Mais de 90% dos bebês com menos de 2,5 quilos nasceram em países de baixa e média renda, informaram pesquisadores na revista The Lancet Global Health. Em todo o mundo, pouco menos de 15% dos bebês nascem abaixo do peso, em 2018 nos 148 países pesquisados estes números variam entre 2,4% na Suécia e quase 28% em Bangladesh.
Isso está abaixo de uma média global de 17,5 por cento do último estudo em 2000.
Cumprir a meta da Organização Mundial da Saúde de reduzir o peso ao nascer em 30% entre 2012 e 2025 “exigirá mais que dobrar o ritmo do progresso”, disse a autora Hannah Blencowe, professora da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Na África, o número de nascidos vivos com baixo peso aumentou de 2000 a 2018, de 4,4 para 5 milhões.
Estima-se que o sul da Ásia tenha tido 9,8 milhões em 2018, quase metade do total mundial.
Os bebês nascem abaixo do peso com menos de 2,5 quilos e isso está intimamente ligado a altas taxas de mortalidade neonatal e problemas de saúde mais tarde na vida: mais de 80% dos recém-nascidos do mundo que morrem a cada ano são de baixo peso ao nascer.
Recém-nascidos com baixo peso que sobrevivem também apresentam maior risco de déficit estatural, assim como problemas de desenvolvimento e de saúde, incluindo diabetes e doenças cardiovasculares.
“Os governos nacionais estão fazendo muito pouco para reduzir o baixo peso ao nascer”, disse Blencowe em um comunicado.
Para atingir a meta global de nutrição de uma redução de 30% até 2025, será necessário mais do que dobrar o ritmo do progresso. As razões para o baixo peso ao nascer são muito diferentes nas regiões pobres e ricas.
No sul da Ásia e em partes da África, uma grande porcentagem de bebês abaixo do peso nascem e são raquíticas porque suas mães estavam desnutridas.
Na América do Norte e na Europa, uma parcela maior de bebês com baixo peso ao nascer são prematuros.
Gravidez na adolescência, alta prevalência de infecção, altos níveis de tratamento de fertilidade e alta taxa de cesarianas – especialmente nos Estados Unidos e no Brasil – podem ser fatores, segundo o estudo.
Uma equipe internacional de pesquisadores analisou bancos de dados fornecidos pelos governos de 148 países a OMS entre 2000 e 2018, assim foi possível estimar a prevalência de baixo peso ao nascer.
No geral, o estudo levou em conta 281 milhões de nascimentos durante o período. Vários países – incluindo a Índia – não foram incluídos por falta de dados.
Muitas grandes economias avançadas caíram na faixa de 6-8 por cento, incluindo França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, México e Brasil.
Cinco países, incluindo Bangladesh, tinham taxas de baixo peso ao nascer acima de 20%: Comores, Guiné-Bissau, Nepal e Filipinas.
O estudo será repassado pelo UNICEF para os governos dos 148 países analisados e espera-se que alguma medidas sejam adotadas.
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