A incidência da doença de Parkinson (DP) é menor para pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) que recebem terapia antiviral baseada em interferon, de acordo com um estudo publicado ontem na revista científica online JAMA Neurology.
O Dr Wey-Yil Lin, especialista do Landseed International Hospital em Taoyuan, Taiwan, e seus colegas examinaram o risco de desenvolvimento de DP em pacientes com infecção por HCV que recebem tratamento antiviral e aqueles que não estão recebendo tratamento usando dados de sinistros obtidos do Banco de Dados de Pesquisa do Seguro Nacional de Saúde de Taiwan.
Um total de 188.152 pacientes foram categorizados em grupos tratados e não tratados. Para comparação dos principais desfechos, a correspondência de escore de propensão foi realizada para equilibrar as co-variáveis entre os grupos; 39.936 pacientes foram mantidos nos grupos tratados e não tratados.
Os pesquisadores descobriram que a densidade de incidência de Doença de Parkinson foi de 1,00 e 1,39 por 1.000 pessoas-ano nos grupos tratados e não tratados, respectivamente. No seguimento de cinco anos, a vantagem da terapia antiviral atingiu significância estatística (razão de risco, 0,75); essa vantagem continuou aumentando até o final do seguimento (razão de risco, 0,71).
“Os resultados parecem apoiar a teoria de que a infecção pelo HCV é um fator de risco para o desenvolvimento de Doença de Parkinson. A terapia antiviral tem mostrado potencial na redução deste risco”, escrevem os autores.
Agora o resultado dos estudos vão ser analisados por especialistas em neurologia da Organização Mundial de Saúde que investiga as causas do Parkinson em pessoas ao redor do mundo. A ideia é conseguir detectar as principais causas que levam a cérebro a condição da DP.
Os autores do estudo esperam que mais especialistas se juntem aos estudos e ajudem a aprimorar os resultados, que neste momento se mostram promissores.
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