Tratar a doença de Alzheimer é um dos maiores desafios de pesquisadores e cientistas no mundo inteiro, mais de 30 mil estudos e novas técnicas já foram testadas nos últimos vinte anos, e todos acreditam que em pouco tempo um tratamento realmente efetivo vai estará a disposição dos mais de 35 milhões de pessoas que sofrem com a doença no mundo.
Estima-se que somente no Brasil, cerca de 1 milhão e 200 mil pessoas sofrem com o mal de Alzheimer e o assustador é que estes números estão crescendo.
A doença de Alzheimer está relacionada ao acúmulo de placas amilóides no cérebro, portanto, qualquer tentativa séria de desalojar essas placas pode ajudar a reverter a progressão da doença. O problema perene com a entrega de terapias medicamentosas para tratar doenças cerebrais é a barreira hematoencefálica que impede a maioria das moléculas de penetrar através de suas defesas. Por exemplo, drogas que tratam vários tipos diferentes de câncer normalmente não funcionam para o glioblastoma.
Pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio Wexner Medical Center estão agora trabalhando para identificar se o uso de ultra-som e microbolhas pode ser uma maneira eficaz de se livrar das placas amilóides. A idéia não é usar ultra-som para ressoar as placas, de modo a desalojá-las, mas para abrir a barreira hematoencefálica para que o próprio sistema imunológico do corpo possa chegar lá e talvez trabalhar para limpar o cérebro.
Os pesquisadores estão usando um sistema da Insightec, que trabalha dentro de um scanner de ressonância magnética para entregar com precisão as ondas de ultra-som, de uma forma muito focada, no corpo do paciente. Enquanto a terapia é administrada, os médicos são capazes de monitorar seu progresso e se comunicar com o paciente.
De acordo com as primeiras analises coletadas, após algumas sessões de terapia, houve uma melhora nos sintomas. Os próximos passos serão tentar entregar medicamentos que antes eram impossíveis de se tentar devido à barreira hematoencefálica.
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