Um estudo da equipe de pesquisa do Prof. Geert van Loo (VIB-UGent Centro de Pesquisa de Inflamação, Bélgica) descobriu um mecanismo molecular crítico por trás de doenças auto-imunes e inflamatórias, como artrite reumatóide, doença de Crohn e psoríase. Eles descobriram uma proteína que controla a inflamação e a autoimunidade, que atua não através de suas atividades enzimáticas, como foi proposto, mas através de um mecanismo não enzimático.
Esses achados abrem novas possibilidades para o tratamento de doenças inflamatórias.
Doenças auto-imunes inflamatórias, como artrite reumatóide, doenças inflamatórias intestinais, psoríase e esclerose múltipla, estão entre as doenças mais comuns. Sua prevalência vem se expandindo rapidamente nas últimas décadas, o que significa que atualmente milhões de pacientes estão em tratamento constante com anti-inflamatórios para manter sua condição sob controle.
Como exemplo, cerca de 1% da população ocidental é afetada pela artrite reumatóide (AR), uma doença inflamatória crônica e progressiva das articulações que afeta gravemente a qualidade de vida dos pacientes. Os mecanismos moleculares que causam doenças como a AR precisam ser melhor compreendidos para poder desenvolver novas terapias para o tratamento de pacientes com patologias inflamatórias.
Arne Martens, no grupo de pesquisa do professor Geert van Loo, investigou o mecanismo de sinalização molecular pelo qual a proteína A20 controla as reações inflamatórias. O presente estudo baseia-se ainda em trabalhos anteriores no VIB-UGent Centro de Pesquisa de Inflamação, que demonstraram que o A20 atua como um forte mediador anti-inflamatório em muitos modelos de doenças inflamatórias.
Neste estudo, os pesquisadores mostram que a atividade anti-inflamatória do A20 depende da presença de um domínio específico dentro da proteína capaz de se ligar à ubiquitina, uma modificação importante em outras proteínas. Isso permite que A20 interfira com as vias de sinalização dentro da célula e, como tal, evita a ativação de uma resposta celular que normalmente resultaria em inflamação e desenvolvimento de doenças.
Van Loo explica a importância de suas descobertas: “Nossos resultados são importantes do ponto de vista científico, pois nos ajudam a entender como o A20 previne reações inflamatórias nas células do corpo. No entanto, esse conhecimento também tem implicações terapêuticas e sugere que os medicamentos com base nesse domínio A20 específico pode ter fortes atividades anti-inflamatórias. Portanto, esses medicamentos podem ser eficazes no tratamento da AR e várias outras doenças inflamatórias e autoimunes”.
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Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Immunology.
* “Two distinct ubiquitin-binding motifs in A20 mediate its anti-inflammatory and cell-protective activities” – 2020.
Autores do estudo: Arne Martens, Dario Priem, Esther Hoste, Jessica Vetters, Sofie Rennen, Leen Catrysse, Sofie Voet, Laura Deelen, Mozes Sze, Hanna Vikkula, Karolina Slowicka, Tino Hochepied, Kalliopi Iliaki, Andy Wullaert, Sophie Janssens, Mohamed Lamkanfi, Rudi Beyaert, Marietta Armaka, Mathieu J. M. Bertrand, Geert van Loo – 10.1038 / s41590-020-0621-9
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