Nova Mastectomia menos invasiva deixa a superfície da mama intacta!

Uma mastectomia menos invasiva que deixa a superfície da mama intacta tornou-se uma opção segura para mais pacientes, incluindo aqueles cujo câncer de mama se espalhou para os nódulos linfáticos próximos ou que apresentam fatores de risco para complicações cirúrgicas.

Mastectomia – Novo procedimento

No procedimento, conhecido como mastectomia poupadora de mamilos, os cirurgiões removem o tecido mamário, deixando a pele, o mamilo e a aréola, e reconstroem imediatamente os seios. Os resultados estão sendo apresentados no encontro anual da American Society of Breast Surgeons.

Os pesquisadores avaliaram os resultados de mastectomia poupadores de mamilo em 769 mulheres que realizaram o procedimento entre 2009 e 2017. Ao todo, a cirurgia foi realizada em 1.301 mamas durante o período do estudo.

Complicações dentro de 30 dias após a cirurgia declinaram de 14,8% em 2009 para 6,3% em 2017, apesar do procedimento ter sido oferecido a mais mulheres, incluindo aquelas cujo câncer foi localmente avançado ou que tiveram complicações cirúrgicas como obesidade ou cirurgia prévia. Um ano após a cirurgia, a reconstrução foi considerada um sucesso em cerca de 97% dos casos.

“Melhorar a parte estética e oferecer mais alto estima como resultado dessas cirurgias para mulheres que tiveram um diagnóstico devastador é extremamente gratificante. Convivemos todos os dias com graves casos de depressão pós cirúrgicos, ao se sentir mutiladas, muitas mulheres acabam relaxando no tratamento e desistindo de lutar pela vida. Agora este procedimento poderá finalmente levar um pouco de esperança e otimismo para vencer a doença que, por si só, já é tão devastadora”, afirmou a autora sênior do estudo, Dra Tina Hieken, cirurgiã especialista em mastectomia da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, EUA.

A técnica vai ser disponibilizada em breve nas principais redes de saúde do mundo, a ideia é que até o outubro rosa deste ano, quando se inicia as campanhas mundiais de combate ao câncer de mama, todos os países parceiros já possam ter seus materiais de divulgação devidamente publicados.