Pesquisador decodifica o cérebro em pacientes com doenças mentais!

Aproximadamente 1 em cada 5 adultos no mundo sofrerá de doença mental em algum determinado ano. As doenças mentais graves fazem com que o cérebro tenha dificuldade em lidar com estados de esforço cognitivo, como concentrar a atenção por longos períodos de tempo, discriminar entre duas coisas que são difíceis de distinguir e responder rapidamente às informações que estão chegando rapidamente. Um novo estudo, poderia melhorar a capacidade dos pacientes de controlar os sintomas da doença mental.

Estudo mais completo sobre doenças mentais

Pesquisas anteriores demonstraram que a aplicação de estimulação elétrica no momento certo, ajuda o cérebro de um paciente com uma doença mental grave a realizar tarefas cognitivas difíceis. No entanto, isso foi feito em um ambiente de laboratório, livre das complexidades das atividades cotidianas da vida real.

O autor sênior do estudo Dr Alik Widge, professor assistente de psiquiatria na Universidade de Minnesota Medical School, e pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH), composto por pesquisadores da Brown University e MGH, incluindo co-autor sênior David Borton, professor assistente de engenharia na Brown University, foram os primeiros a analisar a atividade cerebral dos pacientes para detectar precisamente quando um paciente está focado e sua atenção é totalmente dedicada, em comparação com quando ele está em repouso. Eles estudaram pacientes que foram submetidos à cirurgia para epilepsia grave, que já tinham eletrodos de medição nas áreas cerebrais relevantes.

O estudo, que fazia parte do programa SUBNETS da DARPA, descobriu que assinaturas específicas e algoritmos podem ser usados ​​para dizer quando alguém está focado e realmente tentando fazer uma tarefa que é difícil para eles, indicando que eles poderiam se beneficiar de uma estimulação elétrica para obter um empurrão extra.

O estudo também demonstra que não existe uma única região do cérebro que possa dizer quando alguém está nesse estado focado e esforçado. A fim de detectar quando o paciente começou a se concentrar em uma tarefa cognitiva, os pesquisadores tiveram que analisar as informações no nível da rede. Era essencial observar como a atividade de uma região se coordenava com a atividade de outra.

“Usando os mesmos sinais neurais que poderiam impulsionar a estimulação cerebral profunda adaptativa, mostramos que é possível detectar estados mentais que podem ser passíveis de controle de circuito fechado. Embora mais pesquisas sejam necessárias para generalizar nossas descobertas para aplicações do mundo real, esperamos que este trabalho contribua para o desenvolvimento de terapias de estimulação cerebral mais eficazes para doenças mentais”, disse a principal uma das autoras do estudo a Dra Nicole Provenza da Brown University.

“Queremos adotar uma abordagem centrada no paciente para tratar doenças mentais. O trabalho de um estimulador não é eliminar os sintomas; seu trabalho é ajudar o paciente a administrar seus sintomas. Ele devolve o poder ao indivíduo e apenas lhes dá uma ajuda extra quando precisam”, explicou o Dr Widge.

Ainda há mais trabalho a ser feito, mas a equipe está animada para dar o próximo passo e, eventualmente, transformar essas ideias em produtos reais que ajudarão as pessoas.

O estudo foi publicado e está a disposição de pesquisadores no Journal of Neural Engineering.

4Medic

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