Os cientistas do Yale Cancer Center (YCC) descobriram o funcionamento de uma via metabólica ou “medidor” que permite que as células cancerígenas detectem quando possuem nutrientes suficientes ao seu redor para crescer. Os pesquisadores esperam que os medicamentos projetados para diminuir o medidor possam eventualmente ajudar no tratamento de diferentes tipos de câncer.
“A célula cancerígena tem um apetite ilimitado por nutrientes. Mas em muitas partes do corpo, especialmente para tumores sólidos, nutrientes e oxigênio são muitas vezes limitadas, por isso, a célula tem que tomar uma decisão para crescer ou sobreviver. Nós mostramos como a célula se adapta ao seu microambiente, detectando a disponibilidade de nutrientes para fazer esta decisão”, disse Xiaoyong Yang, Professor de medicina e fisiologia celular e molecular da YCC e principal autor do estudo.
Yang e seus colegas estudaram o papel de um processo chamado modificação da proteína O-GlcNAc no metabolismo do câncer. A modificação do O-GlcNAc altera a função das proteínas ao anexar certos tipos de moléculas de açúcar e, geralmente, atua como um sensor de nutrientes para a célula. Yang observou que “estávamos interessados nessa modificação porque é uma característica comum em muitos tipos de câncer”.
A equipe do YCC começou examinando uma ampla gama de amostras de tecido de câncer humano em busca de sinais de modificação de O-GlcNAc, incluindo níveis de expressão para as enzimas OGT e OGA. Eles descobriram que tanto o OGT quanto o OGA são expressos em níveis mais altos em muitos cânceres do que nos tecidos normais.
Em seguida, os pesquisadores descobriram que a OGA também promove o crescimento de tumores e a reprogramação metabólica nas células cancerígenas. Eles seguiram para mostrar que a OGA faz isso alterando a acetilação de uma proteína conhecida como PKM2 (um participante chave no metabolismo celular), e essa atividade aumenta junto com os níveis de glicose disponíveis para a célula. O OGT inibe a atividade de PKM2 por meio da modificação de O-GlcNAc, que promove a reprogramação metabólica e promove o crescimento do tumor.
O resultado foi uma surpresa, pois os cientistas pensavam anteriormente que a OGA e a OGT trabalham diretamente uma contra a outra. “As pessoas sempre pensaram que eram inimigas, e nosso estudo identificou como elas podem ser amigas. Essas duas enzimas opostas trabalham juntas em um ambiente rico em nutrientes para fazer com que as células cancerígenas cresçam e se reproduzam”, disse Yang.
A equipe de Yang está colaborando com colegas bioquímicos para investigar compostos que têm como alvo as enzimas. Os pesquisadores esperam ver se esses compostos podem ser combinados de maneira eficaz com outros medicamentos para tratar diferentes tipos de câncer.
Suas descobertas foram publicadas na conceituada revista científica Oncogene.
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