Bula do medicamento Dobutariston


Dobutariston – Bula do remédio

Dobutariston com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Dobutariston têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Dobutariston devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Laboratório

Ariston

Apresentação de Dobutariston

Embalagens contendo 20 ampolas de 20 mL individualizadas.

Solução injetável.

COMPOSIÇÃO

Cada ampola com 20 mL contém 280 mg de cloridrato de dobutamina equivalente a 250 mg de dobutamina.

Cada mL da solução injetável contém:

cloridrato de dobutamina (equivalente a 12,50 mg de dobutamina base)…………………………..14,01 mg

excipientes (metabissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injeção) q.s.p……………………….1 mL

Obs.: pode ser utilizado ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio durante a fabricação para ajustar o pH.

Dobutariston – Indicações

A dobutamina está indicada, quando há necessidade de suporte inotrópico; durante o tratamento de pacientes com estado de hipoperfusão, nos quais, o débito cardíaco é insuficiente para suportar as demandas circulatórias; durante o tratamento de pacientes, onde, a pressão de enchimento ventricular está aumentada podendo levar a um risco de congestão pulmonar e edema.

A dobutamina é eficaz no tratamento em curto prazo da descompensação cardíaca, que pode ocorrer após cirurgia cardíaca ou em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou infarto agudo do miocárdio. Nesses pacientes, a dobutamina aumenta o débito cardíaco e o volume sistólico, geralmente sem aumento pronunciado da frequência cardíaca.

Contra-indicações de Dobutariston

A dobutamina está contraindicada em casos de estenose subaórtica hipertrófica idiopática (a obstrução pode aumentar), feocromocitoma (pode ocorrer hipertensão grave), taquiarritmias ou fibrilação ventricular (pode ocorrer exacerbação da arritmia) e em pacientes com hipersensibilidade à dobutamina.

Advertências

Aumento na frequência cardíaca ou na pressão sanguínea

A dobutamina pode causar um aumento pronunciado na frequência cardíaca ou na pressão sanguínea, especialmente na pressão sistólica. Aproximadamente 10% dos pacientes, em estudos clínicos, tiveram aumento da frequência cardíaca de 30 batimentos por minuto, ou mais, e cerca de 7,5% tiveram aumento igual ou maior que 50 mmHg na pressão sistólica. Geralmente a redução da dose reverte prontamente esses efeitos. Como a dobutamina facilita a condução atrioventricular, pacientes com fibrilação atrial têm risco de desenvolver resposta ventricular rápida. Pacientes com hipertensão preexistente parecem ter um risco aumentado de desenvolver uma resposta pressora exagerada.

Atividade ectópica

A dobutamina pode precipitar ou exacerbar atividade ectópica ventricular, mas isso raramente tem causado taquicardia ventricular.

Enchimento ventricular prejudicado e obstrução do esvaziamento ventricular

Os agentes inotrópicos, incluindo dobutamina, não melhoram a hemodinâmica na maioria dos pacientes com obstrução mecânica importante que prejudica o enchimento ou o esvaziamento ventricular, ou ambos. A resposta inotrópica pode ser inadequada em pacientes com distensibilidade ventricular reduzida.

Estas condições estão presentes no tamponamento cardíaco, estenose da válvula aórtica e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva. Efeitos inotrópicos benéficos podem ser vistos em alguns pacientes se o coração é dilatado ou sob efeitos excessivos de antagonistas de beta receptores adrenérgicos.

Reação de hipersensibilidade

Pode ocasionalmente incluir erupção cutânea, prurido do couro cabeludo, eosinofilia, febre e broncoespasmo.

Gerais

Durante a administração de dobutamina, como ocorre com qualquer catecolamina parenteral, a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e a taxa de infusão devem ser monitorados. Quando a terapia é iniciada, é aconselhável a monitoração eletrocardiográfica antes que uma resposta estável seja alcançada. Quedas repentinas na pressão sanguínea são descritas em associação com uma terapia de dobutamina. A diminuição da dose ou a interrupção da infusão tipicamente resulta num rápido retorno da pressão sanguínea a níveis basais, mas, em raras ocasiões, a intervenção pode ser necessária e a reversibilidade pode não ser imediata.

Também devem ser monitorados a pressão capilar pulmonar e o débito cardíaco.

Uso após infarto agudo do miocárdio

A experiência clínica com a dobutamina após infarto do miocárdio é insuficiente para estabelecer a segurança do medicamento para este uso. Há consenso que qualquer agente que aumente a força contrátil e a frequência cardíaca pode aumentar a área de infarto por intensificação da isquemia, mas não é conhecido se a dobutamina exerce tal efeito.

Hipotensão

Em geral, quando a pressão arterial é menor que 70 mmHg na ausência de um aumento do enchimento ventricular, a hipovolemia pode estar presente e pode ser necessário tratamento com soluções repositoras de volume antes da dobutamina ser administrada.

Testes de Laboratório

A dobutamina pode produzir leve redução nas concentrações séricas de potássio, raramente causando níveis de hipocalemia. Deve-se considerar a monitorização do potássio sérico.

Uso na Gravidez (segundo classificação do FDA americano)

Estudos de reprodução realizados em ratos com dose até a dose normal em humanos (10 mcg/kg/min em 24 horas, dose total de 14,4 mg/kg), e em coelhos com doses até o dobro da dose normal em humanos, não revelou qualquer evidência de dano fetal provocado pela dobutamina. Não há, entretanto, qualquer estudo adequado e bem controlado em mulheres grávidas. Uma vez que estudos de reprodução em animais nem sempre são preditivos da resposta em humanos, este medicamento não deve ser usado durante a gravidez, a não ser que seja evidentemente necessário.


Categoria de risco: categoria B

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS

SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.

Trabalho de Parto

O efeito da dobutamina no trabalho de parto é desconhecido.

Mães amamentando

Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno humano. Por precaução recomendasse que o aleitamento seja interrompido enquanto durar o tratamento.

Carcinogênese, mutagênese, diminuição da fertilidade

Estudos para avaliar o potencial carcinogênico ou mutagênico da dobutamina, ou seu potencial para afetar a fertilidade, não foram conduzidos.

Sensibilidade ao metabissulfito

Dobutariston® contém metabissulfito de sódio, um sulfito que pode causar reações de hipersensibilidade, incluindo sintomas anafiláticos e de risco de morte em alguns indivíduos suscetíveis a episódios asmáticos menos graves. A prevalência total de hipersensibilidade ao sulfito na população geral é desconhecida e é provavelmente baixa. A sensibilidade ao sulfito tem sido observada mais frequentemente em pessoas asmáticas do que em não asmáticas.

Ruptura cardíaca como complicação do infarto do miocárdio

A ruptura cardíaca é uma complicação potencial do infarto do miocárdio. O risco da ruptura cardíaca pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo localização, momento e duração do infarto. Foram relatados raros casos de ruptura cardíaca durante o teste de estresse com dobutamina; estes eventos ocorreram durante a avaliação de pré-alta em pacientes hospitalizados com infarto do miocárdio recente (entre 4 e 12 dias). Pacientes considerados com risco de apresentar uma ruptura cardíaca durante o teste com dobutamina, devem ser cuidadosamente avaliados.

Interações medicamentosas de Dobutariston

Os efeitos da dobutamina podem ser neutralizados por antagonistas beta adrenérgicos. Durante o tratamento com beta antagonistas, baixas doses de dobutamina irão manifestar graus variados de atividade alfa adrenérgica, como vasoconstrição. Devido à interação entre a dobutamina e os antagonistas nos receptores beta ser reversível, estas duas classes de drogas irão competir entre elas.

O uso concomitante de dobutamina com epinefrina, norepinefrina e levonordefrina poderá aumentar os efeitos pressores vasoconstritores dos mesmos.

A dobutamina poderá aumentar a vasoconstrição com o uso concomitante de ergotamina, ergonovina, metilergonovina, metisergida e oxitocina.

Poderá aumentar o risco de arritmias cardíacas e de hipertensão arterial grave com o uso concomitante de antidepressivos tricíclicos (maprotilina).

Poderá ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores, sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com: cocaína; IMAO* (inibidores da monoamina-oxidase), incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina, aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.

O uso concomitante de dobutamina com medicamentos digitálicos poderá aumentar o risco de arritmias cardíacas.

*Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir doses de simpaticomiméticos muito menores que as habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual); o uso de doses menores, nesses pacientes, pode evitar reações adversas graves.

Incompatibilidades e compatibilidades

Incompatibilidades – A dobutamina é incompatível com soluções alcalinas; não misturar com produtos como a solução de bicarbonato de sódio a 5%. Não usar a dobutamina em conjunto com outros agentes ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol. A dobutamina é também incompatível com: succinato sódico de hidrocortisona; cefazolina; cefamandol; cefalotina neutra; penicilina; ácido etacrínico e heparina sódica.

Compatibilidades – A dobutamina é compatível quando administrada por tubos tipo Y com dopamina, lidocaína, verapamil, nitroprussiato, cloreto de potássio.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Dobutariston

Aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e atividade ectópica ventricular

Um aumento da pressão sistólica de 10 a 20 mmHg e um aumento da frequência cardíaca de 5 a 15 batimentos/minuto foram observados na maioria dos pacientes. Aproximadamente 5% dos pacientes adultos tiveram aumento de batimentos ventriculares prematuros durante as infusões. Estes efeitos são relacionados às doses. Hipertensão arterial também pode ocorrer.

Outras reações adversas incluem: intensificação da isquemia, taquicardia, palpitações, extra-sístole ventricular, taquicardia ventricular.

Foram relatados raros casos de ruptura cardíaca fatal durante o teste de estresse com dobutamina.

Reações no local da infusão intravenosa

Ocasionalmente pode ocorrer flebite. Alterações inflamatórias locais foram descritas após infiltração inadvertida. Casos isolados de necrose cutânea foram relatados.

Hipotensão arterial

Queda acentuada da pressão arterial foi descrita ocasionalmente em associação com a dobutamina. A diminuição da dose ou a interrupção da infusão resulta em rápido retorno da pressão arterial aos níveis basais. Em raros casos, entretanto, pode ser necessária a intervenção e a reversão pode não ser imediata.

Outros efeitos

As seguintes reações adversas foram relatadas em 1 a 3% dos pacientes adultos: náusea, cefaleia, dor anginosa, dor torácica inespecífica, respiração curta e flebite. Pode ocorrer também erupção cutânea.

Casos isolados de trombocitopenia foram relatados. A administração de dobutamina como a de qualquer outra catecolamina, pode produzir leve redução das concentrações séricas de potássio, raramente a nível hipocalêmico.

Dobutariston – Posologia

As doses são dadas em termos de dobutamina base.

Preparação

Recomenda-se, antes da administração, a diluição da solução de Dobutariston® com os seguintes diluentes: glicose 5%, cloreto de sódio 0,9%.

As diluições devem ser feitas considerando as necessidades de fluidos do paciente.

Concentrações das soluções

A ampola original de Dobutariston® contém uma solução com 250 mg de dobutamina em 20 mL.

Diluído* para 1000 mL obtém-se a concentração 250 mcg/mL.

Diluído* para 500 mL obtém-se a concentração 500 mcg/mL.

Diluído* para 250 mL obtém-se a concentração 1000 mcg/mL.

Obs.: concentrações de até 5000 mcg/mL foram administradas a humanos (250 mg de dobutamina diluídos para 50 mL; observar, no entanto, que 5000 mcg/mL é a concentração máxima permitida).

Doses e velocidades de infusão

Para aumentar o débito cardíaco geralmente se emprega uma dose de 2,5 a 10 mcg/kg/min. Recomendase iniciar com a dose menor (2,5 mcg/kg/min).

Adultos

A infusão de dobutamina deve ser iniciada com a dose mais baixa (2,5 mcg/kg/min) e titulada a intervalos de alguns minutos, guiada pela resposta do paciente. As doses geralmente se situam entre 2,5 a 10 mcg/kg/min na maioria dos pacientes. Freqüentemente doses de até 20 mcg/kg/min são necessárias para melhora adequada da hemodinâmica, em raras ocasiões, doses de até 40 mcg/kg/min foram utilizadas. Na Tabela 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.

Tabela 1 – Velocidade de infusão das concentrações de 250, 500 e 1000 mcg/mL de cloridrato de dubutamina.

Dose desejada

VELOCIDADE DE INFUSÃO (mL/kg/min)*

mcg/kg/min

250 mcg/mL

500 mcg/mL

1000 mcg/mL

2,5

0,01

0,005

0,0025

5

0,02

0,01

0,005

7,5

0,03

0,015

0,0075

10

0,04

0,02

0,01

12,5

0,05

0,025

0,0125

15

0,06

0,03

0,015

Superdosagem

Superdoses de dobutamina foram raramente relatadas. As seguintes medidas são apontadas para servir de guia caso uma superdose ocorra:


Sinais e Sintomas

A toxicidade da dobutamina é geralmente devida à excessiva estimulação dos receptores beta.

A duração de ação da dobutamina é geralmente curta (T½ = 2 minutos). Os sintomas de toxicidade podem incluir anorexia, náusea, vômitos, tremor, ansiedade, palpitações, cefaleia, respiração curta e dor torácica tipo angina ou inespecífica. Os efeitos inotrópicos e cronotrópicos da dobutamina sobre o miocárdio podem causar hipertensão, taquiarritmias, isquemia miocárdica e fibrilação ventricular.

A hipotensão pode resultar da vasodilatação.

Tratamento

Diante de um caso de superdose deve-se considerar a possibilidade de superdose de diversos medicamentos, interação entre medicamentos, e uma cinética não usual do medicamento em seu paciente.

As ações iniciais a serem tomadas no caso de uma superdose são: interrupção da administração, estabelecer um acesso às vias respiratórias e garantir a oxigenação e a ventilação. Medidas de ressuscitação devem ser iniciadas prontamente. Taquicardias ventriculares graves podem ser tratadas com sucesso com propranolol ou lidocaína. A hipertensão geralmente responde à redução da dose ou interrupção do tratamento.

Se for necessário, monitorizar meticulosamente e manter, dentro de limites aceitáveis, os sinais vitais, gases sanguíneos, eletrólitos, etc.

Se o produto for ingerido acidentalmente, pode haver uma absorção imprevisível pela boca e trato gastrintestinal. A absorção do medicamento pelo trato gastrintestinal pode ser diminuída pela administração de carvão ativado. Doses repetidas de carvão podem acelerar a eliminação de algum medicamento que foi ingerido. Proteja as vias aéreas do paciente quando estiver usando o carvão.

A diurese forçada, diálise peritoneal, hemodiálise ou hemoperfusão de carvão não foram estabelecidas como benéficas para uma superdose de dobutamina.

Características farmacológicas

Características químicas

Dobutariston® (cloridrato de 1, 2-benzenodiol, 4-[2-[[3-(4-hidroxifenil)-1 metilpropil]aminoetil]), é uma catecolamina sintética.

Características farmacológicas

A dobutamina é um agente inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da estimulação dos receptores beta 1 do coração, tem poucos efeitos alfa 1 (vasoconstritor) e beta 2 (vasodilatador). A dobutamina não depende da liberação de norepinefrina endógena e, portanto, não depende das reservas cardíacas desse mediador.

Os efeitos sobre a frequência cardíaca, a condução intracardíaca e a pressão arterial são moderados.

A fraca elevação da pressão arterial se explica pela compensação do aumento do débito cardíaco concomitante com a diminuição da resistência vascular periférica. A dobutamina aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco. Diminui a pressão ventricular de enchimento (reduz a pré-carga) e as resistências vascular pulmonar e sistêmica total.

Como a dobutamina não age sobre receptores dopaminérgicos, não dilata seletivamente os vasos renais ou esplâncnicos, assim, a dobutamina pode melhorar o débito sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular, o débito urinário e a excreção de sódio.

Experimentos clínicos mostraram que a dobutamina não aumenta ou aumenta pouco o consumo de oxigênio pelo miocárdio, salvo nos casos onde houve aumento da frequência cardíaca e/ou da pressão arterial.

A dobutamina demonstrou facilitar a condução atrioventricular em estudos eletrofisiológicos no homem e em casos de pacientes com fibrilação ou flutter atrial.

A alteração da concentração sináptica de catecolaminas, tanto com a reserpina quanto com antidepressivos tricíclicos, não altera as ações da dobutamina em animais, indicando que as ações da dobutamina não dependem de mecanismos pré-sinápticos.

A velocidade de infusão efetiva de dobutamina varia amplamente de paciente para paciente, e a titulação é sempre necessária.

Farmacocinética: início da ação: 1 a 2 minutos, entretanto, podem ser necessários até 10 minutos para o início da ação quando a velocidade de infusão é baixa; meia vida plasmática: 2 minutos; meia-vida de eliminação: cerca de 9 minutos; duração de ação: menos de 5 minutos; metabolização: ocorre no fígado, gerando produtos inativos; eliminação: renal.

Resultados de eficácia

A dobutamina estimula receptores beta-1, produzindo aumento da frequência cardíaca. Em doses maiores, a atividade beta-2 adrenérgica pode resultar em aumento da frequência cardíaca e vasodilatação sistêmica. A dobutamina tende a diminuir a pressão venosa central e a pressão arterial sistêmica, quando houver hipovolemia associada e a pressão capilar pulmonar por meio de suas propriedades vasodilatadoras1.

O débito urinário é aumentado, pois ocorre aumento do débito cardíaco e melhora da perfusão sistêmica. A dobutamina promove a vasodilatação e aumenta o fluxo das artérias coronárias, com consequente aumento do fluxo sanguíneo, geralmente em grau proporcional ou maior que o aumento do consumo de oxigênio produzido pelo inotropismo2.

A dobutamina é eficaz no tratamento em curto prazo da descompensação cardíaca, que pode ocorrer após cirurgia cardíaca ou em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva ou infarto agudo do miocárdio. Nesses pacientes, a dobutamina aumenta o débito cardíaco e o volume sistólico, geralmente, sem aumento pronunciado da frequência cardíaca 3,4.

1. ZORNOFF, L. A. M.; AZEVEDO, P. S., MINICUCCI, M. F., MOLINA, R. B. G. Abordagem clínica do paciente com insuficiência cardíaca aguda após infarto do miocárdio. Revista Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, 2004, v.1, p.19-26.

2. KOPEL, L.; CARVALHO, T. R.; LAGE, S. G.; Indicações de agentes inotrópicos na insuficiência cardíaca. Revista Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, 2004, v.1, p. 68-75.

3. VILAS-BOAS, F.; FOLLATH, F. Tratamento Atual da Insuficiência Cardíaca Descompensada. Arq. Bras. Cardiol., 2006, v. 87, n.3, p. 369-377.

HOFFMAN B. B. Catecolaminas, Fármacos Simpaticomiméticos e Antagonistas dos Receptores

Adrenérgicos in GOODMAN & GILMAN As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 2003, ed.10, p. 173. Rio de Janeiro; Mc Graw-Hill.

Modo de usar

A dobutamina possui uma meia-vida curta, então ela deve ser administrada por infusão intravenosa contínua. Seguindo a iniciação de uma infusão a uma taxa constante ou após mudança da taxa de infusão, um estado de equilíbrio da concentração da dobutamina no plasma é alcançado em aproximadamente 10 minutos. Assim, doses de ataque ou injeções em bolus não são necessárias e não são recomendadas.

Atenção: antes de instituir a medicação, observe os cuidados de administração e cuidados de monitoração do paciente.

Cuidados de administração

A dobutamina não é substituto da reposição de sangue, plasma, fluidos ou eletrólitos.

Antes da administração da dobutamina, a hipovolemia deve ser corrigida, se possível com sangue total ou com um expansor do volume plasmático.

Usar uma bomba de infusão ou outro aparelho capaz de controlar a velocidade de infusão, para evitar a administração de doses maciças.

As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica individual. Alguns pacientes podem necessitar de doses mais elevadas que as usuais.

Administrar a dobutamina em veia de grosso calibre ou diretamente na circulação central.

Ao interromper a medicação, as doses devem ser reduzidas gradualmente (a interrupção rápida pode causar hipotensão). Se necessário, para evitar hipotensão, deve-se repor fluido intravascular.

Deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento, pode danificar os tecidos atingidos.

Conduta em casos de extravasamento (isquemia por extravasamento): para prevenir a necrose em áreas onde o extravasamento ocorreu, o local deve ser infiltrado prontamente com 10 a 15 mL de soro fisiológico 0,9% para injeção com 5 a 10 mg de fentolamina. Deve ser utilizada, uma seringa com agulha hipodérmica fina e a solução deve ser infiltrada por toda a área afetada. Se a área é infiltrada dentro de 12 horas, o bloqueio simpático com fentolamina produz imediatas e visíveis mudanças locais hiperêmicas.

O profissional da saúde deverá inspecionar, antes de sua utilização, se a solução no interior da ampola está na forma líquida, livre de fragmentos ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento.

A solução pode sofrer uma alteração de cor (escurecer), esta mudança de cor da solução não altera a potência do medicamento.

Deve ser administrado por profissionais experientes e em locais onde contenham os equipamentos necessários para emergências.

Cuidados de monitoração

Pacientes recebendo simpaticomiméticos necessitam ser bem monitorados. Recomendam-se as seguintes medidas:

– monitorar continuamente a pressão arterial, o eletrocardiograma (ECG) e o fluxo urinário do paciente.

Adicionalmente, monitorar também:

– débito cardíaco;

– pressão venosa central;

– pressão capilar pulmonar de oclusão;

– potássio sérico.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em pacientes idosos

Não há diferenças na segurança e na eficácia entre indivíduos idosos e indivíduos mais jovens. Em outra experiência clínica relatada, não foram identificadas diferenças nas respostas entre pacientes idosos e mais jovens, mas uma maior sensibilidade entre os indivíduos idosos não pode ser descartada.

Em geral, a escolha da dose nos pacientes idosos deve ser cautelosa, geralmente começando com a dose mais baixa da faixa terapêutica, devido a maior frequência de diminuição da função hepática, renal ou cardíaca e pelas terapias e doenças concomitantes.

Nenhuma melhora pode ser obtida na presença de obstrução mecânica importante.

Armazenagem

O medicamento deve ser armazenado em local fresco (8ºC a 15ºC).

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

USO RESTRITO A HOSPITAIS

Lote, fabricação e validade: vide embalagem.

Reg. MS nº 1.0270.0092

Farm. Resp.:

Dr. Celso C. Hojaij

CRF-SP nº 15.815

Ariston Indústrias Químicas e Farmacêuticas Ltda.

CNPJ 61.391.769/0001-72

Rua Adherbal Stresser, 84

CEP 05566-000 – São Paulo – SP

Indústria Brasileira

Data da bula

16/08/2013

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