Conhecimento Médico

Pesquisadores definem papel de células raras na medula óssea!

Pesquisadores definiram os papéis de várias células na medula óssea que, acredita-se, controlam o destino de quase meio milhão de células sanguíneas que se desenvolvem lá todos os dias.

O Avanço nos estudos sobre medula óssea

Os cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Nova York (UUN), por trás de um novo trabalho, dizem que pouco se sabia sobre a fração de células examinadas no estudo, o “microambiente” que representa menos de 1% da massa medular na maioria dos mamíferos. Acredita-se que essas células influenciem se as células-tronco precoces amadurecem em diferentes tipos de outras células, como glóbulos vermelhos ou brancos.

Reportando na revista Nature online em abril, os autores do estudo descrevem como eles usaram uma ferramenta combinada de mapeamento de imagens, para rastrear a função genética uma a uma das 17.374 células de medula óssea de camundongo. Tendo primeiro tomado medidas para excluir todos os tipos de células sanguíneas, bem como células de gordura adultas que ocorrem comumente na medula óssea, elas conseguiram se concentrar nos tipos de células remanescentes e elusivas no microambiente da medula.

Dentro deste microambiente, os pesquisadores identificaram nove tipos de células e ainda mais subtipos. A maioria foi identificada como células que revestem os vasos sanguíneos (ou seja, células endoteliais vasculares) ou células-tronco (células mesenquimais) que compõem o osso (osteoblastos).

Ainda assim, a função de outros tipos de células raras permaneceu desconhecida. Para melhor entendê-los, a equipe tratou essas células restantes com quimioterapia para tentar imitar o estresse enfrentado por esses tecidos após lesão ou doença.

Entre as alterações induzidas pelo estresse, estava um conjunto de células-tronco (também mesenquimais), que tipicamente se desenvolvem em osteoblastos ou células musculares, neste caso, apenas transformadas em células adiposas (adipócitos). Pesquisadores dizem que essa reprogramação genética, cujo turno eles planejam estudar ainda mais, possivelmente explica por que o fenômeno do excesso de gordura da medula é observado em pacientes com leucemia recebendo quimioterapia.

“Nossos resultados mostram como rastreamento e análise de célula única podem expor os papéis de cada célula e tipo de célula, não apenas na orquestração da produção de células sanguíneas, mas também no desencadeamento e propulsão de outros processos de doenças relacionadas ao sangue no corpo, como leucemia. Em pouco tempo seremos capazes de saber para que serve cada tipo de célula na medula óssea”, disse a investigadora e co-líder do estudo, Dra Anastasia Tikhonova.

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