Bula do medicamento Caspofungina


Caspofungina – Bula do remédio

Caspofungina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Caspofungina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Caspofungina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Aviso importante

Todas as bulas constantes em nosso portal são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.

A 4Medic não vende nenhum tipo de medicamento

Referência

Cancidas (MSD)

Apresentação de Caspofungina

CANCIDAS 50 ou 70 mg é apresentado em caixas com um frasco-ampola contendo 55,5 ou 77,7 mg de acetato de Caspofungina como princípio ativo, o que é equivalente a 50 ou 70 mg de base anidra livre de Caspofungina.

Caspofungina – Indicações

CANCIDAS é indicado para:
? Tratamento empírico para infecção fúngica presumida em pacientes neutropênicos febris;
? Tratamento de candidíase invasiva, incluindo candidemia, em pacientes neutropênicos e não
neutropênicos;
? Tratamento de candidíase esofágica;
? Tratamento de candidíase orofaríngea;
? Tratamento de aspergilose invasiva em pacientes refratários ou intolerantes a outros
tratamentos antifúngicos.

Contra-indicações de Caspofungina

CANCIDAS é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto.

Advertências

O uso concomitante de CANCIDAS e ciclosporina foi avaliado em voluntários saudáveis e em
pacientes.. Em um estudo clínico, 3 de 4 indivíduos saudáveis que receberam 70 mg de
CANCIDAS do 1o ao 10o dia e que também receberam duas doses de 3 mg/kg de ciclosporina com
intervalo de 12 horas no 10o dia desenvolveram aumentos transitórios dos níveis de ALT 2 a 3
vezes o limite superior da normalidade (LSN) no 11o dia. Em um painel separado de indivíduos
admitidos no mesmo estudo, 2 de 8 indivíduos que receberam 35 mg/dia de CANCIDAS durante 3
dias e ciclosporina (duas doses de 3 mg/kg administradas com 12 horas de intervalo) no 1o dia
apresentaram pequenos aumentos nos níveis de ALT (ligeiramente acima do LSN) no 2o dia. Nos
dois grupos, os aumentos de AST assemelharam-se aos observados com a ALT, porém foram de
menor magnitude (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Em um estudo retrospectivo que
avaliou 40 pacientes tratados durante o período de comercialização com CANCIDAS e
ciclosporina, por 1 a 290 dias (mediana de 17,5 dias), não foram observados eventos adversos
hepáticos graves. Conforme esperado, em pacientes com transplante alogênico de células tronco
hematopoiéticas ou transplante de órgãos sólidos, foi comum a ocorrência de anormalidades de
enzimas hepáticas; entretanto nenhum paciente apresentou elevações da ALT consideradas
relacionadas à medicação. Elevações da AST consideradas pelo menos possivelmente
relacionadas ao tratamento com CANCIDAS e/ou ciclosporina, ocorreram em 5 pacientes, mas em
todos, as elevações foram inferiores a 3,6 vezes o LSN. Ocorreram descontinuações em
decorrência de anormalidades laboratoriais em 4 pacientes. Destas, 2 foram consideradas
possivelmente relacionadas ao tratamento com CANCIDAS e/ou ciclosporina, bem como, com
outras possíveis causas. Nos estudos prospectivos em aspergilose invasiva e uso compassionado,
havia 6 pacientes tratados concomitantemente com CANCIDAS e ciclosporina, por 2 a 56 dias;
nenhum destes pacientes apresentou elevações de enzimas hepáticas. Estes dados sugerem que
CANCIDAS pode ser utilizado em pacientes que estejam recebendo ciclosporina quando o
benefício potencial superar o risco potencial

Uso na gravidez de Caspofungina

Categoria de risco: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Não há experiência clínica envolvendo mulheres grávidas. Em ratas, a Caspofungina causou
redução dos pesos corpóreos fetais e aumento na incidência de ossificação incompleta do crânio e
do tronco com a administração de uma dose tóxica de 5 mg/kg/dia à fêmea prenhe. Além disso, foi
observado aumento na incidência de costela cervical em ratos com essa mesma dose. A
Caspofungina demonstrou cruzar a barreira placentária em estudos com animais.
CANCIDAS não deve ser usado durante a gravidez, a menos que estritamente necessário.
Amamentação
Não se sabe se essa medicação é excretada no leite humano; portanto, mulheres que estejam
recebendo CANCIDAS não devem amamentar.

Interações medicamentosas de Caspofungina

Estudos in vitro mostram que o acetato de Caspofungina não é um inibidor de nenhuma enzima do
sistema do citocromo P450 (CYP). Em estudos clínicos, a Caspofungina não induziu o metabolismo
pela via do CYP3A4 de outras medicações. A Caspofungina não é um substrato para a
glicoproteína-P e é um substrato fraco para as enzimas do citocromo P450.
Em dois estudos clínicos, a ciclosporina (uma dose de 4 mg/kg ou duas doses de 3 mg/kg)
aumentou a AUC da Caspofungina em aproximadamente 35%. Estes aumentos da AUC são
provavelmente devidos à captação reduzida de Caspofungina pelo fígado. CANCIDAS não
aumentou os níveis plasmáticos da ciclosporina. Ocorreram aumentos transitórios de ALT e AST
quando CANCIDAS e a ciclosporina foram administrados concomitantemente. Em um estudo
retrospectivo que envolveu 40 pacientes tratados durante o período de comercialização com
CANCIDAS e/ou ciclosporina por 1 a 290 dias (mediana de 17,5 dias), não foram observados
eventos adversos hepáticos graves. (veja PRECAUÇÕES)
Estudos clínicos envolvendo voluntários saudáveis mostram que a farmacocinética de CANCIDAS
não é alterada pelo itraconazol, pela anfotericina B, pelo micofenolato, pelo nelfinavir ou pelo
tacrolimus. CANCIDAS não exerce efeito na farmacocinética do itraconazol, da anfotericina B, da
rifampicina ou do metabólito ativo do micofenolato.
CANCIDAS reduziu em 26% a concentração sangüínea de 12 horas (C12h) do tacrolimus (FK-506).
Para os pacientes que estejam recebendo as duas terapias, recomenda-se monitorização-padrão
das concentrações sangüíneas e ajuste posológico apropriado do tacrolimus.
Os resultados de dois estudos clínicos de interação medicamentosa indicaram que a rifampicina
tanto induz como inibe a disposição da Caspofungina com indução líquida no estado de equilíbrio.
Em um dos estudos, as terapias com a rifampicina e a Caspofungina foram iniciadas
simultaneamente e administradas concomitantemente durante 14 dias, enquanto, no segundo estudo, a rifampicina foi administrada isoladamente durante 14 dias para permitir ao efeito de
indução alcançar o estado de equilíbrio até que, por fim, a rifampicina e a Caspofungina foram coadministradas
durante mais 14 dias. Quando o efeito de indução da rifampicina estava no estado de
equilíbrio, houve uma pequena mudança na AUC da Caspofungina ou na concentração no final da
infusão, mas as concentrações da Caspofungina no vale foram reduzidas em aproximadamente
30%. Demonstrou-se o efeito inibitório da rifampicina quando o tratamento com a rifampicina e o
acetato de Caspofungina foram iniciados simultaneamente, e a elevação transiente nas
concentrações plasmáticas da Caspofungina ocorreu no primeiro dia (aumento de aproximadamente
60% na AUC). Este efeito inibitório não foi observado quando a Caspofungina foi adicionada à
terapia preexistente com a rifampicina e não ocorreu elevação das concentrações da Caspofungina.
Além disso, os resultados da triagem farmacocinética na população sugerem que a administração
concomitante de outros indutores da depuração de medicamentos (efavirenz, nevirapina, fenitoína,
dexametasona ou carbamazepina) com CANCIDAS pode também resultar em reduções
clinicamente significativas das concentrações da Caspofungina. Os dados disponíveis sugerem que
o mecanismo indutível de depuração de medicamentos envolvido na disposição da Caspofungina é
provavelmente um processo de transporte de captação e não de metabolismo; portanto, quando
CANCIDAS é administrado concomitantemente com indutores da depuração de medicamentos
como o efavirenz, a nevirapina, a rifampicina, a dexametasona, a fenitoína ou a carbamazepina
deve-se considerar a administração da dose diária de 70 mg de CANCIDAS (veja POSOLOGIA E
ADMINISTRAÇÃO).

Reações adversas / Efeitos colaterais de Caspofungina

Nos estudos clínicos, 1.440 indivíduos receberam doses únicas ou múltiplas de CANCIDAS 564
pacientes neutropênicos febris (estudo de terapia empírica), 125 pacientes com candidíase invasiva,
285 pacientes com candidíase esofágica e/ou orofaríngea, 72 pacientes com aspergilose invasiva ?
admitidos em estudos de fase II e fase III ? e 394 pacientes admitidos em estudos de fase I. No
estudo de terapia empírica, os pacientes haviam recebido quimioterapia para câncer ou haviam sido
submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas. Em estudos envolvendo pacientes com
infecção por Candida documentada, a maioria dos pacientes apresentou afecções clínicas graves
(por ex., malignidade hematológica ou outra malignidade, cirurgia de grande porte recente, HIV)
requerendo múltiplas medicações concomitantes. Em geral, os pacientes admitidos no estudo não
comparativo em infecções por Aspergillus geralmente apresentavam condições clínicas graves
predisponentes (por ex., transplante de medula óssea ou de células-tronco periféricas, neoplasia
hematológica, tumores sólidos ou transplante de órgãos) requerendo múltiplas medicações
concomitantes.
Terapia empírica
Em um estudo de terapia empírica, duplo-cego e randômico, os pacientes receberam 50 mg/dia de
CANCIDAS (após uma dose de ataque de 70 mg) ou 3,0 mg/kg/dia de anfotericina B lipossomal
injetável. Ocorreram experiências adversas clínicas relacionadas à medicação em 2% ou mais dos
pacientes em cada grupo de tratamento, conforme demonstrado na Tabela 4.
(tabela na bula original)
A proporção de pacientes que apresentaram evento adverso relacionado à infusão foi
significativamente menor no grupo de CANCIDAS (35,1%) do que no grupo que recebeu
anfotericina B lipossomal injetável (51,6%).
Candidíase invasiva
Em um estudo de candidíase invasiva randômico e duplo-cego, os pacientes receberam 50 mg/dia
de CANCIDAS (após uma dose de ataque de 70 mg) ou 0,6 a 1,0 mg/kg/dia de anfotericina B.
Ocorreram experiências adversas clínicas relacionadas à medicação em 2% ou mais dos pacientes
em cada grupo de tratamento, conforme demonstrado na Tabela 5.
(tabela na bula original)
A incidência de experiências adversas clínicas relacionadas à medicação foi significativamente
menor entre os pacientes tratados com CANCIDAS (28,9%) do que entre os pacientes tratados
com a anfotericina B (58,4%). Do mesmo modo, a proporção de pacientes que apresentaram evento
adverso relacionado à infusão foi significativamente menor no grupo de CANCIDAS (20,2%) do
que no grupo da anfotericina B (48,8%).
Candidíase esofágica e/ou orofaríngea
As experiências adversas clínicas relacionadas à medicação que ocorreram em 2% ou mais dos
pacientes com candidíase esofágica e/ou orofaríngea são apresentadas na Tabela 6.
(continua na bula original)

Caspofungina – Posologia

Recomendações Gerais
CANCIDAS deve ser administrado por infusão intravenosa lenta durante aproximadamente 1 hora.
Terapia empírica
Uma dose única de ataque de 70 mg deve ser administrada no 1º dia, seguida por 50 mg
diariamente. A duração do tratamento deve ser baseada na resposta clínica do paciente. A terapia
empírica deve ser mantida até a resolução da neutropenia. Pacientes com achados de infecção
fúngica devem ser tratados por, no mínimo, 14 dias e o tratamento deve continuar por pelo menos 7
dias após a resolução da neutropenia e dos sintomas clínicos. Se a dose de 50 mg é bem tolerada,
mas não fornece uma resposta clínica adequada, a dose diária pode ser aumentada para 70 mg.
Embora o aumento da dose para 70 mg por dia não tenha demonstrado aumento de eficácia, dados
limitados de segurança sugerem que a dose de 70 mg por dia é bem tolerada.
Candidíase invasiva
Uma dose única de ataque de 70 mg deve ser administrada no 1º dia, seguida por 50 mg
diariamente. A duração do tratamento deve ser controlada de acordo com as respostas clínica e
microbiológica do paciente. Em geral, a terapia antifúngica deve continuar por pelo menos 14 dias
depois da última cultura positiva. Os pacientes que continuam persistentemente neutropênicos
podem manter a terapia prolongada dependendo da resolução da neutropenia.
Candidíase esofágica e orofaríngea
Deve-se administrar 50 mg diariamente.
Aspergilose invasiva
Uma dose única de ataque de 70 mg deve ser administrada no 1º dia, seguida por 50 mg
diariamente. A duração do tratamento deve ser baseada na gravidade da doença subjacente, na
recuperação da imunossupressão e na resposta clínica do paciente. Embora não haja informação
que demonstre aumento da eficácia com doses mais altas, os dados disponíveis sobre segurança
sugerem que o aumento da dose diária para 70 mg pode ser considerado em pacientes que não
apresentam evidência de resposta clínica e nos quais CANCIDAS tenha sido bem tolerado.
Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes idosos (a partir de 65 anos de idade).
Não há necessidade de ajuste posológico com base no sexo, na raça ou no comprometimento renal.
Ao administrar CANCIDAS concomitantemente com indutores do metabolismo ? efavirenz,
nevirapina, rifampicina, dexametasona, fenitoína ou carbamazepina ? deve-se considerar o uso de
70 mg de CANCIDAS diariamente.
Pacientes com Insuficiência Hepática
Pacientes com insuficiência hepática leve (escore de Child-Pugh de 5 a 6) não requerem ajuste
posológico. Para pacientes com insuficiência hepática moderada (escore de Child-Pugh de 7 a 9),
recomenda-se a dose diária de 35 mg de CANCIDAS. Entretanto, quando recomendado, a dose de
ataque de 70 mg deverá ser administrada no 1o dia. Não há experiência clínica em pacientes com
insuficiência hepática grave (escore de Child-Pugh acima de 9).

Superdosagem

A dose mais alta de CANCIDAS utilizada em estudos clínicos foi de 210 mg, a qual foi
administrada como dose única a 6 indivíduos saudáveis, apresentando, em geral, boa tolerabilidade.
Além disso, foi administrada uma dose de 100 mg diariamente a 15 indivíduos saudáveis durante 21 dias, a qual foi geralmente bem tolerada. A Caspofungina não é dialisável.

Características farmacológicas

Descrição: CANCIDAS contém como ingrediente ativo o acetato de Caspofungina, que é
quimicamente descrito como o sal do diacetato de pneumocandina B0 1-[(4R,5S)-5-[(2-
aminoetil)amino)-N2-(10,12-dimetil-1-oxotetradecil)-4-hidróxi-L-ornitina)-5-[(3R)-3-hidróxi-L-ornitina).
A fórmula empírica é C52H88N10O15?2C2H4O2 e o peso molecular é 1.213,42.
Mecanismo de ação
O acetato de Caspofungina, ingrediente ativo de CANCIDAS, inibe a síntese do beta(1,3)-D-glucana,
um componente essencial da parede celular de muitos fungos filamentosos e leveduras que não faz
parte das células dos mamíferos.
Farmacocinética
Absorção
Uma vez que o acetato de Caspofungina é administrado por via intravenosa, a absorção não é
relevante.
Distribuição
As concentrações plasmáticas da Caspofungina declinam de maneira polifásica após infusões
intravenosas únicas de 1 hora. Uma fase-alfa curta ocorre imediatamente após a infusão, seguida de
uma fase-beta com uma meia-vida de 9 a 11 horas que caracteriza grande parte do perfil e apresenta
claro comportamento log-linear de 6 a 48 horas após a dose, durante as quais a concentração
plasmática diminui por uma ordem de magnitude; uma fase-? adicional também ocorre (meia-vida de
40-50 horas). A distribuição, e não a excreção ou a biotransformação, constitui o mecanismo
dominante que influencia a depuração plasmática. A Caspofungina liga-se extensamente à albumina
(aproximadamente 97%) e a distribuição nos eritrócitos é mínima. Os resultados do equilíbrio de
massa mostraram que aproximadamente 92% da radioatividade administrada foi distribuída nos
tecidos 36 a 48 horas após uma dose única de 70 mg de acetato de [3H) Caspofungina. Ocorre
pouca excreção ou biotransformação da Caspofungina durante as primeiras 30 horas após a
administração.
Metabolismo
A Caspofungina é lentamente metabolizada por hidrólise e N-acetilação. A Caspofungina sofre
também degradação química espontânea para um composto peptídico de anel aberto. Em pontos
de tempo mais tardios (>=5 dias após a dose), observa-se baixo nível (Caspofungina, que pode ser decorrente de dois
intermediários reativos formados durante a degradação química da Caspofungina. O metabolismo
adicional envolve a hidrólise em aminoácidos constitutivos e seus derivados, incluindo a
diidroxihomotirosina e a N-acetil-diidroxihomotirosina; esses dois derivados da tirosina são
encontrados apenas na urina, sugerindo rápida depuração plasmática desses derivados pelos rins.
Eliminação
Foram conduzidos dois estudos farmacocinéticos com uma dose única do radiomarcado. No
primeiro estudo, foram colhidos plasma, urina e fezes durante 27 dias, enquanto, no segundo
estudo, foi colhido plasma durante 6 meses. Aproximadamente 75% da radioatividade foi
recuperada: 41% na urina e 34% nas fezes. As concentrações plasmáticas da radioatividade e da
Caspofungina foram similares durante as primeiras 24 a 48 horas após a dose; a seguir, os níveis do
medicamento caíram mais rapidamente. No plasma, as concentrações da Caspofungina caíram
abaixo do limite de quantificação 6 a 8 dias após a dose, enquanto o radiomarcado caiu abaixo do
limite de quantificação 22,3 semanas após a dose. Uma pequena quantidade de Caspofungina é
excretada inalterada na urina (aproximadamente 1,4% da dose) e a depuração renal da medicação
original é baixa (aproximadamente 0,15 mL/min).

Resultados de eficácia

Terapia empírica em paciente neutropênico febril
Um estudo duplo-cego e multicêntrico envolveu 1.111 pacientes neutropênicos que foram
distribuídos de forma randômica para receber doses diárias de CANCIDAS (50 mg/dia após uma
dose de ataque de 70 mg no 1º dia) ou de anfotericina B lipossomal injetável (3,0 mg/kg/dia). Os
pacientes elegíveis haviam recebido quimioterapia para tumores malignos ou haviam sido
submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) e apresentavam neutropenia
(38,0º C) que não respondiam ao tratamento
antibacteriano; pacientes com infecção fúngica documentada foram excluídos do estudo. Os
pacientes foram tratados até a resolução da neutropenia, por no máximo 28 dias, e aqueles que
apresentavam infecção fúngica documentada puderam ser tratados durante mais tempo. Se o
medicamento fosse bem tolerado, mas a febre persistisse e a condição clínica piorasse após 5 dias
de tratamento, as doses poderiam ser aumentadas para 70 mg/dia de CANCIDAS (13,3% dos
pacientes tratados) ou 5,0 mg/kg/dia de anfotericina B lipossomal injetável (14,3% dos pacientes
tratados).
Os pacientes foram estratificados com base na categoria de risco (pacientes de alto risco haviam
sido submetidos a TCTH alogênico ou apresentavam leucemia aguda recidivante) e no recebimento
prévio de profilaxia antifúngica. A porcentagem de pacientes na categoria de alto risco no início do
estudo foi de 26,6% no grupo que recebeu CANCIDAS e de 22,9% entre aqueles que foram
tratados com anfotericina B lipossomal injetável. Uma porcentagem similar de pacientes nos dois
grupos recebeu profilaxia antifúngica. Os diagnósticos mais freqüentes foram leucemia mielogênica
aguda, leucemia linfocítica aguda e linfoma não-Hodgkin.
Os pacientes que se enquadraram nos critérios de inclusão do estudo e receberam pelo menos uma
dose do tratamento foram incluídos na população de intenção de tratamento modificada (ITM) (556
tratados com CANCIDAS e 539 tratados com anfotericina B lipossomal injetável). Uma resposta
global favorável requeria cada um dos 5 critérios:
1) Tratamento bem-sucedido de qualquer infecção fúngica presente no período basal;
2) Ausência de novas infecções fúngicas manifestas durante a administração da medicação de
estudo ou até 7 dias após a conclusão do tratamento;
3) Sobrevida durante 7 dias após a conclusão da medicação de estudo;
4) Nenhuma descontinuação da medicação de estudo decorrente de toxicidade relacionada à
medicação ou ausência de eficácia;
5) Desaparecimento da febre durante o período de neutropenia.
Um painel independente de especialistas analisou os dados cegos de todos os pacientes com
suspeita de infecção fúngica invasiva. O painel avaliou a presença de infecção fúngica invasiva,
tempo do início do resultado (período basal ou nova infecção), patógeno responsável e, para
infecções no período basal, resposta ao tratamento. As únicas infecções fúngicas consideradas
para a proposta da análise estatística foram àquelas classificadas pelos especialistas como
prováveis ou comprovadas. Aproximadamente 5% dos pacientes apresentaram infecções fúngicas
no período basal, a maioria causada por espécies de Aspergillus ou de Candida.
Os porcentuais de pacientes da população de I com uma resposta favorável global e com
respostas favoráveis aos critérios individuais são demonstrados na Tabela 1.
(continua na bula original)

Modo de usar

Conserve os frascos fechados, em temperatura entre 2°C e 8°C. Os frascos reconstituídos podem
ser armazenados em temperatura até 25°C durante 24 horas antes da preparação da solução para
infusão. A solução final para infusão intravenosa pode ser armazenada na bolsa ou no frasco em
temperatura até 25ºC durante 24 horas ou durante 48 horas quando mantida sob refrigeração em
temperatura entre 2°C e 8°C.
Reconstituição de CANCIDAS
NÃO USAR DILUENTES CONTENDO GLICOSE (alfa-D-GLICOSE), uma vez que CANCIDAS não
se mantém estável em diluentes dessa natureza. NÃO MISTURAR NEM PROCEDER A INFUSÃO
DE CANCIDAS COM OUTRAS MEDICAÇÕES, uma vez que não há dados disponíveis sobre a
compatibilidade de CANCIDAS com outras substâncias, aditivos ou medicações intravenosas.
Inspecionar visualmente a solução de infusão quanto à presença de micropartículas ou alteração de
cor.
Etapa 1 – Reconstituição dos frascos convencionais
Para reconstituir a medicação em pó, deixar o frasco convencional refrigerado de CANCIDAS
atingir a temperatura ambiente e acrescentar, sob condições de assepsia, 10,5 mL de água estéril
para injeção. A concentração dos frascos reconstituídos será de 7 mg/mL (frasco de 70 mg) ou de 5
mg/mL (frasco de 50 mg).
O pó compactado, de coloração branca a esbranquiçada, irá se dissolver completamente. Misturar
delicadamente até que seja obtida uma solução transparente. As soluções reconstituídas devem ser
inspecionadas visualmente quanto à presença de micropartículas ou alteração de cor. Essa solução
reconstituída pode ser armazenada por até 24 horas em temperatura até 25º C.
Etapa 2 – Adição de CANCIDAS reconstituído à solução de infusão
Os diluentes para as soluções de infusão finais são: solução salina estéril para injeção ou solução
de lactato de Ringer. A solução-padrão é preparada acrescentando-se, sob condições de assepsia,
o volume apropriado da medicação reconstituída (como mostrado na tabela abaixo) a uma bolsa ou
frasco de 250 mL para administração intravenosa. Podem ser usadas infusões de volume reduzido
em 100 mL, quando clinicamente necessário, para as doses diárias de 50 mg ou 35 mg. Não usar a
solução se esta estiver turva ou com precipitados. Essa solução de infusão deve ser usada em 24
horas (se armazenada em temperatura até 25°C) ou em 48 horas (se armazenada sob refrigeração
em temperatura entre 2 C e 8°C). CANCIDAS deve ser administrado por infusão intravenosa lenta
durante aproximadamente 1 hora.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso Pediátrico
O acetato de Caspofungina não foi estudado em crianças; seu uso não é recomendado para
pacientes com menos de 18 anos de idade.
Uso em Idosos
A concentração plasmática da Caspofungina em homens e mulheres idosos saudáveis (65 anos de
idade ou mais) aumentou discretamente (aproximadamente 28% – AUC) em comparação à
observada em homens jovens saudáveis. De forma semelhante, foi observado um efeito discreto da
idade em pacientes mais velhos que foram tratados empiricamente ou que apresentavam
candidíase invasiva em relação aos mais jovens. Não é necessário ajuste posológico para pacientes
idosos (65 anos de idade ou mais).

Armazenagem

Conserve os frascos fechados, em temperatura entre 2ºC e 8ºC. Os frascos reconstituídos podem ser armazenados em temperatura até 25°C durante 24 horas antes da preparação da solução para infusão. A solução final para infusão intravenosa pode ser armazenada na bolsa ou no frasco em temperatura até 25ºC durante 24 horas ou durante 48 horas quando mantida sob refrigeração em temperatura entre 2ºC e 8ºC.

Dizeres legais

Farmacêutico Responsável: Alexandre T. Caria ? CRF – SP nº 14.027
Registro M.S.: 1.0029.0033
Produzido por:
Merck & Co., Inc.
Sumneytown Pike
West Point, Pa 19486, EUA.
Embalado por:
Merck Sharp & Dohme B.V.
Waarderweg 39
2003 P C Haarlem
Holland
Importado por:
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 – Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34 – Brasil

Data da bula

Nov 13 2007 12:00AM

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