Pesquisadores do Baylor College of Medicine descobriram evidências de que a placenta abriga uma comunidade esparsa, mas ainda presente, de microorganismos, que eles e outros pesquisadores especulam que estes micróbios na placenta podem contribuir para funções-chave na gravidez, incluindo a imunidade.
“Antes, as bactérias eram encontradas usando sequenciamento de metagenômica ou microbioma, e agora confirmamos esse sinal com base em nossa capacidade de rotular o RNA bacteriano com uma ‘etiqueta’ fluorescente e realmente vê-las, nós alavancamos uma poderosa nova tecnologia de imagem para adicionar maior especificidade no sinal de RNA bacteriano, o que nos ajudou a ver as bactérias dentro da microarquitetura do tecido placentário”, disse ao 4Medic o Dr. Maxim Seferovic, instrutor em obstetrícia e ginecologia do Baylor e principal autor do estudo.
Pesquisadores examinaram micróbios em gestações a termo e pré-termo usando uma sonda de hibridização in situ universal 16S amplificada por sinal projetada para rRNA bacteriano, juntamente com vários outros métodos histológicos. O Dr Seferovic disse que o estudo foi cuidadosamente projetado para controlar a contaminação da melhor maneira possível, de modo que essas bactérias esparsas possam ser atribuídas com precisão à sua localização na placenta.
O Dr Seferovic disse que o estudo foi desenhado para determinar se os estudos anteriores eram de fato precisos e realmente analisavam uma comunidade de micróbios de baixa biomassa que poderia ser distinguida de forma confiável da contaminação ambiental. Este trabalho, quando combinado com o de vários outros laboratórios, deve dar aos pesquisadores a confiança de que não só eles podem sequenciar esses micróbios, mas também que eles podem ver as bactérias em locais muito previsíveis em placentas diferentes.
Seferovic sugere que a partir de agora é possível olhar mais para o papel dos micróbios no ambiente intra-uterino em moldar o desenvolvimento do sistema imunológico no feto, e que coisas como a dieta da mãe ou nascimento prematuro pode se beneficiar nesse desenvolvimento.
“Em algum momento todos nós adquirimos trilhões de bactérias em nossos corpos que não rejeitamos com uma resposta inflamatória imune. Estamos especulando que essas comunidades de baixa biomassa podem ter um papel importante na formação do sistema imune fetal em desenvolvimento para ajudar a educá-lo, em outras palavras os micróbios podem ser benéficos e que podem não ser, e a resposta para o tratamento de grandes infecções talvez estejam nestes micróbios na placenta”, concluiu o Dr Seferovic.
Este estudo foi publicado hoje e está a disposição de pesquisadores no American Journal of Obstetrics and Gynecology.
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