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A importância do consumo de vitamina D contra o COVID-19

Qual é a ligação entre a vitamina D e o COVID-19?

Pesquisas recentes indicam que níveis saudáveis de vitamina D podem reduzir o risco de infecção pelo SARS-CoV-2 e diminuir a resposta inflamatória do organismo ao vírus, ajudando a limitar complicações graves.

Também existem estudos que sugerem que aumentar os níveis da vitamina no organismo pode oferecer maior proteção. Uma pesquisa realizada antes da pandemia de COVID-19 mostrou que suplementos de vitamina D eram seguros e protetores contra infecções respiratórias. Dos participantes desse estudo, aqueles com níveis baixos da vitamina experimentaram quedas mais significativas de infecção enquanto tomavam os suplementos.

Existem ensaios clínicos para fornecer informações sobre o impacto dos suplementos de vitamina D na infecção por COVID-19 especificamente. No momento, não é possível saber se tomar doses moderadas ou altas da vitamina impedirá a doença ou reduzirá as taxas de complicações sérias.

Como o organismo obtém vitamina D?

Os alimentos que naturalmente têm vitamina D são os peixes gordurosos (como salmão e atum) ovos e cogumelos secos ao sol. Muitos outros produtos básicos, como leite, laticínios à base de plantas (leite de amêndoa, por exemplo), suco de laranja e cerais matinais são enriquecidos com o suplemento.

O corpo produz vitamina D quando a pele é exposta à luz solar. Fazer exercícios físicos ao ar livre é uma boa maneira de aumentar a vitamina no organismo. Contudo é fundamental tomar precauções contra o câncer de pele, como utilizar protetor solar e roupas de proteção.

A ingestão de vitamina D está sendo suficiente?

Para a maioria dos adultos, a dose diária recomendada de vitamina D é de 600 UI (para aqueles com mais de 70 anos, o indicado é 800 UI).

Muitos podem atingir o requisito através da exposição solar e dieta, mas esse não é o caso para todos. Existem variações em como as pessoas sintetizam a vitamina D do sol, a absorvem na dieta e processam-a em seus organismos.

À medida que o corpo envelhece, a capacidade da pele de produzir a vitamina com a exposição ao sol diminui. Pessoas com a pele mais escura precisam de mais sol para produzir vitamina D. Esses fatores combinados podem acarretar em uma deficiência da vitamina.

É essencial ressaltar que certas doenças também podem aumentar o risco de deficiência. A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel e pessoas obesas podem ter níveis baixos porque a gordura corporal pode prendê-la e impedir que ela atinja a corrente sanguínea.

Doenças que resultam em baixa absorção de gordura, incluindo doença celíaca e doença de Crohn, podem levar à baixa absorção da vitamina na dieta. Além disso, aqueles que sofrem com doença renal crônica ou doença hepática podem não ser capazes de processar a vitamina D obtida na exposição ao sol ou pela dieta.

É possível verificar a deficiência de vitamina D com um exame de sangue que procura 25-hidroxivitamina D. Pode ser útil determinar o tratamento para pessoas com alto risco devido à exposição solar limitada, condições médicas ou problemas de saúde óssea, incluindo osteoporose ou fratura de baixo trauma. O teste não é recomendado universalmente para todos.

Quando é necessário o suplemento de vitamina D?

É recomendado tomar algum suplemento quando não há certeza de que a vitamina D está sendo suficiente, seja pelo sol ou pela alimentação. O suplemento escolhido deve ter de 600 a 800 UI por dia. Se existe alguma condição médica que possa resultar em reações indesejadas é importante consultar um profissional da saúde.

Contudo, suplementos não são a única opção. O Dr, Joann Manson, professor de medicina na Harvard Medical School e especialista em vitamina D, enfatiza a importância de evitar a deficiência da vitamina no organismo por meio de modificações no estilo de vida. A mudança de hábitos diários é a melhor forma de otimizar o sistema imunológico e criar mais uma forma de proteção contra o vírus COVID-19.

Há relatos de pessoas que ingerem mega doses de vitamina D para se protegerem da doença. Entretanto, não existem evidências concretas de que altas doses do suplemento ajudem.

É necessário aguardar mais informações que venham de ensaios clínicos randomizados.  Tomar altas doses de vitamina D sem orientação médica pode oferecer riscos. Por exemplo, o óleo de fígado de bacalhau pode ser tomado para vitamina D, mas ele também contém vitamina A que, em doses exageradas, pode ser tóxica para o organismo e levar a fraturas ósseas.

Independentemente do que as pesquisas relacionadas ao COVID-19 mostrem futuramente, a vitamina D é vital para ossos saudáveis, portanto, é importante manter os níveis normais e evitar a deficiência dela no organismo. A vitamina D também é importante para melhorar o sistema imunológico.

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O estudo original foi publicado no The Lancet

* “Vitamin-D and COVID-19: do deficient risk a poorer outcome?” – 2020

Autora do estudo: Fiona Mitchell – doi.org/10.1016/S2213-8587(20)30183-2

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