Uma equipe de cientistas internacionais, descobriu que amostras de sangue podem ajudar a avaliar a gravidade das lesões cerebrais em crianças, indicando quais crianças irão se recuperar e quais precisarão de apoio contínuo.
O Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch (MCRI), trabalhando com cientistas canadenses, analisou sangue de 158 crianças que apresentaram lesões na cabeça em hospitais infantis em Melbourne, Toronto, Montreal e Vancouver de 2011 a 2013. Esses pacientes foram selecionados de um grupo de 1.680 crianças que apresentou ferimentos na cabeça. Seus resultados foram comparados com os de 416 crianças saudáveis.
“Cerca de 0,7% da população infantil é tratada nos departamentos de emergência a cada ano por lesão cerebral traumática, o que é quase uma em cada cem crianças, as principais causas de lesões cerebrais traumáticas em crianças são quedas, acidentes automobilísticos, esportes e abusos”, disse o Dr Vicki Anderson, autor da pesquisa.
O estudo analisa se os níveis de um biomarcador de sangue – uma proteína chamada “tau” – pode ajudar a entender melhor a gravidade da lesão cerebral em crianças menores de 12 anos.
“Tomografias computadorizadas são usadas para diagnosticar lesões cerebrais, mas há preocupações sobre a exposição de crianças à radiação e as crianças pequenas precisam ser sedadas. Os médicos podem medir os níveis da proteína tau associada aos microtúbulos neuronais e isso indica a gravidade da lesão cerebral em adultos. No entanto, os níveis de tau naturalmente flutuam mais em crianças, portanto, pesquisas foram necessárias para testar se isso funcionaria”, disse o Professor Anderson.
O estudo ainda descobriu que medir os níveis de tau em crianças mais velhas dá aos médicos uma indicação da gravidade dos distúrbios cerebrais leves.
“Medir os níveis de tau nos ajudará a identificar quais crianças com lesão cerebral vão se recuperar bem e quais terão o maior risco de problemas contínuos e, portanto, precisarão de tratamento, como reabilitação e apoio contínuo na escola”, disse o Professor Anderson.
A equipe acredita que este é o primeiro estudo em grande escala a relatar as concentrações de tau em crianças saudáveis e crianças com traumatismo cranioencefálico.
“Os níveis de tau naturalmente caem em crianças saudáveis à medida que envelhecem, mas a tau aumenta imediatamente após uma lesão cerebral traumática. Nós mostramos que a tau diminui à medida que as crianças crescem, com três partições de idade significativas, menos de quatro anos, quatro a 15 anos e 16 a 19 anos”, concluiu o Professor Anderson.
O estudo completo foi publicado na revista científica The Lancet e gentilmente cedido ao 4Medic para publicação no Brasil.
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