A emergência hipertensiva (EH) está ligada a um quadro nosológico mais geral, a crise hipertensiva (CH). Ela apresenta situações clínicas que cursam com o aumento da pressão arterial (PA).
A CH pode se apresentar de duas formas em relação à gravidade e ao prognóstico: a urgência hipertensiva (UH) e a EH.
A EH causa elevação acentuada da PA associada a LOA e risco imediato de morte, fato que necessita redução rápida e gradual dos níveis tensionais em minutos a horas, com monitoramento frequente e uso de fármacos por via endovenosa (EV).
Os principais fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são: idade, etnia (mais frequente em afrodescendentes), sexo (até 50 anos, mais comum em homens), consumo de sal, fatores socioeconômicos (classes mais baixas geralmente consomem mais sal), obesidade (principalmente a central), consumo de álcool, sedentarismo (risco 30% maior) e fatores genéticos.
PA geralmente bastante elevada, lesão aguda e progressiva de órgão-alvo, sintomas importantes e quadro clínico que representa risco iminente de morte.
É a entidade clínica mais grave. Requer internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e utilização de medicamentos intravenosos (IV) para a rápida redução da PA.
A finalidade desta intervenção é impedir a progressão da lesão do órgão-alvo.
A PA está está marcadamente elevada e apresenta um risco potencial ao paciente, pois não há lesão aguda de órgãos-alvo (LAOA).
Existem dois tipos de situação:
Urgências hipertensivas | Emergências hipertensivas |
HAS maligna isolada | Encefalopatia hipertensiva |
Cardiomiopatia dilatada, ICC | Acidente vascular encefálico |
Insuficiência coronária crônica | Dissecção de aorta |
Aneurisma de aorta | Edema agudo de pulmão |
Insuficiência renal crônica | Síndrome coronariana aguda |
Glomerulonefrite aguda | Crises adrenérgicas graves (feocromocitoma, cocaína) |
Pré-eclâmpsia | Eclâmpsia |
Grandes queimados | Pós-operatório de grandes cirurgias |
É de extrema importância que o emergencista clínico diferencie uma situação da outra, já que isso interfere diretamente no tratamento imediato que o paciente irá receber no pronto-socorro (PS).
Nos casos de UH, o tratamento VO é o indicado, para pacientes com EH a internação em UTI torna-se necessária, assim como o uso de anti-hipertensivo por via endovenosa por ser um método de ação rápida e meia vida curta.
Urgência | Emergência |
Nível pressórico elevado acentuado PAD > 120 mmHg | Nível pressórico elevado acentuado PAD > 120 mmHg |
Sem LOA aguda e progressiva | Com LOA aguda e progressiva |
Combinação medicamentosa oral | Medicamento parenteral |
Sem risco iminente de morte | Com risco iminente de morte |
Acompanhamento ambulatorial precoce (7 dias) | Internação em UTI |
Recomendações gerais de tratamento nas emergências hipertensivas
Principais fármacos utilizados no tratamento das emergências hipertensivas
Fármaco | Dose |
Vasodilatadores | |
Nitroprussiato de sódio | 0,25 – 10 µg/kg/ min IV |
Nicardipina | 5 – 15 mg/h IV |
Clevidipina | 1 – 2 mg/h IV com rápida titulação max de 16 mg/h |
Fenoldopam | 0,1 – 0,3 µg/kg /min IV |
Nitroglicerina | 5 – 100 µg/min IV |
Enalaprilato | 1,25 – 5 mg 6/6 h IV |
Hidralazina | 10 – 20 mg IV 10 – 40 mg IM |
Antagonistas adrenérgicos | |
Labetalol | 20 – 80 mg IV bolus cada 10 min 0,5 – 2,0 mg/min IV infusão |
Esmolol | 250 – 500 µg/kg/ min; pode repetir bolus após 5 min ou aumentar infusão p/300 µg/min |
Fentolamina | 5 – 15 mg IV bolus |
CECIL Medicina 24 ed. 2014
HARRISON Medicina Interna 19 ed. 2017
Manual de Cardiologia CARDIOPAPERS 2015
Manual De Medicina Intensiva AMIB 2016
Tratado Emergência – UNIFESP – Vol. 1 2011
As informações listadas acima podem conter erros de digitação e/ou atualizações e devem ser verificadas nos livros citados, que foram utilizados como fonte de pesquisa.
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