupando tecidos saudáveis.
O Estudo e uma analise geral sobre os benefícios e as funções do microscópio cirúrgico hiperespectral foram publicados na revista científica Cancers e o seus desenvolvedores esperam que novas opiniões de outros especialistas possam ajudar a aprimorar o equipamento.:
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