Zelmac com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Zelmac têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Zelmac devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.
Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento
Novartis
Tegaserode
Zelmac® 6 mg – Embalagens com 30 ou 60 comprimidos.
Síndrome do Intestino Irritável
Zelmac® é indicado para mulheres com diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, com até 55 anos de idade, sem doenças cardiovasculares conhecidas ou fatores de risco para elas.
Hipersensibilidade ao tegaserode ou a qualquer um dos excipientes. Insuficiência hepática grave ou moderada.
Insuficiência renal grave.
Zelmac® não deve ser utilizado em pacientes com doença cardiovascular isquêmica, e paciente com risco aumentado de eventos cardiovasculares isquêmicos, indicados pela presença de fatores de risco.
Em uma revisão externa dos estudos clínicos, treze casos (13/11.614; 0,11%) de eventos cardiovasculares isquêmicos, como infarto do miocárdio, angina instável ou acidente vascular cerebral foram observados em pacientes em tratamento com Zelmac®. Um evento foi observado em um paciente do grupo placebo (1/7.031; 0,01%). Uma segunda revisão externa confirmou um desequilíbrio numérico. Os eventos no grupo de Zelmac® foram principalmente observados em pacientes com doença cardiovascular isquêmica ou fatores de risco cardiovasculares pré-existentes. Médicos e pacientes devem estar atentos sobre o potencial para eventos como este neste grupo de pacientes. Não foi estabelecida a relação causal entre o uso de Zelmac® e esses eventos.
Zelmac® não deve ser iniciado em pacientes que estão apresentando ou apresentam diarreia frequentemente.
Pacientes apresentando diarreia grave durante o tratamento com Zelmac® (ver ?Reações Adversas?) devem ser orientados a consultar o médico.
Zelmac® deve ser descontinuado imediatamente em pacientes que desenvolvem hipotensão ou síncope (ver ?Reações Adversas?).
Zelmac® contém lactose, portanto, pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência grave de lactase ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar esse medicamento.
Mulheres com potencial para engravidar
Não existem dados para suportar recomendações especiais para mulheres com potencial para engravidar.
Gravidez
Dados sobre a exposição durante a gravidez indicaram a ausência de efeitos adversos do tegaserode na gravidez ou na saúde do feto e do recém-nascido. Até agora, não estão disponíveis outros dados epidemiológicos relevantes. Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez, desenvolvimento embrio-fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal. No entanto, face à experiência limitada em humanos, a utilização de Zelmac® durante a gravidez não é recomendada.
Este medicamento pertence à categoria de risco B na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
O tegaserode é excretado no leite de ratos fêmeas lactantes com uma razão leite-plasma elevada. Dado que também pode ser excretado no leite humano, o Zelmac® não deve ser prescrito a mulheres que estão amamentando.
Fertilidade
Não existem dados disponíveis sobre o efeito do Zelmac® na fertilidade humana. Zelmac® em doses orais de até 240 mg/kg/dia não apresentou efeito na fertilidade em ratos.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas.
Não foram identificadas interações medicamentosas clinicamente relevantes em estudos específicos de interações fármaco-fármaco ou após a utilização concomitante durante o programa do desenvolvimento clínico do tegaserode. Com base nos dados disponíveis atualmente, quando Zelmac® é coadministrado com outros fármacos, não são necessários ajustes posológicos para nenhum dos fármacos.
Síndrome do Intestino Irritável
Em estudos controlados por placebo, que envolveram 2.198 pacientes tratados com tegaserode durante um período de até 12 semanas a frequência de efeitos adversos nos pacientes que tomavam tegaserode foi semelhante à observada nos que tomavam o placebo, com exceção da diarreia.
A diarreia foi relatada como um efeito adverso por 11,7% dos pacientes em tratamento com o tegaserode nos ensaios clínicos, enquanto o valor correspondente para o placebo foi de 5,4%. Mesmo na subpopulação com mais de 3 evacuações/dia ou fezes moles/líquidas até 25% do tempo no início, a frequência na qual a diarreia foi reportada como um efeito adverso durante o tratamento foi apenas ligeiramente superior.
Na maioria dos casos ocorreu logo após o início do tratamento (média de 9 dias), foi transitória (duração média de 2 dias), mais frequentemente observada como um episódio único durante o período de tratamento de 12 semanas, e resolveu-se com a continuação da terapêutica. A taxa de descontinuação dos estudos devido à diarreia foi baixa (1,6% nos pacientes tratados com tegaserode e 0,5% no grupo do placebo).
Em estudos clínicos, um número pequeno de pacientes (0,04%) apresentou diarreia clinicamente significativa com hospitalização, hipovolemia, hipotensão e necessidade de infusão intravenosa de fluidos. A diarreia pode ser a resposta farmacológica ao Zelmac®.
A frequência da maioria dos outros efeitos adversos que ocorreram nos ensaios clínicos foi semelhante nos pacientes tratados com tegaserode e com placebo. Incluíram queixas gastrintestinais (ex. dor abdominal, náusea, flatulência), cefaleias, tonturas, dor lombar e doença semelhante à gripe.
Resumo da tabela das reações adversas de estudos clínicos
As reações adversas de estudos clínicos (veja Tabela 1), estão listadas de acordo com o sistema de classificação sistema-órgão do MedDRA. Em cada sistema de classe de órgão, as reações adversas a medicamentos estão listadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão listadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente, que utiliza a convenção a seguir (CIOMS III), também está disponível para cada reação adversa a medicamento: muito comum (? 1/10), comum (?1/100,
Tabela 1 ? Reações adversas em estudos clínicos
Distúrbios vasculares
Distúrbios vasculares | |
Muito raros | Distensão abdominal, diarreia, dor abdominal, náusea, |
Distúrbios gastrointestinais | |
Comuns | Dor de cabeça |
Distúrbios do sistema nervoso | |
Muito comum | Dor de cabeça |
Comum | Tontura |
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo | |
Comum | Dor nas costas |
Distúrbios gerais e condições no local de administração | |
Comum | Doenças semelhantes à gripe |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | |
Muito raro | Hipovolemia |
Reações adversas de relatos espontâneos e casos da literatura (frequência desconhecida)
As reações adversas a medicamentos a seguir foram identificadas baseadas em relatos espontâneos e estão organizadas de acordo com o sistema órgão e classe. Uma vez que essas reações foram reportadas voluntariamente por uma população de tamanho desconhecido, não é sempre possível estimar a frequência de modo confiável.
Tabela 2 ? Reações adversas de relatos espontâneos e literatura (frequência desconhecida)
Distúrbios vasculares: | colite isquêmica |
Distúrbios do sistema imunológico: | hipersensitividade tipo I, rash, urticária, prurido |
Distúrbios hepatobiliares: | hepatite, testes de função hepática anormais |
Distúrbios metabólicos e nutricionais: | hipocalemia |
Descrição de reações adversas selecionadas Eventos cardiovasculares
Nos ensaios clínicos de Síndrome do Intestino Irritável, tegaserode não foi associado a alterações nos intervalos do ECG.
Em uma revisão externa dos estudos clínicos, treze casos (13/11.614; 0,11%) de eventos cardiovasculares isquêmicos, como infarto do miocárdio, angina instável ou acidente vascular cerebral foram observados em pacientes em tratamento com Zelmac®. Um evento foi observado em um paciente do grupo placebo (1/7.031; 0,01%). Uma segunda revisão externa confirmou um desequilíbrio numérico. Eventos no grupo de Zelmac® foram principalmente observados em pacientes com doença cardiovascular isquêmica ou fatores de risco cardiovasculares pré-existentes. Não foi estabelecida a relação causal entre o uso de Zelmac® e esses eventos.
Foram relatados eventos isquêmicos cardiovasculares. A maioria destes eventos foi observada em pacientes com fator de risco cardiovascular subjacente (quando esta informação estava disponível). Embora relatos de alguns dos eventos cardiovasculares mostrem que estes ocorreram em torno do início do tratamento com Zelmac®, nenhum paciente específico ou evento característico pôde ser identificado.
Não foi estabelecida relação causal entre os casos relatados de eventos isquêmicos, hepatite, níveis anormais de transaminases e bilirrubina e Zelmac®.
A análise conjunta de um estudo epidemiológico não demonstrou desequilíbrio quanto aos eventos cardiovasculares isquêmicos entre pacientes que iniciaram Zelmac® (n = 52,229) e um grupo comparador (n = 52,229).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária ? NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Zelmac® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
ASPECTO FÍSICO
O comprimido de Zelmac® é esbranquiçado a levemente amarelado com uma superfície levemente áspera, circular, achatado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Sinais e sintomas
Não há experiência de intoxicação aguda com o tegaserode. Contudo, com base nos resultados obtidos em voluntários saudáveis a quem se administraram doses únicas orais equivalentes a 116 mg de tegaserode, os sinais e sintomas na superdose podem incluir diarreia, cefaleias, dor abdominal intermitente e hipotensão ortostática.
Tratamento
É improvável que o tegaserode seja removido por meio de diálise devido ao seu volume de distribuição elevado e à sua extensa ligação às proteínas plasmáticas. Na eventualidade de uma superdose, deve ser aplicada terapia sintomática e de suporte adequada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Grupo farmacoterapêutico: agonista parcial do receptor 5-HT4 (serotonina tipo-4). Código ATC: A03A E02.
Mecanismo de ação
Investigações clínicas demonstraram que tanto as funções motoras como sensoriais do intestino parecem estar alteradas em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII). O mecanismo de ação do tegaserode é demonstrado pela estimulação do reflexo peristáltico e da secreção intestinal e pela moderação da sensibilidade visceral via ativação dos receptores de serotonina tipo-4 (5-HT4), no trato gastrintestinal. O tegaserode liga-se com alta afinidade aos receptores 5-HT4 humanos, não tendo afinidade considerável para os receptores 5-HT3 ou para os receptores da dopamina. O tegaserode atua como um agonista parcial dos receptores 5-HT4 neuronais, desencadeando a liberação de outros neurotransmissores dos neurônios sensoriais, tais como o peptídeo gene-relacionado com a calcitonina. Os RNAm dos receptores 5-HT4 foram encontrados em todo trato gastrintestinal humano. Estudos in vivo mostraram que o tegaserode aumenta a atividade motora basal e normaliza a motilidade reduzida ao longo do trato gastrintestinal. Além disto, os estudos demonstraram que modera a sensibilidade visceral durante a distensão colo-retal em animais. Em um modelo animal de constipação, tegaserode normalizou a frequência e quantidade de fezes e melhorou a consistência.
Farmacodinâmica
Em estudos de farmacologia clínica, o tegaserode exibiu atividade pró-motílica ao longo do trato gastrintestinal. Em indivíduos saudáveis, o tegaserode administrado quer por infusão intravenosa de 0,6 mg ou como uma dose oral de 6 mg, reduziu significativamente o tempo de permanência intragástrica, acelerou o esvaziamento gástrico e reduziu o tempo de trânsito no intestino delgado e no cólon, em comparação com o placebo. O tegaserode mostrou uma forte tendência em reduzir o número de episódios de refluxo pós-prandiais e a exposição ao ácido, em pacientes com doença de refluxo gastroesofágico. Em pacientes com SII, o tegaserode reduziu a duração do trânsito no intestino delgado e facilitou o trânsito no cólon. O tegaserode melhorou consideravelmente a consistência das fezes e aumentou o número de evacuações; estes efeitos foram mais evidentes no primeiro dia de tratamento e persistiram durante um período de tratamento de 12 semanas em pacientes com SII. Dados de farmacologia clínica sugerem um envolvimento de mecanismos locais nas atividades farmacodinâmicas do tegaserode, de acordo com os resultados pré-clínicos.
Farmacocinética
Absorção
O tegaserode é rapidamente absorvido após administração oral; os picos de concentração plasmática são atingidos após aproximadamente 1 hora. A biodisponibilidade absoluta é cerca de 10%, em jejum. Os alimentos reduziram a biodisponibilidade do tegaserode em 40-65% e a Cmáx em aproximadamente 20-40%.
Distribuição
O tegaserode liga-se, aproximadamente, 98% às proteínas plasmáticas, principalmente à 1-ácido glicoproteína. Após administração intravenosa é extensamente distribuído pelos tecidos, com um volume de distribuição de 368 223 litros, no estado de equilíbrio.
Metabolismo
O tegaserode possui duas principais vias metabólicas. A primeira envolve a hidrólise pré-sistêmica catalisada por ácido, que ocorre no estômago, seguida de oxidação e conjugação, resultando no principal metabólito do tegaserode, o ácido 5- metoxi-indol-3-carboxílico glicurônico. O metabólito principal tem uma afinidade insignificante para os receptores 5- HT4. Em humanos, não houve alteração estatisticamente significativa quando da exposição sistêmica do tegaserode a valores de pH gástrico neutros. A segunda via metabólica é a glicuronidação direta, a qual conduz à formação de três N- glicuronídios isoméricos.
In vitro, o tegaserode não indicou inibição das isoenzimas CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1 e CYP3A4, do citocromo P450, enquanto a inibição das isoenzimas CYP1A2 e CYP2D6 não pode ser excluída e foi por isso estudada in vivo. O principal metabólito humano não inibiu a atividade de nenhuma das isoenzimas do citocromo P450 descritas acima.
Eliminação
O clearance (depuração) plasmático do tegaserode é de 77 15L/h, com uma meia-vida terminal estimada (t1/2) de 11 5h após a administração intravenosa. Aproximadamente dois terços de uma dose administrada por via oral são excretados inalterados nas fezes, com o terço restante excretado na urina, primariamente na forma do metabólito principal.
A farmacocinética do tegaserode é proporcional à dose na faixa de 2 a 12 mg administrados duas vezes por dia durante 5 dias, sem acúmulo relevante de tegaserode no plasma.
A farmacocinética do tegaserode em pacientes com SII é comparável à de indivíduos saudáveis e é semelhante entre homens e mulheres.
Populações especiais
Idosos: a farmacocinética do tegaserode foi semelhante entre homens jovens e idosos, enquanto a AUC média e a Cmáx são, respectivamente, 40% e 22% superiores em mulheres idosas em comparação com as jovens, mas ainda dentro da faixa de variação verificada em indivíduos saudáveis.
Insuficiência hepática: em indivíduos com insuficiência hepática leve a moderada (cirrose hepática), a AUC média foi 43% superior e a Cmáx 18% superior. Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve, entretanto, recomenda-se precaução quando se utiliza tegaserode nessa população de pacientes. Apesar da insuficiência hepática leve a moderada não alterar significativamente a farmacocinética de tegaserode, uma piora da função hepática (cujos indicadores são albumina sérica diminuída e ácidos dihidroxi e trihidroxi biliares aumentados) pode resultar em exposição elevada ao tegaserode.
O tegaserode não foi estudado adequadamente em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave e, portanto não deve ser utilizado nesses pacientes (ver ?Contraindicações?).
Insuficiência renal: não foi observada alteração na farmacocinética do tegaserode em indivíduos com insuficiência renal grave, que requerem hemodiálise (clearance da creatinina 15 mL/min/L,73 m2).
Não é necessário ajuste de doses em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Tegaserode não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência renal grave devido ao aumento de 10 vezes na AUC do principal metabólito M29 (ver ?Contraindicações?).
Dados de segurança não clínicos
Diversos estudos de segurança pré-clínica com várias espécies animais não revelaram evidências de toxicidade sistêmica ou de órgãos alvo. Os efeitos pré-clínicos foram observados somente em exposições consideradas suficientemente excessivas à exposição humana máxima, indicando pequeno significado no uso clínico.
Uma série de investigações in vitro usando tecido humano ou preparações celulares foi realizada para avaliar os efeitos potenciais de tegaserode nos mecanismos que poderiam conduzir aos eventos cardiovasculares isquêmicos. O tegaserode não causa vasoconstrição em artérias coronárias humanas isoladas em concentrações que excedem a exposição máxima recomendada a humanos. Plaquetas humanas expostas ao tegaserode mostraram um leve aumento no potencial de agregação quando expostas a concentrações supra-terapêuticas; a relação destes achados in vitro com os eventos cardiovasculares isquêmicos dos estudos clínicos não é clara.
Síndrome do Intestino Irritável
Estudos clínicos demonstraram que Zelmac® proporciona melhora da dor e desconforto abdominais, da distensão e do funcionamento intestinal alterado em pacientes com SII que identificam a dor/desconforto abdominal e a constipação como os seus sintomas principais.
Em dois estudos multicêntricos duplo-cegos, controlados por placebo, foram estudados 1.680 pacientes com uma história de, no mínimo, 3 meses de sintomas de SII incluindo dor abdominal e função intestinal alterada. Em todos os pacientes, a alteração da função intestinal foi caracterizada por dois de três sintomas de constipação em pelo menos 25% do tempo, especificamente 3 evacuações/dia, fezes moles ou líquidas ou urgência em defecar. Um período inicial de 4 semanas sem placebo foi seguido por um período de tratamento com a duração de 12 semanas. Os pacientes classificaram a sua resposta semanal usando a Avaliação Global Individual (AGI) do Alívio, que levou em consideração o bem-estar global, sintomas da dor e do desconforto abdominal e função intestinal alterada. O tratamento com Zelmac® esteve associado a uma melhoria significativa na AGI do Alívio. Isto é sustentado por várias outras medidas de eficácia relevantes para SII, ou seja, redução na dor/desconforto abdominais, redução no número de dias com distensão significativa, aumento no número de evacuações, melhoria da consistência das fezes e redução do número de dias sem evacuações.
O início de ação, conforme avaliado pela AGI do Alívio, foi observado precocemente, em uma semana depois do início do tratamento e manteve-se durante o período de tratamento de 12 semanas. A gravidade dos sintomas dos pacientes, a utilização de antidepressivos tricíclicos ou de inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou a ingestão diária de fibras alimentares não pareceu afetar a eficácia do Zelmac®.
Zelmac® não teve um efeito no intervalo QTc, em comparação ao placebo. Isto foi consistente com os resultados pré- clínicos.
Em um estudo aberto, com a duração de 12 meses, 579 pacientes foram tratados com Zelmac®, tendo completado o estudo 53% dos mesmos. Entre os pacientes que responderam no mês três, 59% ainda responderam após os 12 meses de tratamento. O perfil de segurança e tolerabilidade foi semelhante ao observado durante os estudos de fase 3, controlados por placebo.
MS – 1.0068.0185
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer ? CRF-SP 18.150
Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 – São Paulo ? SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por: Novartis Farmacéutica S.A., Barberà Del Vallès, Barcelona, Espanha
Embalado por: Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP
Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Zelmac® é indicado para mulheres com diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, com até 55 anos de idade, sem doenças cardiovasculares conhecidas ou fatores de risco para elas.
2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O tegaserode é a substância ativa do Zelmac®.
Zelmac® atua estimulando o movimento e a secreção intestinal, além de moderar a sensibilidade visceral através da ligação de alta afinidade com receptores específicos (receptores de serotonina tipo-4 ou 5HT4) no trato gastrintestinal. O tegaserode é rapidamente absorvido após administração oral; os picos de concentração plasmática são alcançados após aproximadamente 1 hora. Noventa e oito por cento de tegaserode liga-se às proteínas plasmáticas. Aproximadamente dois terços de uma dose administrada por via oral são excretados inalterados nas fezes, o terço restante é excretado na urina.
Zelmac® aumenta a ação da serotonina (uma substância química do corpo) nos intestinos, que é responsável pelo movimento das fezes (movimentos intestinais) através do intestino.
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve usar Zelmac®:
Se for alérgico ao tegaserode ou a algum dos componentes da fórmula.
Se estiver com problemas do fígado ou dos rins.
Se frequentemente apresenta ou está apresentando diarreia.
Se tiver uma doença cardíaca, ou se teve um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral no passado.
Se apresentar risco de ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (por exemplo, se você tem pressão arterial elevada ou colesterol alto).
Caso qualquer uma dessas características se aplique a você, informe seu médico antes de utilizar Zelmac®. Se você acha que pode ser alérgico, converse com seu médico.
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Zelmac® somente será prescrito a você por um médico. Siga cuidadosamente as orientações do seu médico, mesmo se elas diferirem das informações gerais contidas nesta bula.
Leia as seguintes informações antes de utilizar Zelmac:
Tome cuidado especial com Zelmac®
Se você apresenta intolerância a alguns açúcares, informe ao seu médico antes de usar Zelmac®.
Se você apresentar diarreia grave ou sinais de hipotensão (como tonturas ou fraqueza) durante o tratamento com Zelmac®, você deve falar com seu médico imediatamente. Seu médico poderá interromper o tratamento.
Se você desenvolver qualquer problema cardíaco, como pressão ou dor no peito e/ou falta de ar após tomar Zelmac®, entre em contato com seu médico.
Caso qualquer uma dessas situações se aplique a você, informe seu médico antes de utilizar Zelmac®. Seu médico decidirá se este medicamento pode ser indicado para você.
Tomando Zelmac® com outros medicamentos
Não foram verificadas interações de Zelmac® com a maioria dos medicamentos. No entanto, informe seu médico ou farmacêutico se você está tomando ou tomou recentemente qualquer outro medicamento, incluindo aqueles obtidos sem prescrição médica ou fitoterápica.
Zelmac® com alimentos e bebidas
Zelmac® deve ser tomado antes das refeições.
Pacientes idosos
O uso em pacientes idosos não é recomendado e deve restringir-se a mulheres com menos de 55 anos de idade.
Crianças
O uso em crianças não foi estudado, portanto, não é recomendado.
Gravidez e lactação
Este medicamento não é recomendado para uso em mulheres grávidas. Se você ficar grávida durante o tratamento com Zelmac®, pare de tomar o medicamento e consulte seu médico informando-o sobre isto.
É provável que Zelmac® passe para o leite materno. Desta forma, não se deve amamentar durante o tratamento com Zelmac®.
Consulte seu médico ou farmacêutico antes de utilizar qualquer medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas: não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos ou de utilizar máquinas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve guardar este medicamento em local seguro e conservá-lo em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
ASPECTO FÍSICO
O comprimido de Zelmac® é esbranquiçado a levemente amarelado com uma superfície levemente áspera, circular, achatado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Quanto de Zelmac® tomar
Você deve tomar um comprimido de 6 mg, duas vezes ao dia.
Quando tomar Zelmac®
O comprimido deve ser ingerido por via oral, com um copo de água e antes das refeições. A dose máxima diária é de 12 mg.
Sempre use Zelmac® exatamente como seu médico orientou. Se não estiver seguro, consulte seu médico novamente. Se tiver a impressão de que o efeito de Zelmac® é muito forte ou muito fraco, converse com seu médico ou farmacêutico.
Por quanto tempo tomar Zelmac®
Use Zelmac® durante o período indicado pelo seu médico. Normalmente Zelmac® é utilizado por até 12 semanas.
Idosos
O uso em pacientes idosos não é recomendado e deve restringir-se a mulheres com menos de 55 anos de idade.
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário um ajuste posológico em pacientes com insuficiência hepática leve. Zelmac® não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática moderada a grave, e, portanto não é recomendado para esses pacientes.
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Zelmac® não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você se esqueça de tomar um comprimido, tome o comprimido seguinte antes da próxima refeição. Não tome uma dose dobrada de Zelmac® para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Assim como com todos os medicamentos, pacientes tratados com Zelmac® podem apresentar reações adversas, embora nem todos as apresentem.
Se você apresentar qualquer uma dessas reações, entre imediatamente em contato com seu médico.
Em casos raros, foram relatadas reações alérgicas que incluem ?rash?, urticária e prurido. Em casos muito raros podem ocorrer reações alérgicas graves (por exemplo, reações envolvendo dificuldades de respiração).
Sintomas de ataque cardíaco ou outros problemas cardíacos como pressão ou dor no peito, falta de ar, ou sintomas de acidente vascular cerebral, como fraqueza ou perda de sensibilidade, foram relatados raramente em pacientes com fatores de risco cardiovascular (por ex.: pressão sanguínea elevada, colesterol alto, doenças cardíacas prévias ou existentes).
Raramente foram relatados sintomas de colite isquêmica (como hemorragia retal, diarreia com sangue, dor abdominal ou piora da dor abdominal).
Muito raramente foram relatadas alterações nos testes da função hepática (por ex.: níveis de transaminases e bilirrubina aumentados) e sintomas de hepatite (como náusea, perda de apetite, mal estar).
Outras reações adversas causadas por Zelmac® são normalmente leves (com exceção de diarreia grave) e estão principalmente relacionadas com o trato gastrintestinal. A diarreia pode comumente ocorrer como um episódio único nos primeiros dias de tratamento. É muito improvável que a diarreia continue ou que ocorra depois dos primeiros dias de tratamento.
Se qualquer uma das reações acima te afetar gravemente, informe seu médico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não há experiência de intoxicação aguda com o tegaserode. Contudo, com base nos resultados obtidos durante os estudos clínicos com o produto, com administração de doses únicas orais equivalentes a 116 mg de tegaserode, os sinais e sintomas da superdose podem incluir diarreia, dor de cabeça, dor abdominal intermitente e pressão baixa.
Informe imediatamente o seu médico se você tomar muitos comprimidos de Zelmac®.
Na eventualidade de uma superdose, o médico deverá aplicar terapia sintomática e de suporte adequada. É improvável que o tegaserode seja removido por meio de diálise devido ao seu volume de distribuição elevado e à sua extensa ligação às proteínas plasmáticas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
12/12/2016
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