A automutilação (envenenamento ou automutilação intencional, independentemente do grau de intenção suicida ou outros tipos de motivação) é um problema que cresce em grande parte dos países, repetido com frequência e associado ao suicídio.
Evidências que analisem a eficácia de agentes farmacológicos e/ou produto naturais para o tratamento da automutilação, principalmente quando comparadas às evidências de intervenções psicossociais.
A equipe revisou a literatura internacional disponível com material sobre estudos de tratamento farmacológico (medicamentos) e de produtos naturais (suplementação dietética) na área.
Ao total, sete estudos atenderam aos critérios de inclusão. Existe pouca evidência sobre os benefícios de tratamentos farmacológicos ou de produtos naturais.
Contudo, poucos estudos foram feitos e em geral, são ensaios pequenos, o que significa que os possíveis efeitos benéficos de algumas terapias não podem ser excluídos.
Os autores da revisão avaliaram os efeitos de agentes farmacológicos ou produtos naturais para a automutilação em comparação com outros tipos de tratamentos (por exemplo, placebo ou tratamento farmacológico alternativo) para adultos (acima de 18 anos), que passam pela automutilação.
Os pesquisadores incluíram todos os ensaios clínicos randomizados (ECRs) que compararam agentes farmacológicos ou produtos naturais com placebo/tratamento farmacológico alternativo em pessoas que tiveram um episódio recente (em seis meses de ensaio) de automutilação que resultou em internação ou serviços clínicos.
O desfecho inicial foi o acontecimento de um episódio repetido de automutilação durante um período máximo de acompanhamento de dois anos, Os desfechos secundários contaram com aceitabilidade ao tratamento, adesão ao tratamento, depressão, desesperança, funcionamento geral, funcionamento social, ideação suicida e suicídio.
Os autores fizeram uma seleção de estudos independente, extraindo dados e analisando a qualidade dos ensaios. para resultados binários, calcularam o odds ratios (ORs) e seus internos de confiança de 95% (ICs).
Para resultados contínuos, eles fizeram o cálculo da diferença média (DM) ou diferença média padronizada (DMP) e IC de 95%. A certeza geral da evidência para o resultado inicial (ou seja, repetição da automutilação no pós-intervenção) foi examinada para cada intervenção utilizando o método GRADE.
A automutilação, que inclui envenenamento/overdose intencional e autolesão, é um problema que está crescendo em diversos países e está fortemente ligada ao suicídio. Por isso, é fundamental que existam tratamentos eficientes para pacientes com automutilação.
Mesmo já tenha acontecido um aumento nas intervenções psicossociais para automutilação em adultos (que é o foco de uma revisão separada), os tratamentos medicamentosos são frequentemente usados na prática clínica. Portanto, é essencial examinar as evidências e sua eficácia.
Administradores de hospitais (por exemplo, prestadores de serviços), oficiais de políticas de saúde e pagadores terceirizados (por exemplo, seguradoras de saúde), médicos que trabalham com pacientes que se envolvem em automutilação, os próprios pacientes e seus familiares.
A revisão é uma atualização de uma revisão anterior de 2015 da Cochrane, que localizou poucas evidências dos benefícios de tratamentos com drogas na repetição da automutilação.
A atualização tem como foco examinar mais evidências sobre e eficiência de medicamentos e produtos naturais para pessoas que sofreram com a automutilação em uma gama maior de resultados.
Os estudos que foram acrescentados na revisão deveriam ser ensaios clínicos randomizados de tratamentos com medicamentos para adultos que haviam passado pela automutilação em um curto período de tempo.
Atualmente, não existem evidências consistentes sobre a eficácia de antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de humor ou produtos naturais na prevenção da repetição da automutilação.
A equipe julgou que mais ensaios são necessários sobre medicamentos para pacientes de automutilação, possivelmente em combinação com tratamento psicológico.
Dada a baixa ou muito baixa qualidade das evidências disponíveis e o pequeno número de ensaios identificados, há apenas evidências incertas em relação às intervenções farmacológicas em pacientes que se dedicam à HAS. São necessários mais e maiores ensaios de farmacoterapia, de preferência usando agentes mais novos.
Isso pode incluir a avaliação de novos antipsicóticos atípicos. Trabalhos adicionais também devem incluir a avaliação dos efeitos adversos dos agentes farmacológicos. Outras pesquisas podem incluir avaliação de farmacoterapia combinada e tratamento psicológico.
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O estudo original foi publicado na Cochrane Library
* “Drugs and natural products for self-harm in adults” – 2021
Autores do estudo: Witt KG, Hetrick SE, Rajaram G, Hazell P, Taylor Salisbury TL, Townsend E, Hawton K – Estudo
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