Bula do medicamento Didanosina


Didanosina – Bula do remédio

Didanosina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Didanosina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Didanosina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

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Laboratório

Lafepe

Apresentação de Didanosina

cáps. 25 e 100 mg fr. c/ 60 un.

Didanosina – Indicações

No tratamento de pacientes adultos c/ infecção avançada pelo HIV, que receberam terapia prévia c/ zidovudina. Esta indicação está baseada nos resultados de estudos comparativos em pacientes adultos que receberam pelo menos 2 meses de tratamento prévio c/ zidovudina. Os resultados demonstram que o tratamento c/ Didanosina (500 mg/dia em sachê, que é equivalente a 400 mg/dia do comp. tamponado mastigável) resultou em um retardamento significativo de efeitos que definem a Aids ou da morte do paciente, quando comparado ao tratamento c/ zidovudina (600 mg/dia). O tempo ideal para o início do tratamento c/ Didanosina após zidovudina não está definido. Didanosina também é indicada para o tratamento de pacientes adultos e pediátricos (acima de 6 meses de idade) c/ infecção sintomática pelo HIV, que são intolerantes à terapia c/ zidovudina ou que demonstraram significativa deterioração clínica ou imunológica durante a terapia c/ zidovudina, ou aos pacientes em que a zidovudina é contra-indicada. A indicação é baseada nos aumentos de contagens de CD4 observados nos pacientes durante a terapia c/ Didanosina. Aumentos nas contagens de CD4 são considerados indicadores da atividade antiviral e foram ligados ao benefício clínico em estudos prévios da terapia da Aids. Como a terapia c/ zidovudina demonstra prolongar a sobrevida e diminuir a incidência de infecções oportunistas em pacientes infectados pelo HIV, a zidovudina deve ser considerada para a terapia inicial da doença pelo HIV, a menos que seja contra-indicada.

Contra-indicações de Didanosina

Didanosina é contra-indicada em pacientes c/ hipersensibilidade clinicamente significativa a qualquer dos componentes da fórmula.

Reações adversas / Efeitos colaterais de Didanosina

Adultos: A maioria dos eventos adversos sérios observados tem geralmente refletido o curso clínico reconhecido da Aids e infecção pelo HIV. Pancreatite: A diferença entre o tratamento de Didanosina c/ dose baixa e o tratamento c/ zidovudina não foi estatisticamente significativo. Ocorreram dois casos de pancreatite fatal no caso de Didanosina c/ dose alta em um dos estudos. Amilase elevada: Os índices foram, de maneira estatística, significativamente maiores nos pacientes que receberam Didanosina em comparação àqueles c/ zidovudina. Neuropatia periférica: Estes índices não foram significativamente diferentes. Testes anormais da função hepática graus 3 e 4: O índice de anormalidade das funções hepáticas foi estatisticamente maior em pacientes que receberam doses altas no tratamento c/ Didanosina em um dos estudos. Três mortes ocorreram em um dos estudos devidas à insuficiência hepática inexplicada; não ocorreram tais eventos no outro estudo. Leucopenia: Os índices foram significativamente menores nos pacientes que receberam Didanosina quando comparados aos que receberam zidovudina. Outros eventos adversos clínicos que ocorreram em 5% ou mais dos pacientes que foram tratados c/ a dose recomendada de Didanosina foram: diarréia, calafrios, febre, erupções cutânea/prurido, dor abdominal, astenia, cefaléia, dor, náuseas/vômitos, infecções e pneumonia. Em 1% a 5% dos pacientes que foram tratados c/ a dose recomendada de Didanosina, ocorreram outros eventos adversos clínicos, tais como: reações alérgicas, dor no peito, indisposição, hemorragia, hipertensão, hipotensão, síncope, anorexia, boca seca, flatulência, hemorragia gastrintestinal, candidíase oral, reações semelhantes a linfoma, desidratação, edema, artralgia, miopatia, amnésia, ansiedade, confusão, convulsão, depressão, vertigem, pensamentos anormais, asma, dispnéia, bronquite, tosse, herpes simplex e herpes zóster, sudorese, visão turva, otite média, sialadenite. Em pacientes que receberam a dose recomendada de Didanosina 500 mg/dia (sachê), têm ocorrido resultados anormais nos testes laboratoriais realizados nos ensaios clínicos controlados, tais como: granulocitopenia (7%), trombocitopenia (2%), alterações nos níveis de TGO e TGP, fosfatase alcalina e bilirrubina em níveis superiores a 5 vezes o limite normal (7%, 8%, 2% e 1%, respectivamente), hemoglobina menor que 8 g/dl (4%) e ácido úrico maior que 12 mg/dl (3%). Baseados em experiências clínicas prévias, também têm sido relatados: insônia, constipação, estomatite, distúrbio do paladar e alopecia. Casos de rabdomiólise, hepatite, disfunção na tolerância à glicose e diabetes mellitus têm sido observados nos estudos de vigilância em andamento. Alterações na retina ou no nervo óptico têm sido raramente relatadas. Crianças: Durante estudos, os sinais e sintomas adversos relatados c/ maior freqüência foram geralmente observados em adultos. Raramente os pacientes pediátricos apresentam alterações de retina ou de nervo óptico c/ doses acima daquelas recomendadas. Outras reações adversas clínicas pediátricas sérias relatadas incluem ataques epilépticos, efeitos neurológicos, pneumonia, diabetes mellitus e diabetes insípido.

Didanosina – Posologia

Adultos: O intervalo de dose recomendado deve ser de aproximadamente 12 horas (2 vezes ao dia). Doses de até 750 mg/dia (sachê) ou 600 mg/dia (comp.) têm sido empregadas em ensaios clínicos. As doses médias iniciais recomendadas estão especificadas a seguir: Peso básico do paciente (Didanosina Comprimidos): ³ 60 kg: 200 mg, 2 vezes ao dia; Didanosina Comprimidos): 1,1 a 1,4 m2: 100 mg, 2 vezes ao dia; 0,8 a 1,0 m2: 75 mg, 2 vezes ao dia; 0,5 a 0,7 m2: 50 mg, 2 vezes ao dia; £ 0,4 m2: 25 mg, 2 vezes ao dia. A experiência clínica é insuficiente para recomendar um regime de dose em crianças abaixo de 6 meses de idade. Observação: Para assegurar que os pacientes tomando Didanosina Comprimidos receberão uma quantidade suficiente de antiácido, em cada dose devem ser administrados 2 comp. para adultos e crianças c/ mais de um ano, ou seja, 4 comp. no esquema de 2 vezes ao dia. Crianças de 6 meses a um ano de idade devem receber a dose de um comp., ou seja, 2 comp. ao dia no esquema de 2 vezes ao dia. Ajuste da dose: Quando ocorrerem elevações significativas da taxa de amilase sérica, deve-se descontinuar imediatamente a terapia e fazer uma avaliação cuidadosa quanto ao quadro de pancreatite, mesmo na ausência de sintomas de pancreatite. O fracionamento da amilase pode ajudar a distinguir a amilase de origem salivar. A dose deve ser retomada apenas após a exclusão de pancreatite. Muitos pacientes que se apresentam c/ sintomas de neuropatia e deixam de apresentar estes sintomas c/ a descontinuação da droga vão tolerar uma dose reduzida de Didanosina. Há dados insuficientes para recomendar um ajuste de dose específico de Didanosina em pacientes c/ insuficiência renal leve ou moderada, no entanto, uma redução da dose deve ser considerada, uma vez que estes pacientes possam apresentar um maior risco de toxicidade Didanosina. Nos pacientes anúricos necessitando de diálise, deve ser administrada um quarto da dose total recomendada, uma vez ao dia. A dose deve ser administrada após a diálise. Há dados insuficientes para recomendar um ajuste de dose específico de Didanosina em pacientes c/ função hepática alterada, no entanto, um ajuste da dose deve ser considerado nestes pacientes.

Didanosina – Informações

A Didanosina corresponde à didesoxiinosina, trata-se, portanto, de um nucleosídeo sintético estruturalmente aparentado à inosina. Sofre biotransformação intracelular dando trifosfato de didesoxiadenosina, metabólito ativo que inibe a transcriptase reversa c/ o que a replicação do HIV é suprimida. A meia-vida intracelular da didesoxiadenosina, calculada c/ os resultados obtidos do estudo de cultura de células in vitro, variou de 8 a 24 horas. Os didesoxinucleosídeos (classe dos compostos relacionados à Didanosina) têm em comum a falta do grupo hidroxila livre. Na replicação do ácido nucléico, a 3-hidroxila ocorre naturalmente como nucleosídeo, sendo o aceitante covalente para o nucleosídeo 5-monofosfato subseqüente; sua presença é portanto um requisito para continuação da extensão da cadeia de DNA. Devido à falta do grupo 3-hidroxil (trifosfato didesoxiadenosina), a incorporação do dd ATP dentro do DNA viral leva a conclusão da cadeia e, assim, inibe a replicação viral. A adição do dd ATP (trifosfato de didesoxiadenosina) além de contribuir para a inibição da replicação viral interfere direto c/ RNA-HIV submetido ao DNA polimerase (transcriptase reversa) por competir c/ o trifosfato natural (d ATP) pelo sítio ativo de ligação da enzima. A Didanosina é rapidamente degradada em pH ácido. Portanto, todas as formulações orais contêm agentes tamponantes formulados para aumentar o pH gástrico. A Didanosina é 20% a 25% mais biodisponível a partir da formulação comp. do que a Didanosina pó não-tamponado para solução oral. É recomendada uma redução de 20% na dose de Didanosina quando ela é administrada como comp.. A Didanosina deve ser administrada pelo menos 30 minutos antes das refeições ou c/ o estômago vazio. A biodisponibilidade média absoluta de uma solução de Didanosina é 37 (mais ou menos 14%), após 4 semanas de administração em doses terapêuticas. Embora exista uma variação significante entre os pacientes, os valores de Cmáx e AUC aumentam proporcionalmente à dose.

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