Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, em Indianápolis, nos EUA, recrutaram e acompanharam mais de 250 veteranos de guerra que estavam recebendo tratamento no Indianapolis VA Medical Center, um hospital especializado em tratar veteranos militares com TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático).
O estudo de 10 anos começou com uma série robusta de etapas para identificar e, em seguida, reduzir os genes que mais precisamente contribuíam para aumentar os níveis de estresse. A equipe descreve as etapas como “descoberta, priorização, validação e teste”.
Embora os dados para a investigação tenham vindos de ex militares, o autor sênior do estudo e professor de psiquiatria, Dr Alexander B. Niculescu, diz que as descobertas têm “uma relevância mais ampla não apenas para os veteranos, mas para o público em geral”.
“Inúmeras pessoas”, ele acrescenta, “são subdiagnosticadas com distúrbios de estresse, que podem se manifestar com o uso de bebidas, outros vícios, suicídio ou violência”.
Ao comparar as amostras de sangue dos veteranos quando estavam em estados de estresse altos e baixos, a equipe foi capaz de identificar quais dos cerca de 20 mil genes do genoma humano, sofreram as mudanças mais significativas. Seguindo o método stepwise, a equipe conseguiu reduzir o número de itens de interesse para 285 marcadores genéticos associados a 269 genes.
Os pesquisadores cruzaram com registros de saúde e resultados de testes psiquiátricos em grupos independentes dentro dos inscritos no estudo. Os testes revelaram que certos marcadores genéticos “eram preditivos de estados de alto estresse e de futuras internações psiquiátricas relacionadas ao estresse”.
Os pesquisadores também compararam os marcadores genéticos com outros marcadores de envelhecimento e estresse. Um deles foi o comprimento dos telômeros, que são as extremidades dos cromossomos que protegem a integridade do DNA dentro deles.
Esta análise mais aprofundada mostrou como as “assinaturas de biomarcadores” poderiam ajudar a identificar quais compostos naturais e sintéticos com potencial para tratar o TEPT podem beneficiar mais indivíduos específicos. Além disso, a equipe descobriu que mais de “metade dos principais biomarcadores preditivos para o estresse, também tinham evidência prévia de envolvimento em suicídio, e a maioria deles tinha evidências em outros distúrbios psiquiátricos, fornecendo uma base molecular para os efeitos do estresse naqueles distúrbios “.
O Prof. Niculescu comparou o processo de amostragem e verificação ao que já acontece em outras áreas médicas, como no tratamento do câncer, em que as biópsias ajudam os médicos a decidir a melhor maneira de direcionar a doença individualmente.
” Ao entender de forma biológica as doenças de um paciente e seus desafios de saúde mental , poderíamos tratar o que eles têm de melhor, prevenindo futuros episódios”. afirmou o Prof. Niculescu.
A equipe agora está buscando fundos para ajudar a traduzir os resultados da pesquisa, em colaboração com outros indivíduos não militares, para a prática clínica.
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