A neuropatia óptica hereditária de Leber (doença de LHON) é uma forma hereditária de perda de visão que faz com que as pessoas tenham problemas com sua visão de cores e dificuldade de enxergar no centro de seu campo visual.
Até recentemente, os pesquisadores acreditavam que a causa da doença de LHON estava relacionada ao tamanho das fibras que conectam o olho ao cérebro, com pequenas fibras sendo mais sensíveis. No entanto, não ficou claro como exatamente os dois estavam conectados.
Um estudo recente, liderado por pesquisadores da Universidade McGill e publicado na revista Scientific Reports, oferece um passo importante para desvendar o mistério da causa da LHON. Os pesquisadores mostraram anteriormente que as células que conectam o olho ao cérebro eram sensíveis a um certo radical livre, conhecido como “superóxido”, e levantaram a hipótese de que a presença de excesso de superóxido era provavelmente a causa do LHON.
“Nós especulamos que o espalhamento de superóxido entre as fibras dessas células era a causa das características clínicas específicas da doença de LHON. Percebemos que poderíamos testar essa hipótese por simulação de computador”, explicou ao 4Medic o Dr. Leonard Levin, Presidente do Departamento de Oftalmologia e Visual e autor sênior do Jornal da Faculdade de Medicina da Universidade McGill.
Para validar suas descobertas, a equipe comparou os resultados de suas simulações com espécimes de patologia e campos visuais de pacientes adquiridos através de colegas da Universidade da Califórnia (UCLA), e os pesquisadores ficaram surpresos com o quão bem os dois estavam alinhados.
Embora esta descoberta represente um passo importante, o Dr. Levin observa que muito trabalho ainda precisa ser feito. “Precisamos confirmar o papel do superóxido na disseminação do dano em células reais. Se pudermos fazer isso, isso pode nos ajudar muito a desenvolver um tratamento para a doença de LHON”, concluiu o Dr Levin.
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