A hipertensão resistente é altamente prevalente entre a população hipertensa em geral e o manejo clínico dessa condição permanece problemático. Diferentes abordagens, incluindo uma terapia anti-hipertensiva mais intensificada, modificações no estilo de vida ou ambos, não conseguiram melhorar os resultados dos pacientes e reduzir o risco cardiovascular e renal.
Como a hiperatividade simpática renal é um dos principais impulsionadores da hipertensão resistente, na última década a ablação simpática renal (denervação renal) foi proposta como uma possível alternativa terapêutica para o tratamento dessa condição.
Não há certeza se o uso de denervação renal pode melhorar os riscos para o coração, vasos sanguíneos e rins em pessoas com hipertensão resistente.
No entanto, a denervação renal pode ser eficaz na redução da pressão arterial em pessoas com hipertensão resistente.
A hipertensão resistente é uma condição em que os níveis de pressão arterial elevados continuam, mesmo depois de vários medicamentos para baixar a pressão arterial (anti-hipertensivos) terem sido administrados em doses elevadas. Estima-se que 10% a 20% das pessoas com hipertensão tenham hipertensão resistente.
A denervação renal é um tratamento que envolve a destruição dos nervos renais por meio de uma técnica minimamente invasiva baseada em cateter para tratar a hipertensão.
A equipe queria saber se a denervação renal reduziria com segurança a pressão arterial e melhoraria a qualidade de vida em pessoas com hipertensão resistente.
A equipe buscou por estudos que compararam a denervação renal a outros tratamentos ou nenhum tratamento para quem tem hipertensão resistente.
Foram encontrados 15 estudos que envolveram mais de 1400 pessoas com hipertensão resistente e duraram de 3 a 24 meses.
Até o momento, ainda há certeza se o uso de denervação renal pode melhorar os riscos para o coração, vasos sanguíneos e rins em pessoas com hipertensão resistente. Por outro lado, a denervação renal pode ser eficaz na redução da pressão arterial em pessoas com hipertensão resistente.
São necessários mais estudos que examinem fatores importantes para os pacientes, como qualidade de vida. Estudos que durem mais e tenham mais participantes são necessários para descobrir se a denervação pode baixar a pressão arterial.
Em pacientes com hipertensão resistente, há evidências de baixa certeza de que a denervação renal não melhora os principais resultados cardiovasculares e a função renal. Por outro lado, existe evidência de certeza moderada de que pode melhorar a MAPA de 24 horas e a PA diastólica medida no consultório.
Estudos futuros medindo resultados centrados no paciente em vez de substitutos, com períodos de acompanhamento mais longos, tamanho de amostra maior e métodos de procedimento mais padronizados são necessários para esclarecer a utilidade deste procedimento nesta população.
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O estudo original foi publicado na Cochrane Library
“Renal denervation for resistant hypertension” – 2021
Autores do estudo: Pisano A, Iannone LF, Leo A, Russo E, Coppolino G, Bolignano D – Estudo
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